garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 12

12. Dois inspetores e um padre
zzzjorge11

É preciso dar entrada em cena a algumas figuras importantes nesta tapeçaria quase uma renda. Parece que os fios ficam soltos, sem eles. Ou é como se, a partir de agora, eu enfiasse agulhas em pontos abertos, alinhavando brechas, remendando buracos. Continue lendo “garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 12”

garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 9

9. Os purgantes

zzzjorge9

 

Há um aluno, negro e esbelto como estátua africana, chamado Abraim. Abraim ficou na minha memória por dois motivos. Recebia muitos bagulhos. Em qualquer remessa, ouvia-se o nome dele e ele abria o pacote diante da assistência admirada, príncipe do Congo exibindo despojos de guerra após uma vitória. Continue lendo “garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 9”

garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 8

8. Medalhas, agulhas e outras preciosidades
zzzjorge8

Uma vez, cavoucando o barro, encontrei uma medalha de Nossa Senhora. Alguém falou para mostrar pro fulano, nem me lembro de nome, nem de cara. Num repente, eu estava diante dele, e ele mostrou um alfinete com medalhas enfiadas. Continue lendo “garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 8”

garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 7

7. Macacões e pés no chão 

zzzjorge7

    Não sei se minha recordação me trai, não tive mais que dois macacões naquele período. Não, não, agora lembro, eles eram trocados e iam para serem lavados. Parece, aliás, que não tinham dono. Após o banho, acho que semanalmente, recebia-se um bolo de pano e vestia-se. Continue lendo “garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 7”

garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 5

5. A Casa

O pátio era enorme. Tinha a impressão de que poderia me perder por ali com a maior facilidade. Era possível, por exemplo, desenvolverem-se simultaneamente duas ou mais peladas, as dos pequenos e a dos grandes. E, se eu os olhava correndo, eram como espalhadas estrelas perdidas no céu. O pátio era enorme. Continue lendo “garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 5”

garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 3

3. Os habitantes

Falei em garças e garras e bicos. Garças voam, é verdade. Mas garras e bicos é exagero literário. Não me lembro agora de um fato que me doa, que me assuste, que me apavore. Alguma coisa devia ser terrível, na ocasião, mas hoje não faz a mínima diferença. Continue lendo “garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 3”

Esperanto? Pra quê? (5) O que seria resistência cultural?

Quando os franceses introduziram nos países de língua portuguesa um objeto composto de uma lâmpada sobre uma base e uma cobertura para diminuir ou suavizar o impacto da luz, chamado “abat-jour”, o termo foi assumido entre aspas porque era necessário designar o objeto. Continue lendo “Esperanto? Pra quê? (5) O que seria resistência cultural?”