Quando, em setembro de 1981, Paul Simon e Art Garfunkel fizeram seu monumental show de reencontro no Central Park de Nova York, diante de meio milhão de pessoas, 11 anos após terem se separado, cantaram, ainda no início do espetáculo, logo após “April come she will”, a música “Wake up, Little Susie”, para alegria da multidão. Continue lendo “Bye, bye, Phil Everly”
Deus nos dê valentes inimigos
Deus nos dê valentes inimigos e já explico porquê.
Em 1939, Lubitsch e Billy Wilder pediram a Cary Grant que fosse o par de Greta Garbo em Ninotchka. Levaram sopa e temos todos pena. Continue lendo “Deus nos dê valentes inimigos”
Guerra fantasma
Para um político no poder não existe nada mais aprazível do que um inimigo. Ele dá conforto, segurança e aconchego. Por isso, muitas vezes, quando ele não existe de verdade, trata-se de inventá-lo. Continue lendo “Guerra fantasma”
Bolsa enchente
Entra ano, sai ano, seja no final de um ou no início do outro, as chuvas de verão matam gente e impõem o desabrigo a milhares. Em 2010, o País contabilizou 473 mortos em enchentes. No ano seguinte, 918 só na região serrana do Rio de Janeiro. Continue lendo “Bolsa enchente”
Árvore, água e bola
O índio subiu na árvore e lá ficou por vinte e sete horas. De lá foi retirado pelos bombeiros. Não sei se ele cantou a marchinha “daqui não saio, daqui ninguém me tira”, mas não teve jeito e seu protesto esfumou-se sem cachimbo da paz. Continue lendo “Árvore, água e bola”
Capuchinho Vermelho não sabe andar
Não tentem desmentir-me, nem me venham com paleio de coincidências. Se é a 1 de Junho que se comemora o Dia da Criança é por ser, digo eu, o dia em que nasceu Marilyn Monroe, a criança mais criança que o mundo já conheceu. Continue lendo “Capuchinho Vermelho não sabe andar”
Preâmbulo ao balanço de 2013
2013 foi o ano da chegada de Marina.
Se eu fosse fazer um balanço do ano, como já fiz tantas vezes no passado, o lead não seria um problema, de forma alguma. Seria esse aí: 2013 foi o ano da chegada de Marina. Continue lendo “Preâmbulo ao balanço de 2013”
2013
Todo fim de ano é a mesma coisa. Tenho por hábito fazer um balancete do ano que se vai. Lembranças tristes, alegres, tem de tudo nos 365 dias que formam cada ano. Continue lendo “2013”
Sonhos de uma noite de inverno
Sonho de uma noite de inverno: os jornalistas chineses terão que ler 700 páginas de um manual que ensina como devem comportar-se perante o governo e o partido. Ocioso dizer que lá partido e governo são a mesma coisa. Continue lendo “Sonhos de uma noite de inverno”
Depois que o amor acaba, volume 2
Hoje pela primeira vez prestei atenção à letra de uma determinada música, “About the children”.
É uma melodia belíssima, e uma letra impressionante. Está no meu iTunes, e portanto já devo ter ouvido antes, em casa, ou caminhando. Mas nunca tinha prestado atenção a ela. Continue lendo “Depois que o amor acaba, volume 2”
A política Alzheimer
Derrotado por três vezes, no Tribunal de Justiça de São Paulo, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, o prefeito Fernando Haddad (PT) desistiu de aumentar o IPTU da capital paulista. Continue lendo “A política Alzheimer”
Território de brincar
Desci do táxi para cumprir uma tarefa bem mineira, comprar queijos. Fiz o que tinha de fazer e saí para a rua, satisfeito. Aquele quarteirão de rua me conhece bem e eu o conheço também. Fui parar ali com 9 anos e por três anos e meio aquele foi meu lugar, minha primeira casa em Belo Horizonte. Continue lendo “Território de brincar”
É tudo a fingir
Eu levava as coisas muito a peito. Fui praticamente filiado no pol-potismo da crítica de cinema que os substitutos de Truffaut e Godard instalaram nos Cahiers du Cinèma quando lhe desamarelaram a capa. Até que, um dia, o actor Dennis Hopper chorou para mim. À minha frente, mas mesmo para mim. Continue lendo “É tudo a fingir”
O Jogo do Contente
Vocês naturalmente conhecem o livro Pollyana, um dos maiores sucessos da literatura infanto-juvenil de todos os tempos. A heroína é uma menina que sofreu muito na primeira infância e aprendeu com seu pai, pobre e sofredor como Jó, a procurar ver o lado bom das coisas e a jogar, sempre que possível, o Jogo do Contente, que faz do limão uma fruta bem doce. Continue lendo “O Jogo do Contente”
O paradoxo de Abilene
“O paradoxo de Abilene” é uma fábula clássica usada pelas consultorias de gestão de empresas que mostra como as circunstâncias podem levar um grupo de pessoas a agir de uma forma oposta às suas preferências. Continue lendo “O paradoxo de Abilene”