O poder é uma droga forte, vicia, causa dependência. Isso é sabido. Portanto, nada mais natural do que a melancolia de um presidente quando o mandato, e ainda por cima de oito anos, se aproxima do fim. Cabe tudo. Reclamações, desconfortos, muxoxos, engasgos e até lágrimas. Continue lendo “As lágrimas de Lula”
Velho candidato
A Itália tem uma tradição de cultuar seus velhos mais importantes, que tiveram uma vida marcante e construíram obras para a posteridade, e costuma reverenciá-los, chamando-os de “grandi vecchi” (grandes velhos). Continue lendo “Velho candidato”
Guantânamo nunca mais
A dignidade humana não é negociável e qualquer afronta a ela deveria causar aversão, repulsa. Em especial quando o agente da agressão é o Estado. E não interessa se o ofensor é a ilha de Fidel, um reino de aiatolás ou o império do tio Sam. Continue lendo “Guantânamo nunca mais”
Um estado racial
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.
Ou o artigo 5º da Constituição Federal foi revogado ou o Estatuto da Igualdade Racial é inconstitucional. Não há outra hipótese. Continue lendo “Um estado racial”
Pior, impossível
Toda campanha eleitoral desperta paixões, gera futricas, intrigas e comportamentos irracionais que não raro se assemelham ao fundamentalismo xiita. Até aí, tudo bem. Continue lendo “Pior, impossível”
Os órfãos e os roedores do Estado
Existe gente que, diante de qualquer problema, clama pela bênção do Estado ou do governo do momento. Muitas são as tarefas que o poder, representante dos eleitores e cidadãos, arrecadador voraz de impostos, deve assumir. Continue lendo “Os órfãos e os roedores do Estado”
Palmadas estatais
Não sabemos nos comportar e tampouco sabemos como cuidar dos nossos flhos. Para sorte nossa, o Estado pai, mãe, provedor, empresário, indutor, educador, fiscal, guia e farol dos nossos dias, se dispõe a cuidar de mais essa lacuna do nosso caráter. Continue lendo “Palmadas estatais”
Um país de Francenildos
Desde que se comprovou a quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa, única vítima de fato da armação espúria para proteger o então ministro da Fazenda Antônio Palocci no caso da mansão dos prazeres de Brasília, instituições como a Caixa e a Receita Federal, que se supunha estar acima de qualquer suspeita, tiveram sua aura trincada. Continue lendo “Um país de Francenildos”
Com o revólver no coldre
“O ideólogo não deseja conhecer a verdade, senão conhecer o seu sistema de crenças, e abolir, espiritualmente, já que não pode fazer nada melhor, a todos os que não acreditam nas
mesmas coisas que ele”. Jean François Revel Continue lendo “Com o revólver no coldre”
Lei & Ordem
Aqueçam as baterias, ponham bandeiras e militantes na rua, porque nesta terça-feira os candidatos estão autorizados a começar as suas campanhas eleitorais. Será um dia e tanto para mais de 12 mil candidatos que devem disputar votos para presidente da República, governador, senador, deputado federal, estadual e distrital. Tudo novo, diferente. Continue lendo “Lei & Ordem”
Mente cativa
Na epígrafe de seu notável livro Mente Cativa, o escritor e poeta polonês Czeslaw Milosz, prêmio Nobel de Literatura de 1980, citou esta máxima, atribuída a “um velho judeu da Galícia”: Continue lendo “Mente cativa”
Uma visão sobre Plínio Salgado
O meu irmão mais velho se chamava Plínio. No início de sua mocidade, flertou com o integralismo. Passou boa parte de sua vida sendo chamado de “galinha verde” – o apelido pespegado pelos comunistas aos seguidores de Plínio Salgado, após o confronto de outubro de 1934, na Praça da Sé, em São Paulo. Continue lendo “Uma visão sobre Plínio Salgado”
Brasil x Chile
O Brasil que enfrenta o Chile nesta segunda-feira tem grandes chances de vencer se conseguir driblar a mediocridade e o marasmo, se contar com a inspiração de Robinho, talvez de Kaká, e com um Dunga menos birrento. Continue lendo “Brasil x Chile”
Estão aparelhando até o Dunga
O futebol é uma caixinha de surpresas, mas a micropolítica, quando movida por interesses subalternos, pode ser uma caixinha de obviedades. Continue lendo “Estão aparelhando até o Dunga”
Choque de moralidade
Em 1989, primeira eleição direta para presidente da República depois de 25 anos, o candidato Mario Covas surpreendeu ao pregar um choque de capitalismo, essencial para se modernizar o Estado e dar fim à excessiva intervenção governamental nas áreas produtivas. Continue lendo “Choque de moralidade”