Decididamente, o período de transição da presidente eleita Dilma Rousseff não começou bem. Nem para ela – que assiste a brigas entre partidos aliados, com graus de virulência acima do esperado, e até já teve, antes mesmo de pensar na formação do novo governo, de se desfazer de gente da equipe acusada de corrupção -, nem para ninguém. Continue lendo “Trololó”
Perigo de emboscada
Suspeite de pessoas quando elas se juntam para discutir “regulação” ou “controle social” da mídia. Suspeite mais ainda quando elas se reúnem por iniciativa de um ministro da Comunicação que é ao mesmo tempo chefe de uma TV estatal, mantida à custa de 700 milhões anuais de dinheiro público para uma audiência traço, e que não se cansa de criticar a imprensa independente e profissional, como se fosse um ombudsman público. Continue lendo “Perigo de emboscada”
O camaleão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é mesmo incorrigível. Quer tudo e muito mais. Não lhe basta ser o mais popular governante que o Brasil já teve; é preciso ser unânime. Continue lendo “O camaleão”
Os adjetivos inúteis
Uma das peculiaridades do Brasil, além da inevitável jaboticaba, é que aqui nem o governo e nem a oposição sabem exatamente o que significa ser oposição, e qual o seu verdadeiro papel institucional num regime democrático. Continue lendo “Os adjetivos inúteis”
Por um país sem remendos
Seja qual for o resultado das urnas, chegamos ao dia decisivo das eleições 2010 com amargor na boca. Como uma avalanche, este segundo turno saiu do controle de todos: candidatos, marqueteiros, pesquiseiros. Chegou a produzir um efeito inédito: nunca antes neste país o número de indecisos aumentou tanto na última semana antes do pleito. Continue lendo “Por um país sem remendos”
Um verdadeiro retrocesso
As campanhas políticas, especialmente no Brasil, são ricas em distorções semânticas e em abusos de retórica. Os candidatos – alguns mais do que outros, é bom que se diga – atribuem aos adversários intenções que eles nunca tiveram, crenças que nunca defenderam e ações que nunca realizaram. Continue lendo “Um verdadeiro retrocesso”
Cheiro azedo
Dezenas de mentiras repetidas como verdade, porções desmedidas de agressão ao adversário, intimidação, coerção e patrulhamento permanente, críticas à liberdade de imprensa. Misture os ingredientes, adicione alianças com ex-arquiinimigos, desrespeito às leis e pressão permanente, sem qualquer chance de respiro. Continue lendo “Cheiro azedo”
Um papelão
Luiz Inácio Lula da Silva em breve será uma carta fora do baralho. É gastar muita cera com pouco defunto ficar falando em seu comportamento nada condizente com o cargo que ocupa só até 31 de dezembro. Continue lendo “Um papelão”
Um festival de regressão
Estamos numa guerra cambial, o real nunca esteve tão valorizado. Os nossos produtos de exportação estão perdendo a competitividade e a balança comercial poderá sofrer um abalo a partir do próximo ano. Continue lendo “Um festival de regressão”
O eleitor é sábio
Em 1976 quase fui vice-prefeito de Americana – bons tempos que me vieram à memória agora nesta reta final de campanha. Nessa época, aprendi sobre política, campanhas, mas acho que principalmente aprendi a respeitar, de verdade, o eleitor. Continue lendo “O eleitor é sábio”
Síndrome de escorpião
Se no final de 2007 a derrota da CPMF no Senado – indício claro de que não conseguiria aprovar o desejado terceiro mandato – levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a desenhar uma das mais ousadas estratégias eleitorais para permanecer no poder, a soberba lhe turvou os capítulos finais. E coloca em risco o epílogo e a glória. Continue lendo “Síndrome de escorpião”
É difícil fabricar caudilhos
Quais camadas subterrâneas estão se mexendo? Continue lendo “É difícil fabricar caudilhos”
Difícil, não impossível
Desde 1989, quando as eleições passaram a ser realizadas em dois turnos, esta será a quarta vez que o eleitor leva para a segunda etapa a decisão sobre quem deve presidir o país. E até agora sempre quem venceu no primeiro round arrebatou com folga o segundo. Continue lendo “Difícil, não impossível”
Um presidente, não um santo
Rios de papel antes, para profetizar; rios de papel depois, para explicar. Os analistas queimaram as barbas que colocaram de molho, os institutos de pesquisa correram atrás do prejuízo e só faltou que um de seus donos escrevesse que, afinal, eleição é uma caixinha de surpresas, onde se pode ganhar, perder ou empatar. Continue lendo “Um presidente, não um santo”
Falemos mal de nós
Você pode não gostar de médicos, ou de advogados, ou de artistas, ou de guardadores de carro… E eu digo tudo bem. Todos temos direito às nossas implicâncias. Eu, por exemplo, implico, desconfio e, quando tenho a chance, falo mal de jornalistas. Continue lendo “Falemos mal de nós”