Deus é um despesista. Fez o mundo em sete dias. Devia era aprender com Edgar G. Ulmer, que fazia filmes em seis dias. O problema de Deus é não ser um cineasta alemão. Tivesse Ele sido assistente de Murnau e de Lang, haveria mulheres na Lua e nas florestas do mundo outros tabus cantariam. Continue lendo “A mulher estrangulada”
Ao diabo não se diz amém
Não é a primeira e por certo não será a última vez que o governo Dilma Rousseff transfere para outros a tarefa de corrigir os males provocados por um dever de casa que ela não fez. Mas nunca antes da história deste país um governo foi tão longe: quer aprovar uma lei para descumprir a lei. Continue lendo “Ao diabo não se diz amém”
Água
É conhecido o que acontece quando enfileiramos as peças de um jogo de dominó e depois damos um piparote na primeira. Continue lendo “Água”
O diabo veio para ficar
Numa campanha eleitoral “a gente faz o diabo”, mas o que não contaram é que, depois da campanha, já eleitos, o diabo continuaria sendo feito. Continue lendo “O diabo veio para ficar”
Dias piores virão
Reajuste dos combustíveis e das tarifas de energia elétrica, alta de juros, suspensão de créditos subsidiados. Tudo feito de pronto. Até cortes em salvaguardas trabalhistas, que na campanha a presidente reeleita jurava de pés juntos que não faria e acusava seu adversário de querer fazer, estão por vir. Continue lendo “Dias piores virão”
O comunista inveterado
Tinha uma cabeçada demolidora. Lisboa já não seria bem um pátio das cantigas. Mas ainda havia restos de Vascos Santanas nas leitarias de Alcântara e nas tascas da Madragoa. O atávico leão da Estrela já era. Lisboa tinha agora um SLB campeão europeu que pintava a cidade de vermelho. Continue lendo “O comunista inveterado”
Vai doer em quem?
O leitor leu a íntegra da resolução aprovada pela Executiva do PT em 3 de novembro? Não leu? Então leia, mas cuidado, vai doer. A reunião do Diretório será nos dias 28 e 29 de novembro, mas ansiosos para continuar em sua caminhada em direção a um governo sempiterno, o PT propõe que certas resoluções sejam tomadas de imediato. Continue lendo “Vai doer em quem?”
O poder e a sedução do monólogo
A presidente Dilma disse que é hora de desmontar os palanques e de “saber ganhar ou perder”. Continue lendo “O poder e a sedução do monólogo”
Combate à corrupção? Dilma adia
Quatro dias depois de ser reeleita, a presidente Dilma Rousseff adiou por seis meses a entrada em vigor da lei das ONGs, que estabelece regras mais rígidas para a contratação de entidades sem fins lucrativos. Continue lendo “Combate à corrupção? Dilma adia”
Um bando de frustrados sexuais
Jorge de Sena dizia que, por vezes, os franceses nos tiram o ar todo com um sublime soco no estômago. Falava de literatura e poderia muito bem estar a falar da beleza celerada de um verso de Rimbaud. Pego-lhe nas palavras para começar a falar da beleza celerada de Paul Gégauff, poeta dos argumentos dos filmes da Nouvelle Vague que construíram o torpe imaginário da minha geração. Continue lendo “Um bando de frustrados sexuais”
A quarta vitória de Lula
Numa campanha milionária e feia, indigna de um ex-presidente, dizendo tudo que lhe vinha à cabeça porque o importante era a vitória de dona Dilma, não por ela, nem pelo Brasil, mas por ele mesmo que, em 2018, quer de volta a faixa presidencial, Lula venceu mais uma vez. Continue lendo “A quarta vitória de Lula”
A vida curta da mentira eleitoral
Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia.
Bom esse Shakespeare. Sabia das coisas. Não votava nem no PT nem no PSDB mas era antenado na tal da alma humana. Continue lendo “A vida curta da mentira eleitoral”
Recém-eleita – e já pato manco
É uma regra universal: não há ninguém mais poderoso, numa democracia, do que um presidente recém-eleito. Continue lendo “Recém-eleita – e já pato manco”
Brigitte Bardot casou virgem
Brigitte Bardot é a antítese – antítese marxista, mesmo – de Marilyn Monroe. O léxico de BB nem sequer incluía a palavra “sexo”; já o léxico de Marilyn não precisava de mais nenhuma. Continue lendo “Brigitte Bardot casou virgem”
Os eleitores voltaram às ruas
Uma eleição marcada pelo imponderável. Da fatalidade que tirou a vida de Eduardo Campos à ascensão e queda de Marina Silva, golpeada com sordidez pela campanha petista. Da reviravolta no primeiro turno; do sobe-e-desce das pesquisas de opinião ao empate que impede qualquer grito de vitória antecipada. Continue lendo “Os eleitores voltaram às ruas”