Parece mais ou menos um relógio-cuco: de vez em quando salta a cabecinha ameaçadora de um passarinho prometendo – ou ameaçando – que vai “regular” a mídia. Depois o passarinho se recolhe para um período de silêncio, até que alguém o aciona e ele volta com sua promessa em forma de ameaça, ou, dependendo de que lado você está, sua ameaça em forma de promessa. Continue lendo “Uma festa na Líbia”
Sem desculpas
Vencer é bom demais. Vencer de lavada costuma ser ainda melhor. Quanto mais na estréia, na primeira vez que se entra em campo. Parece não ter preço. Continue lendo “Sem desculpas”
Filme preferido
Recebi do Bob Tostes, amigo que engrandece esta nossa cidade, um pedido e dois presentes. Os presentes são dois CDs que ele criou em parceria com Marcelo Gaz: Horizonte, que ele deve lançar brevemente, e Suspense (the short night). Continue lendo “Filme preferido”
Barba, cabelo e bigode
Além de ser o pior regime do mundo, com exceção de todos os outros, a democracia tem a vantagem de proporcionar alguns espetáculos de surrealismo político que podem torná-la impagável também no ramo do entretenimento. Continue lendo “Barba, cabelo e bigode”
Brasil, país rico é…
Governantes adoram bordões publicitários. Crêem que eles podem imortalizá-los. O Brasil já viu vários deles. Alguns, assertivos, como o lema dos “50 anos em 5” de Juscelino Kubitschek. Continue lendo “Brasil, país rico é…”
O PT e seu ajuste
Em agosto de 2010, em plena campanha eleitoral, Dilma Roussef garantia: “Não vou fazer ajuste fiscal em hipótese alguma. O Brasil não precisa de ajuste fiscal”. Continue lendo “O PT e seu ajuste”
É o breu
Sete estados do Nordeste – Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará — ficaram às escuras na virada de quinta para sexta-feira, primeiro apagão do governo Dilma Rousseff, quarto desde novembro de 2009. Continue lendo “É o breu”
A comida dos lobos
Enquanto a oposição ajeita as suas luvas de pelica e decide se será “construtiva”, “propositiva”, “firme”, “vigorosa”, “vigilante” ou simplesmente boa praça, o governo ensaia seu vigor no ringue terçando luvas com aquela parte incômoda de si mesmo, ou seja, aquela outra metade que não se contenta com as sinecuras que lhe couberam na partilha, e exige outras, mais fartas. Continue lendo “A comida dos lobos”
De olho neles
Com festa, fogos e os artifícios de sempre, começa na terça-feira a 54ª legislatura. De cara, deputados e senadores vão encontrar a herança maldita de 21 medidas provisórias a trancar a pauta e mais duas editadas pela presidente Dilma Rousseff. Continue lendo “De olho neles”
Notícias da ilha
Notícias da ilha dos irmãos Castro: o restaurante La Guarida, aquele do filme Morango e Chocolate, fechou e voltou a reabrir; Continue lendo “Notícias da ilha”
Prevenção não ganha eleição
Há quatro anos, o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou investimentos de R$ 115 milhões para a criação de sistemas de alerta capazes de poupar vidas em catástrofes anunciadas. Continue lendo “Prevenção não ganha eleição”
Cem dias de perdão
É tradição conceder aos novos governantes 100 dias de graça até que eles se ajeitem na cadeira e consigam mexer os seus próprios pauzinhos. Nesses 100 dias, espreita-se, prescruta-se, ensaia-se e costuma-se anistiar os novatos, mesmo quando não estão batendo um bolão. Continue lendo “Cem dias de perdão”
Topam tudo por dinheiro
As excelências que têm assento no Congresso Nacional definitivamente não se emendam. Encenam um jogo que, ao contrário do popular programa criado pelo apresentador Silvio Santos, não tem humor nem pegadinhas: custa caríssimo ao país e joga no lixo qualquer possibilidade de se recompor a imagem do Parlamento, instituição símbolo da democracia. Continue lendo “Topam tudo por dinheiro”
A tragédia e seus culpados
A torrente de lama desce das encostas e soterra quase 400 vidas. A cena se repete todos os anos, com maior ou menor intensidade, com mais ou menos mortos. Continue lendo “A tragédia e seus culpados”
Ridículo e irrelevante
É incrível como dois simples adjetivos podem dar a completa dimensão da esgarçadura dos tecidos moral, legal e ético do país. Continue lendo “Ridículo e irrelevante”