Faz dois meses que estou aprendendo na prática aquela verdade que tantos milhões de pessoas já haviam experimentando antes de mim, aquele axioma: avô é pai duas vezes. Continue lendo “A filha e a filha da filha”
O PT e sua Dulcinéia
O moinho de vento contra o qual arremetia dom Quixote de la Mancha era aquele que ameaçava a donzela Dulcinéia del Toboso. Continue lendo “O PT e sua Dulcinéia”
Más notícias do país de Dilma (99)
Mesmo nas raras ocasiões em que se encaminha para decisões corretas, o governo Dilma Rousseff erra – e, além de errar, demonstra como o lulo-petismo no poder é incoerente. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (99)”
Thaddeus Stevens, um político e tanto
‘Dentre as manias que eu tenho’… uma é nunca assistir filmes ou ler livros que estejam no topo das listas logo que vêm a público. Não sei o motivo dessa birutice, mas com livros sempre foi assim. Comprava o livro e só ia lê-lo algum tempo depois.
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Porto inseguro
Dilma Rousseff, Lula e o PT só pensam naquilo: reeleição, eleição, reeleição. Não necessariamente nessa ordem, já que depende da maré – leia-se, da economia – quem será o protagonista em 2014. Continue lendo “Porto inseguro”
A lição do juiz poeta
Na tevê, o jornalista quer saber de Carlos Ayres Britto, ex-ministro e presidente do STF, qual a sua opinião sobre o propagado conflito entre o Congresso e o Supremo. Com sua tranquila serenidade, que os brasileiros atentos já se acostumaram a admirar, ele joga toalha fria nos que apostam em confronto. Continue lendo “A lição do juiz poeta”
O coração numa bandeja
Mesmo alguém que não se chamasse Coelho estremeceria ao ouvir a voz melancólica de Pedro I, rei de Portugal, ordenar: “Preparem-me esse coelho que tenho fome.” Num conto de Os Passos em Volta, de Herberto Helder, um dos assassinos de Inês, Pêro Coelho, de joelhos entre os guardas, reconhece o direito de vingança do monarca e saboreia a ironia da frase real. Continue lendo “O coração numa bandeja”
Do testezinho de Hélio Cabral à tristeza
“Testezinho aí, senhor?”, ele perguntava. Pegava uma foto, cena de um filme, tapava pedaços que poderiam revelar qual era o filme, qual era o ator ou atriz que aparecia na foto (muitas eram fotos de publicidade, enviadas aos jornais pelos distribuidores), e fazia a pergunta: “Testezinho aí, senhor?” Continue lendo “Do testezinho de Hélio Cabral à tristeza”
Eu só queria entender
Dizem que nas décadas de 20 e 30 do século passado a moral das classes altas e a da classe artística era muito elástica, ou melhor, era muito frouxa. As aparências enganavam, a hipocrisia campeava. O uso da droga era muito difundido, o álcool era livre, o adultério era quase obrigatório, os casamentos eram um contrato comercial e patrimonial, mais do que tudo. Continue lendo “Eu só queria entender”
O fígado de Ulysses
Acurácia é uma palavra feia mas muito útil em jornalismo. Significa precisão, exatidão. Há muito tempo que ela não é usada nas redações e acho mesmo que muitos dos jovens jornalistas desconhecem o seu significado. Continue lendo “O fígado de Ulysses”
Más notícias do país de Dilma (98)
Diz a sabedoria popular que o pior cego é aquele que não quer ver. Os jornais mostram que o país está sendo governado pelo pior tipo de cego. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (98)”
Adriana de babar
Adriana Calcanhotto é mulher de mil caras. Se fosse atriz, seria do tipo Meryl Streep, Bridget Fonda, Carey Mulligan, que em cada filme têm uma cara – nunca, por exemplo, do tipo Meg Ryan ou Keira Knightley, duas gracinhas, mas que têm a mesma cara em todos os filmes, sejam comedinhas ou dramas pesados. Continue lendo “Adriana de babar”
Zeladoria Gramatical
O grito da sirene morre em uma freada brusca. A equipe desce do carro e invade o restaurante, com a autoridade da fiscalização. “Aqui está tudo certo, casa limpa, alimentos frescos, higiene absoluta” – defende-se o dono. “Sim”, diz o fiscal. “Mas o senhor está preso e vamos enforcá-lo.” Continue lendo “Zeladoria Gramatical”
Dirceu, fiscal de Sarney
José Dirceu é mesmo o máximo. Ministro-chefe da Casa Civil e homem de confiança do presidente Lula, foi desapeado do Planalto em junho de 2005 quando as denúncias do mensalão começaram a esbarrar no chefe-maior, que o tinha como capitão do time. No fim do mesmo ano teve seu mandato de deputado federal cassado. Continue lendo “Dirceu, fiscal de Sarney”
Quase não houve show
Eu tinha um show com o Geraldo Vianna e o Trio Amaranto, no Sesc Palladium, às 8 da noite do último domingo. Depois de uma tarde calma e alegre com filhos e netos, saí de casa com uma hora e meia de antecedência. Com o trânsito normal não demoraria 15 minutos para chegar ao destino. Continue lendo “Quase não houve show”