Foi numa madrugada fria de junho de 1978 que conheci o verdadeiro Hector Gulberti. Argentino, cara de cantor de tango, um dia viera pedir-me emprego na redação do Jornal da Cidade, de Jundiaí, do qual eu era o redator-chefe. Apresentou-me como única credencial a declaração verbal de que trabalhara na diagramação do El Clarín, diário de Buenos Aires. Continue lendo “Mariana”
Uma casinha pequenina
O sol quente, tão quente quanto no verão, fazia estalar as sementes de mamona espalhadas no terreirão. E era inverno. Chovera quase toda a noite, a estrada era uma faixa pontilhada de poças multiformes em todo o estirão, até onde a vista alcançava. Continue lendo “Uma casinha pequenina”
Um belo fruto tropical
No outubro de 1986 as águas haviam baixado com o fim das chuvas, depois do inverno rigoroso daquele ano acima da linha do Equador. Embora o céu ainda carregasse suas nuvens para lá e para cá, ora fechando, ora abrindo, o verão tropical foi chegando. Continue lendo “Um belo fruto tropical”
No inverno daquele junho
Andou pé-ante-pé no silêncio da madrugada, fios de claridade vazando pelas frestas da janela. Cuidou de não acordar a mãe, rosto marcado pela dor que povoava seu sono. Parou ao lado da cômoda onde uma solitária rosa, temporã florescida no inverno daquele junho, consumia um resto de vida alimentada pela água fria na caneca de ágata. Continue lendo “No inverno daquele junho”
Um quê de Vietnã
Quem não conhecia Roraima lá pelos idos dos anos 80 e chegava pela primeira vez a Boa Vista surpreendia-se com a cidade. Mas se nela havia uma face bela, que encantava, também havia outra, horrenda, que assustava. Continue lendo “Um quê de Vietnã”
Zé e os amigos do Zé
Nos anos 80, ainda no começo da corrida do ouro que trouxe para o então Território Federal mais de 50 mil aventureiros, eu acabara de me instalar em Boa Vista como correspondente do Estadão, JT e Agência Estado quando conheci Zé Mato Grosso. Continue lendo “Zé e os amigos do Zé”