“É dever cívico dos cidadãos conscientes impedi-lo.”
“Nos palanques de Bolsonaro veem-se crimes em série. (…) Urge impedi-lo.”
“Isto tem que acabar.”
“Quantos milhares de mortos mais teremos que enterrar antes que nos convençamos de que um governo que, por incúria ou projeto, deixou morrer mais de 500 mil pessoas, não pode continuar tendo o comando do país?”
“O presidente implantou um programa de governo baseado na mentira, na sabotagem e na contaminação proposital. A política explica como o país chegou a esse meio milhão.”
“No seu mundo paralelo, Bolsonaro segue em campanha como se nada estivesse acontecendo, desrespeitando a vida, a ciência, a lei, até a lógica. Desmerecer vacina e enaltecer imunidade de rebanho, a esta altura, é a política do ‘deixa morrer’.”
“Sim, Bolsonaro é culpado, e essa não é uma frase política, é a simples constatação diante de abundantes fatos produzidos diariamente por ele mesmo, o mais irresponsável dos governantes que o Brasil já teve.”
As sete afirmações acima foram publicadas neste domingo, 20 de junho, um dia depois de a contagem dos mortos pela covid-19 chegar ao meio milhão de brasileiros e de milhares e milhares e milhares terem saído às ruas mais uma vez para pedir vacinação para todos e o impeachment do presidente da República.
Os números da tragédia da pandemia, as manifestações de rua que se repetiram neste fim de semana, apenas 21 dias depois daquelas, também grandiosas, de 29 de maio, os diagnósticos dos jornalistas nesses artigos e editoriais – tudo vai no mesmo sentido absolutamente claro: é preciso tirar Jair Bolsonaro da Presidência da República.
O quanto antes. Não dá para esperar mais.
A cada dia que passa, há mais 2 mil e tantas mortes pela pandemia, há novas agressões de Bolsonaro ás instituições republicanas, há novos crimes de responsabilidade.
Também neste domingo, noticiou-se que diversos partidos de esquerda e ex-aliados do presidente estão articulando conjuntamente um novo pedido de abertura de processo de impeachment que deverá apontar mais de 20 tipos de crimes de responsabilidade de Bolsonaro.
Já estão na gaveta do presidente da Câmara dos Deputados 121 pedidos de impeachment.
É provável que esse novo pedido atraia mais as atenções gerais do país – e em especial dos deputados – do que os anteriores. Por ser resultado de uma articulação multipartidária, por vir à luz sob o impacto desse número apavorante de meio milhão de mortes e da repetição de protestos de rua em todas as capitais do país.
Como disse o editorial de O Estado de S. Paulo, “é dever cívico dos cidadãos conscientes impedi-lo.”
Como disse Mary Zaidan em artigo no Blog do Nobat (reproduzido neste + de 50 Anos de Textos), “urge impedi-lo”.
Como disse Dorrit Harazim em O Globo, repetindo a frase do vice-presidfente da CPI da Covid, senador Randolfo Rodrigues (Rede-AP), “isto tem que acabar”.
Como disse Merval Pereira em O Globo, esse governo “não pode continuar tendo o comando do país”.
Como disse Bruno Boghossian na Folha de S. Paulo, “o presidente implantou um programa de governo baseado na mentira, na sabotagem e na contaminação proposital.”
Como disse Eliane Cantanhede em O Estado de S. Paulo, “no seu mundo paralelo, Bolsonaro segue em campanha como se nada estivesse acontecendo, desrespeitando a vida, a ciência, a lei, até a lógica”.
Como disse Míriam Leitão em O Globo, “sim, Bolsonaro é culpado”.
É preciso insistir, insistir, insistir até que o nobre deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) não consiga mais fingir que não é com ele, e finalmente entenda que a proteção do genocida o está transformando em cúmplice do genocídio.
20/6/2021
A maravilhosa foto da manifestação deste sábado na Avenida Paulista é de Ricardo Stuckert..
Este post pertence à série de textos e compilações “Fora, Bolsonaro”.
A série não tem periodicidade fixa.
Em dois anos e cinco meses de destoferno, BOlsonaro levou o país ao fundo do fundo do horror. (50)
Perfeito e consistente seu artigo, mas estamos perdidos. Como Nero, enquanto o país é destruído, Bolsonaro toca Lira. Infame brincadeira, esta, mas a verdade é que Lira e seus asseclas não sei têm o menor interesse de descer da pilha de propostas de impeachment.