Joan Baez Volume 1: uma trajetória luminosa

Há artistas que se reinventam ao longo das décadas – como, por exemplo, a tão boa atriz quanto boa cantora Marianne Faithfull, ou Bob Dylan, que Joan Baez abençoou e para quem abriu o caminho da fama, no início da carreira dele, quando ela já era a rainha, a madona de voz puríssima.

Joan Baez não precisa se reinventar. Continue lendo “Joan Baez Volume 1: uma trajetória luminosa”

Sobre “Dalva e Herivelto”, Globo, liberdade de imprensa, MPB

A Rede Globo está prestando um serviço inestimável à cultura brasileira. A minissérie Dalva e Herivelto, Uma Canção de Amor, pelo que mostrou nos dois primeiros episódios (exibidos nos dias 4 e 5 de janeiro), é um monumento. Continue lendo “Sobre “Dalva e Herivelto”, Globo, liberdade de imprensa, MPB”

Porto Alegre, uma fascinante cidade onde não vale o que está escrito

Em Porto Alegre, ao contrário de no Brasil do jogo do bicho, não vale o que está escrito. E a maior atração da cidade é – como dizem a respeito da macheza da gente daquele estranho país ao Sul de Santa Catarina – uma ficção. Ou, no mínimo, uma gigantesca dúvida. Continue lendo “Porto Alegre, uma fascinante cidade onde não vale o que está escrito”

A volta do dom divino que a fé em Alá calou

Se você ainda não ouviu, vá atrás de um disco chamado An Other Cup, de um tal de Yusuf. Esse sujeito é um dos dois maiores, melhores e mais profícuos criadores de melodias pop dos últimos 60 anos. Igual a ele, só Paul McCartney. Continue lendo “A volta do dom divino que a fé em Alá calou”

Seu Rona

Quarenta anos depois, me peguei pensando que aprendi coisas importantes com o Seu Rona.

Vojtech Rona. Nasceu na Hungria, veio para o Brasil na época da Guerra, creio, e se radicou em Curitiba. Era uma pessoa educadíssima, de imensa cultura geral; tinha lido muito, gostava de música erudita e era um grande entendido do assunto. Quando o conheci, em 1967, tinha 17 anos, e ele me parecia muito velho, como as pessoas que já passaram dos 50 parecem aos jovens. Continue lendo “Seu Rona”

John no céu com diamantes

As pessoas morrem logo, e em geral nem um pouco mais sábias do que quando nasceram, diz uma bela música dos anos 60. Ah, meu amigo, estamos mais velhos, mas não mais sábios, constata outra. Muito em breve você estará morto, John Lennon avisava em “Instant Karma”, para em seguida perguntar e dar a pista para a resposta: por que, afinal, estamos aqui? Com certeza não é pra viver em dor e medo. Continue lendo “John no céu com diamantes”

Raios laser na selva

A imensa maioria segue um ritmo de produção industrial, linha de montagem, de um LP por ano, ou até mais que isso. Gasta-se, assim, muito vinil para encher as lojas de produtos mal-acabados, francamente dispensáveis ou apenas medíocres. Raríssima exceção a uma regra quase geral, Paul Simon lapida suas obras com o cuidado e a competência de um mestre exigentíssimo. Continue lendo “Raios laser na selva”

Renato Teixeira conclui: sua música não é triste

Renato Teixeira ouviu seu novo disco e chegou à conclusão de que sua música, afinal, não é triste.

É um rótulo que muitas pessoas usam, quando se referem à música de Renato Teixeira: triste. Ou fossenta, ou pra baixo. Continue lendo “Renato Teixeira conclui: sua música não é triste”

Levaram 14 anos para lançar Bookends no Brasil

A indústria fonográfica brasileira é capaz de lançar hoje (o texto é de 1982) discos que acabaram de chegar às lojas de Nova York ou Londres. Muitos modismos passageiros, muitas obras sem nenhum valor ou significado tocam nas nossas FMs apenas alguns dias depois de chegarem às rádios americanas. Continue lendo “Levaram 14 anos para lançar Bookends no Brasil”

Joan Baez Volume 2: a ditadura põe o Brasil em seletíssima companhia

Três países impediram que a voz de Joan Baez fosse ouvida, durante sua carreira que já tem 23 anos e diversas viagens por vários continentes: a União Soviética, a Argentina e o Brasil. Continue lendo “Joan Baez Volume 2: a ditadura põe o Brasil em seletíssima companhia”