“Meu Deus”, murmurou num canto da sala o homem da capa preta. Algum microfone registrou a exclamação, que ficou para sempre pairando no ar. Continue lendo “Meu Deus! (Ou: quanta inocência)”
O fantasma de Celso Daniel
Na última quinta-feira, enquanto no STF o ministro relator Joaquim Barbosa votava pela condenação dos primeiros quatro dos 37 réus da Ação Penal 470, o quinto dos sete acusados pelo assassinato do então prefeito de Santo André Celso Daniel ouvia a sentença que lhe imputou 22 anos de prisão. Continue lendo “O fantasma de Celso Daniel”
Nosso Senhor de Hollywood
Gostos discutem-se. Mesmo que, por serem gostos, quase nunca e quase nada valha a pena discuti-los. Pode ganhar-se um debate, mas nunca se ganha a pessoa com quem se debateu. Continue lendo “Nosso Senhor de Hollywood”
A um passo da sucata
“O que uma pessoa sensata faz no começo, os tolos fazem no fim.” (Warren Buffet) Continue lendo “A um passo da sucata”
A boca viva e carnuda de Binoche
Há filmes que ainda não existem, mas que se está mesmo a ver que serão filmes um dia. Mais tarde do que cedo, receio. Antecipo um. Continue lendo “A boca viva e carnuda de Binoche”
O consórcio de anjos
Os filmes de advogado são mais divertidos na TV, principalmente porque os advogados norte-americanos são muito objetivos, nunca falam “data máxima vênia” e estão sempre atrás daquilo que o Garganta Profunda recomendava a Woodward e Bernstein: follow the money- sigam o dinheiro. Continue lendo “O consórcio de anjos”
O crime quase perfeito
Não existe crime perfeito. Quem comete crimes tenta não deixar rastros. Mas, por se acreditarem poderosos, criminosos pecam por fazer pouco caso de que há sempre quem acaba dando com a língua nos dentes. Continue lendo “O crime quase perfeito”
O chinês solitário
Donde saiu o chinês? Filas deles balançam carris e constroem as grandes linhas férreas que hão-de ligar Leste e Oeste. O chinês é uma multidão no cinema americano, longa fila apeada que antecede o primeiro comboio. Continue lendo “O chinês solitário”
O mensalão de Ravel
O dia da estréia do julgamento do Mensalão no STF foi mais emocionante do que a estréia de Rafinha Bastos no Saturday Night Live. Continue lendo “O mensalão de Ravel”
Sharing with children the gifts of real foods
For most of the people in my world, I am going against the culture, tradition and knowledge of so many generations. Continue lendo “Sharing with children the gifts of real foods”
A hora do bicho-papão
Sete anos depois de o ex-presidente Lula, em rede nacional de TV, se dizer traído, acusar o seu partido e pedir desculpas ao povo brasileiro, o presidente do PT, deputado Rui Falcão (SP), desempenha o papel bipolarmente inverso. Continue lendo “A hora do bicho-papão”
E um dia comem-nos
Era em Luanda e tinham nos olhos um aborrecimento escandinavo. No meu Liceu, que agora se chama Mutu Ya Kevela, havia jacarés. Nadavam num tanque fundo e tinham uns bons metros de areia para se aquecerem ao céu aberto do pátio. Continue lendo “E um dia comem-nos”
Russomano, ironia do destino?
Enquanto o país se prepara para divertir-se com as Olimpíadas, que já começaram, e o julgamento do mensalão, que começa na semana que vem, as picuinhas da política provincial ganham seu tempero de pimenta de biquinho: não ardem muito, não queimam a língua e nem ajudam muito no sabor. Continue lendo “Russomano, ironia do destino?”
Gol dos mensaleiros. No tapetão
Embora muitos confundam, o Tribunal de Contas da União (TCU) não é uma instância da Justiça. Ainda bem. Caso contrário, a decisão de isentar o Banco do Brasil pelas transações com a DNA, uma das agências de publicidade de Marcos Valério, causaria a maior balbúrdia jurídica da história. Continue lendo “Gol dos mensaleiros. No tapetão”
O cinema alemão é um écrã demoníaco
Houve alguns anos eufóricos em que o cinema alemão não foi só o cinema alemão. Tal como o crash de 29 foi a mãe dos anos dourados do cinema sonoro americano, o cinema alemão nasceu dos escombros e humilhação da I Grande Guerra. Continue lendo “O cinema alemão é um écrã demoníaco”



