Demência

O ataque do procurador-geral da Venezuela aos presidentes Lula e Gabriel Boric, do Chile, mostra um traço novo nas ditaduras latino-americanas. O da demência, que se agrava quanto mais tempo se agarram ao poder.  Continue lendo “Demência”

Polarização em baixa

Ainda não é o fim, mas a polarização  entrou em maré vazante nas eleições municipais. Há dois anos, o país saiu da disputa presidencial praticamente dividido ao meio por dois campos ideológicos rígidosSuas lideranças, Lula e Jair Bolsonaro, se empenharam para manter o país tensionado com vistas a um acerto de contas entre a direita e a esquerda na próxima eleição presidencial. Neste quadro, a disputa eleitoral deste ano seria tanto um terceiro turno entre os dois campos, como uma prévia da disputa presidencial de 2026. Continue lendo “Polarização em baixa”

Tudo por dinheiro

Dez anos depois de banir as doações de empresas e de torrar só neste ano quase R$ 5 bilhões do pagador de impostos para financiar campanhas eleitorais, os políticos preparam um mix de custeio público e privado para turbinar as candidaturas – que já valeria para 2026. Como nem de longe partidos políticos pensam em andar com suas próprias pernas, sustentados por seus apoiadores, tramam a combinação diabólica do ruim com o muito pior. Continue lendo “Tudo por dinheiro”

Roupa suja

Eu não gostaria de ser chamado de porcaria pelo Malafaia. Nem por ninguém. Mas tem quem gosta. E o dito-cujo alvo da ofensa ainda diz que só mulher feia não gosta de crítica. Ele se acha linda.
Ah, o amor! 

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Eleições

Com a vitória do Tarcísio, ops, do Nunes e a derrota do Bozo, ops, do Lamaçal, em São Paulo, fica definido um quadro mais que interessante para a eleição presidencial de 2026.  Continue lendo “Eleições”

Eu preferiria um segundo turno Boulos x Nunes

Me entristece demais, na verdade me apavora a possibilidade de um segundo turno para a Prefeitura de São Paulo entre Pablo Boçal e Guilherme Boulos – e, diabo, isso agora, neste momento, faltando poucas horas para o início da votação, parece que é algo plausível. Até mesmo provável. Continue lendo “Eu preferiria um segundo turno Boulos x Nunes”

Bets, a nova tragédia nacional

As apostas esportivas online – as chamadas bets – são o novo elefante na sala. Estão aí há seis anos, corroendo, como cupim, o tecido social brasileiro. Geram graves problemas sociais, econômicos, de segurança e de saúde pública, mas sua ação deletéria tem sido solenemente ignorada pelo Congresso Nacional, pelo governo Lula e pela própria sociedade. Ao contrário, a propaganda vende a ilusão de que as apostas online são uma atividade divertida, saudável e que traz riqueza. Continue lendo “Bets, a nova tragédia nacional”

O cordão dos toffolizados cada vez aumenta mais

“Um ano após anular as provas obtidas no acordo de leniência da Odebrecht, Dias Toffoli batiza uma corrida de delatores em busca dos mesmos benefícios processuais dados a Lula da Silva”, disse, em editorial, O Estado de S. Paulo, no dia 14/9. E cravou: “É o ‘Efeito Toffoli’, algo que, sem qualquer prejuízo semântico, também pode ser chamado de festim da impunidade”. Continue lendo “O cordão dos toffolizados cada vez aumenta mais”

Vingança

Quando a ditadura militar de 64 impôs a censura prévia aos meios de comunicação e à Cultura, os golpistas aplaudiram. A ditadura fechou o Congresso e calou a imprensa. Hoje, frustrados porque o chefe não deu o golpe em 2022, antes e após perder a eleição, os golpistas acusam o STF de impor censura nas redes sociais, que consideram propriedade intocável da extrema direita.  Continue lendo “Vingança”

Política podre incita violência

O Brasil é um país violento, líder em número absoluto de homicídios no ranking de 2023 das Nações Unidas. Ainda que os assassinatos tenham caído 6% neste ano, o país ostenta números horripilantes, com 16,5 mortos por 100 mil habitantes, 18º lugar entre 196 nações. Mata-se por controle do tráfico, dinheiro, poder, ciúme; por motivo torpe ou sem qualquer motivo. Mata-se por desavença política. Por aqui, em vez de solucionar conflitos, a política tem sido combustível para a violência – que só aumenta.

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Fim do encanto

Há um ano Lula discursou na abertura da Assembleia da ONU em meio a enorme expectativa. Lá anunciou que o Brasil estava de volta ao concerto das nações, após os quatro anos de negacionismo do governo Bolsonaro. O presidente renovou seus compromissos com a democracia e enfatizou que o Brasil passaria a ter papel importante no enfrentamento da crise climática mundial. Seu otimismo estava lastreado na convicção de que o país poderia dar uma contribuição de porte à mudança da matriz energética mundial. Continue lendo “Fim do encanto”

Brasil, a terra do nunca

O governo Lula liberou mais de R$ 900 milhões  – R$ 513 milhões extra-orçamento e outros R$ 400 milhões via BNDES – para combater os incêndios que impactam 60% do país, consumindo parte da Amazônia, do Pantanal e do Cerrado. Antes tarde do que nunca. O problema é que no Brasil tudo é tardio e, mesmo quando as “emergências” são previamente anunciadas, as ações beiram o nunca. Vale para o fogo e a seca, para chuvas torrenciais. Não existem planos A, B, nem com qualquer letra, só corre-corre e improviso. Nem agora, nem em governo algum. Continue lendo “Brasil, a terra do nunca”

Ame-o ou deixe-o

Nunca pensei que um dia escreveria isso, mas ante os montes de m do candidato que se autointitula o grande M em São Paulo, estou com saudades do Bozo. O tal cara faz montes ainda maiores que os de seu inspirador. Inicialmente, eu pensava que o verme era um só, mas com os eleitos em 2018 e reeleitos em 2022, vi que eram muitos e agora vejo que o brejo deu cria, com chances de elegerem nova espécie prefeito da maior cidade da América do Sul. Continue lendo “Ame-o ou deixe-o”