Assim como Ulysses Guimarães foi o Senhor Diretas, Danilo Santos de Miranda foi o Senhor Cultura. Devemos a ele a criação do maior e melhor modelo de fomento para o setor. E que deveria servir de referência para políticas públicas do país, de exemplo para secretarias estaduais, municipais e o próprio Ministério da Cultura. Continue lendo “Um gigante da cultura”
“Lula sabota o país”
Com uma rápida fala, ao final do café da manhã com cerca de 40 jornalistas, na sexta-feira, 27/10, o presidente Lula transformou seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em bobo da corte, e jogou no lixo todo o esforço que ele vinha fazendo para tentar pôr de pé um plano para organizar as contas públicas e conter o déficit fiscal. Continue lendo ““Lula sabota o país””
Dinheiro pelo ralo
Com 23.818 habitantes, Novo Aripuanã, cidade encravada na mata com orla para o Rio Madeira, é apenas mais um dos frequentes casos de descaso com o dinheiro público. Por lá, o prefeito achou por bem pagar R$ 286 mil em cachês para dois artistas, valor que supera a metade dos R$ 531 mil que a União empenhou emergencialmente para o município devastado pela pior seca já registrada no Amazonas desde 1902, quando as medicões começaram a ser feitas. Continue lendo “Dinheiro pelo ralo”
Carta Zambelli!
Em meio aos horrores da guerra, e pior, aos horrores saídos das bocas de internautas e de alguns chefes de Estado, externando seus lados mais podres em relação aos conflitos, ainda se consegue garimpar alguma notícia que renova nossas esperanças de um mundo melhor. (Atenção! Essa afirmativa contém ironia.) Continue lendo “Carta Zambelli!”
Histórias
Na tradição bíblica judaica, sem comprovação científica, a humanidade foi extinta por um Deus iracundo e decepcionado com sua criação, inundando a Terra com um dilúvio de chuvas torrenciais durante 40 dias e 40 noites — apropriadamente chamado de universal. Dessa extinção, restaram somente Noé e sua família. Continue lendo “Histórias”
Qué pasa, Argentina?
O diplomata Marcos Azambuja conhece bem a Argentina, onde foi embaixador do Brasil por cinco anos. É de sua lavra a frase segundo a qual existem três tipos de países: os desenvolvidos, os subdesenvolvidos e a Argentina. Ela vem a calhar diante do surpreendente resultado do primeiro turno das eleições, com o peronista e candidato governista Sérgio Massa abrindo uma vantagem de mais de seis pontos em relação ao ultradireitista Javier Milei. Continue lendo “Qué pasa, Argentina?”
Um voto ao horror
É chocante e inaceitável o veto dos EUA à moção brasileira apoiada pelos demais estados membros, permanentes ou não, do Conselho de Segurança da ONU — com somente duas abstenções, da Rússia e do Reino Unido, equivalentes a voto sim —, por uma trégua para o envio de ajuda humanitária à população palestina na Faixa de Gaza. Continue lendo “Um voto ao horror”
A paz morreu?
Na noite de 4 de novembro de 1995, cem mil pessoas se aglomeravam na Praça dos Reis de Israel em Tel Aviv. Realizava-se um comício pela paz entre israelenses e palestinos. A multidão foi ao delírio quando o primeiro-ministro Ytzhak Rabin concluiu seu discurso histórico: “Sempre acreditei que a maioria de nós quer a paz e está disposta a morrer por ela”. Continue lendo “A paz morreu?”
Não Tá Fácil!
Dia de escrever para a coluna mas o desânimo é total. Por onde quer que se olhe tem desgraça e mais desgraça. Continue lendo “Não Tá Fácil!”
Horror
A bestialidade que novamente produz um banho de sangue entre judeus e palestinos no Oriente Médio expõe, pela enésima vez, a inércia da comunidade internacional e a impotência da ONU ante erros escandalosos do passado que criaram o Estado judeu sem criar o Estado palestino, causaram o esbulho da propriedade territorial dos palestinos que ali residiam há séculos e fomentaram o armamentismo desenfreado do lado judeu, em contraposição à pobreza econômica e militar dos palestinos.
Governo Lula é dúbio na condenação ao Hamas
Pela segunda vez a política externa brasileira envereda pelo caminho da ambiguidade em uma questão relevante e sensível no cenário internacional. Assim como na guerra da Rússia contra a Ucrânia, o governo Lula agora adotou uma postura dúbia em relação ao Hamas, evitando classificar como terrorismo o ataque e assassinato de civis de Israel praticados pelo grupo fundamentalista palestino. Continue lendo “Governo Lula é dúbio na condenação ao Hamas”
Nem conservador, nem progressista
Dá-se como certo que o Brasil é majoritariamente conservador e até moralista. Que repudia a descriminalização do aborto, o uso recreativo da maconha ou a união homoafetiva, questões associadas à progressistas. Uma visão distorcida que ganhou mais vigor nos tempos do ex Jair Bolsonaro. A realidade é bem outra. Como na política, há tempos polarizada, também nos costumes o Brasil é um país dividido ao meio. Continue lendo “Nem conservador, nem progressista”
O anarquismo dos aloprados
Os aloprados da extrema direita no Congresso Nacional estão mostrando os dentes para o STF, e vão ficar sem eles se insistirem na idéia mirabolante de aprovar uma emenda à Constituição permitindo submeter ao crivo do Congresso decisões da Corte que não lhes agradem. Continue lendo “O anarquismo dos aloprados”
Rosa Weber deixa um legado
A observância da autocontenção e a discrição foram marcas registradas da ministra Rosa Weber, aposentada compulsoriamente nesta semana por completar 75 anos de idade. Nisso a ministra fez a diferença no Supremo Tribunal Federal. Estabeleceu um estilo próprio de só se pronunciar nos autos, postura bem diferente da assumida pela maioria de seus pares, especialmente dos chamados “ministros políticos”. Soube, como nenhum outro membro da Corte, estabelecer muralhas para preservar a instituição a qual serviu por 12 anos, e à sua independência. Continue lendo “Rosa Weber deixa um legado”
Por trás da crise com o Supremo
Muito se fala – e muito ainda vai se dizer – de crises entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, contendas que teriam origem na composição mais conservadora do Parlamento versus o progressismo da Corte maior. É mais do que isso. Além dos interesses econômicos, óbvios no caso do marco temporal para delimitação de terras indígenas, por trás do brio ferido da Câmara e do Senado com decisões recentes do STF está a ávida corrida da direita em dar fôlego às pautas de costumes que, com o ex Jair Bolsonaro abatido, teriam o condão de manter a tropa unida. Continue lendo “Por trás da crise com o Supremo”