Cotidiano brasileiro

A cada dia precisa-se acordar mais cedo para ir em direção ao trabalho. Mora-se mais longe, o transporte público é uma lástima e quem disse que se trabalha oito horas por dia? E o tempo que se gasta da casa para o trabalho e do trabalho para casa não conta? Se não influi no salário, prejudica muito a vida das famílias dos brasileiros. Continue lendo “Cotidiano brasileiro”

O muro e a grade

Em frente à nossa casa havia um muro, com cerca de um metro de altura e mais de vinte centímetros de largura. Baixo e largo, acabou virando um imenso banco onde os estudantes se assentavam à espera do ônibus que os levaria ao Colégio Estadual. Continue lendo “O muro e a grade”

Uma formiguinha

Era uma vez uma formiguinha que saiu pra passear, andou, andou, andou, despencou. Isso é cantado enquanto um dedo matreiro vai fazendo cócegas na criança, que quase se desmancha e rola de rir. Pode ser assim, simples, o jeito de levar a vida. Não é mania atual, sempre houve, mas como está ocorrendo agora, no presente, fico alarmado com o excesso de complicação no falar, no agir e no pensar de tanta gente. Continue lendo “Uma formiguinha”

O direito de ir e vir

A moça síria e o moço druso se amam e querem viver juntos. Eles se conheceram em Damasco, estudantes. Entre o gostar e o viver juntos, porém, existe uma barreira desumana. Um muro, uma fronteira canalha como tudo o que existe para impedir que homens e mulheres convivam normalmente. Continue lendo “O direito de ir e vir”

Eu, Polidoro

“Eu, Polidoro.” Essas eram as primeiras palavras de um texto curto que eu teria de dizer. Depois eu morria. Acho que minha magreza naqueles tempos inspirou meus colegas a me indicarem para o papel na peça dirigida pelo professor Ítalo Mudado. Continue lendo “Eu, Polidoro”

Vamos ler o Bartô

Quando se morre não há mais possibilidade de página em branco, a obra está completa. É deixar de existir e passar a ser, diriam os existencialistas, se é que aprendi bem a lição. Fechado e imutável, porém, o livro está ali, pronto para ser lido e desvendado. Continue lendo “Vamos ler o Bartô”