Se lá estivesse o Al Pacino de Serpico, não seria melhor. Na 5ª Avenida, à boca do metro, montara-se o inferno. Povo, polícia, o circo da televisão. Bandidos em fuga tinham reféns os passageiros do metro. Cortou-se o trânsito, fechou-se o metro. Esperava-se o som e a fúria das metralhadoras dos NYPD blues. Continue lendo “Emídio Rangel em Nova Iorque”
Palavras que o vento não leva
Em 2003, numa cena patética nos corredores do Congresso, Maria do Rosário e Jair Bolsonaro discutiram em termos bem pouco edificantes.
Indefensáveis os dois, em minha opinião. Continue lendo “Palavras que o vento não leva”
Um discurso ou o dinheiro de volta
Entre dezenas de debates inúteis que enchem de som e fúria as redes sociais, onde hoje se localizam as trincheiras da guerra ideológica, está aquele que pretende determinar, afinal de contas, se quem nasceu primeiro foi o ovo ou a galinha da corrupção. Continue lendo “Um discurso ou o dinheiro de volta”
Oposição com pimenta
Embalada nos 51 milhões de votos do candidato Aécio Neves, a oposição acordou. Exibindo articulação inédita, foi capaz de criar constrangimentos, denunciar manobras e até mesmo impor derrotas, ainda que parciais, à acachapante maioria governista. Incansável, protagonizou uma das mais longas sessões contínuas do Congresso Nacional, expondo chagas que Dilma, mesmo vitoriosa nas urnas, aprofunda em vez de cicatrizar. Continue lendo “Oposição com pimenta”
Um filme de Malick e Jorge Luis Borges
Foi a única vez em que Jorge Luis Borges se zangou com o seu amigo Bioy Casares. De tão irritado, Casares bem gostaria de ter dado um literário murro na mesa. Citara a Borges a mais misantropa das frases – “a cópula e os espelhos são abomináveis porque multiplicam o número dos homens” –, afirmando que a dissera um filósofo de Uqbar, terra misteriosa. Continue lendo “Um filme de Malick e Jorge Luis Borges”
Reviravoltas na LDO
Tive que ler mais de uma vez os comentários sobre o decreto publicado no Diário Oficial da União em 28 de novembro deste ano, no qual dona Dilma, com a tranquilidade dos superpoderosos, condicionou a liberação de verbas extras aos parlamentares que votassem a favor da mudança na LDO. Continue lendo “Reviravoltas na LDO”
O PT perde o monopólio das ruas
Numa república futebolística, a diferença entre o bem e o mal está na cor da camisa que o seu time veste.
Os heróis são os que usam a cor de seu time. Os bandidos, os que vestem a camisa do outro. Continue lendo “O PT perde o monopólio das ruas”
A obsessão do PT
É uma obsessão, uma doença crônica. Não há encontro do PT ou de maioria petista que a tal da regulação da mídia não seja um dos eixos estruturantes das discussões, para não fugir à linguagem que faz sucesso entre esta turma. Continue lendo “A obsessão do PT”
Manoel de Oliveira de calções
Até mesmo Hemingway teve infância. Antes dos touros, dos litros de dry-martinis, de Paris em festa, houve um Ernest antes de haver um Hemingway. Diria mais, ainda o decano de todos os cineastas, o nosso Manoel de Oliveira, não tinha nascido e já Hemingway tinha infância. Continue lendo “Manoel de Oliveira de calções”
Memória
O discurso de dona Dilma no dia de sua reeleição já era um tanto ou quanto diferente das palavras que proferiu em sua já tristemente célebre campanha eleitoral. Continue lendo “Memória”
Que coelho sairá dessa cartola?
Você pode acreditar em Gilberto Carvalho e achar que Joaquim Levy jogou fora todas as suas convicções e resolveu aderir ao “programa histórico do PT”, mesmo que isso seja como acreditar em mula sem cabeça ou em discos voadores pilotados por ETs. Continue lendo “Que coelho sairá dessa cartola?”
De volta ao passado
Quem apostou suas fichas no mantra “governo novo, ideias novas”, pode perder as esperanças. Pelo andar da carruagem, o movimento do governo Dilma se dará no sentido contrário, ou seja, um mergulho no passado em busca do modelo que assegurou os anos de bonança do governo Lula. Continue lendo “De volta ao passado”
Não é bem a história do Capuchinho Vermelho
Se repararem bem, ela está lá. A lingerie é de seda vermelha, collants pescadores de rede vermelha também, uns vermelhíssimos sapatos Manolo Blahniks que, calçasse-os Dorothy, e outra teria sido a sua conversa com o feiticeiro de Oz. Continue lendo “Não é bem a história do Capuchinho Vermelho”
Paúra no “clube” dos políticos
Ainda que pelo avesso, Dilma Rousseff acertou uma. Depois da prisão de alguns dos donos do dinheiro – grandes empreiteiros que pagaram propinas a operadores da Petrobras –, o Brasil definitivamente não será o mesmo. Continue lendo “Paúra no “clube” dos políticos”
Em busca da agenda perdida
O governo Dilma não terminou o período velho e nem começou o novo. Para ocupar o vácuo, as escavações chegam ao pré-sal da corrupção petroleira, de onde jorram cifras espantosas de dinheiro desviado ou para bolsos particulares ou para siglas partidárias entre as quais os cargos diretivos da maior empresa brasileira foram loteados como sesmarias. Continue lendo “Em busca da agenda perdida”