Em julho de 2010, a então candidata Dilma Rousseff fez a sua primeira intervenção sobre a política externa brasileira. Um completo desastre. Continue lendo “Dane-se”
A professora inglesa
Tenho o fetiche da professora inglesa. Confesso e explico-me.
O sexo estampado na cara de Marilyn ou de Brigitte Bardot repugnava a Hitchcock. Continue lendo “A professora inglesa”
O Brasil sem voz
Existem dois Brasis convivendo: o da fantasia virtual, retratado por uma boa parte da imprensa e pelas chamadas redes sociais, e o real, aquele onde as pessoas vivem de verdade. Continue lendo “O Brasil sem voz”
Guerra no país da boquinha
Com 22 mil cargos de confiança, o governo brasileiro é recordista absoluto em um ranking nefasto que só neste ano vai custar mais de R$ 200 bilhões. Ganha de lavada dos oito mil cargos dos Estados Unidos e dos quatro mil da França. E, garantidamente, o Estado nacional não funciona melhor do que o da Inglaterra, com apenas 300 servidores comissionados. Continue lendo “Guerra no país da boquinha”
Os pássaros de David Lynch
Vivemos tempos de Bosch. Entra-se num comboio, num avião e os gemidos vêm das próprias cadeiras. As ruas gritam, os restaurantes sussurram. A realidade está a hiperventilar. Continue lendo “Os pássaros de David Lynch”
Tragédia de erros
A reintegração de posse da área conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, foi a materialização da mais completa tragédia de erros ocorrida nos últimos tempos. Em diversas frentes: Continue lendo “Tragédia de erros”
O Iraque é aqui
Como diz o grupo paulistano Premeditando o Breque, “aqui não tem terremoto, aqui não tem revolução”. Ainda assim, 49.932 pessoas foram vítimas de homicídios em apenas um ano no Brasil, 192.804 nos últimos quatro anos. Continue lendo “O Iraque é aqui”
Nara Tropicália
É muito por causa de Nara que eu desejo dissuadir os dirigintes da Odebrecht de manter o nome Tropicália no projeto de condomínio que eles estão construindo em Salvador. Dizem-me até que este seria nas bordas da floresta que fica entre a Orla e a Paralela, na altura do Parque de Pituaçu. Continue lendo “Nara Tropicália”
Boxe com luvas de pelica
Engana-se quem pensa que a juíza Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, tenha recolhido as armas. Continue lendo “Boxe com luvas de pelica”
A tragédia nossa de cada ano
Entra ano, sai ano, janeiro é sempre igual: chuvas torrenciais desabrigam, soterram e matam gente. Não deveriam causar qualquer surpresa, muito menos pegar governos de calças curtas. Continue lendo “A tragédia nossa de cada ano”
Deus ou é uma aranha ou é a Audrey Hepburn
Deus é a pintada prova da vaidade humana. Os gregos inventaram deuses, os bantus deram à luz Nzambi e os esquimós afogaram no Árctico uma deusa gélida. Os australianos têm desculpa: quem inventa o boomerang não precisa de inventar raio e trovão de mais coisa nenhuma. Continue lendo “Deus ou é uma aranha ou é a Audrey Hepburn”
Escândalos, paixões e correrias
Estavam os habitantes da Cracolândia de São Paulo (que odeio chamar de “nóias”, uma palavra que tem acento pejorativo de gíria vulgar) postos em sossego em seu torpor de zumbis, quando chegou uma tropa da PM e os colocou pra correr. Continue lendo “Escândalos, paixões e correrias”
Dentaduras eleitorais
Duas cenas antagônicas – uma de punição e outra de ostensiva cara de pau – inauguraram 2012. De um lado, o TSE negou liminar ao prefeito de Ribeira do Piauí, Jorge de Araújo da Costa (PTB), cassado em outubro sob acusação de compra de votos. De outro, a descarada compra de votos em curso no estado de Pernambuco, sob o patrocínio do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB). Continue lendo “Dentaduras eleitorais”
O cineasta em fuga
Toda a arte é bicéfala: já vi, em muitos filmes, aparecer a cabeça do autor e rolar depois, no ecrã, outra cabeça, a da própria obra. Continue lendo “O cineasta em fuga”
O país das pessoas incomuns
O Brasil é um país estranho.
Sérgio Buarque escreveu que o brasileiro é um homem cordial – no sentido de que age mais com o coração do que com a razão – e logo leram que o brasileiro é uma pessoa gentil, lhana, de fino trato, que é o significado mais corriqueiro e coloquial da cordialidade. Continue lendo “O país das pessoas incomuns”
