Tempos atrás, certa deputada parecia ter confundido posse no cargo com festa de arromba. Surgiu no plenário da Câmara, ambiente em que as pessoas se tratam por Vossa Excelência (quando não estão se xingando), ostentando seus atributos físicos em um grande decote. Continue lendo “Com que roupa eu vou…?”
Memórias que o tempo não apaga
Naquele tempo, este que vos escreve entrava na sede do Corínthians, no Parque São Jorge, caminhava até o Rio Tietê e mergulhava na “piscina”. Para ser mais preciso, no cocho. Um cercado de madeira, vazado, destinado aos banhistas, por onde passavam as águas do rio. E a Marginal Tietê? Não existia. Continue lendo “Memórias que o tempo não apaga”
Independência ou morte
Ora, por que não ir ao Guarujá? Se estão lá o apartamento, comprado há décadas, os queridos parentes, e amigos jornalistas? Resposta: porque os anos passaram. Nos bons tempos, em certas sextas-feiras, fim de tarde, minha Haydée e sua irmã Dena chegavam com nosso carro e paravam na porta do Estadão/JT. Este narrador assumia o volante. Continue lendo “Independência ou morte”
Aventura em textos e fotos
Nos memoráveis tempos do Jornal da Tarde, belas (e às vezes ousadas) pautas levavam os repórteres a lugares remotos do País. Inajar de Souza (hoje nome de avenida na Zona Norte paulistana) foi parar no acampamento de uma empresa em plena floresta Amazônica. Na hora de dormir entrou no quarto e estancou. Havia uma cobra em um dos cantos. Continue lendo “Aventura em textos e fotos”
O que, afinal, busca essa mulher?
Vejo a mulher sozinha caminhando por uma rua. Bem-vestida, no braço uma bolsa de qualidade. Vai em frente, em passos de certa pressa, como se estivesse ansiosa. Mas não para em lugar nenhum. Continue lendo “O que, afinal, busca essa mulher?”
Jack
Jack, o Estripador, é uma boa alma. Todos admiram suas maneiras educadas, e nem falamos da destreza na faca. O apelido veio por sua habilidade de açougueiro. Não coube bem a quem se chama Antonio dos Anjos. Continue lendo “Jack”
Lembram-se do Mappin e da Mesbla?
Paladar não se discute. Ou…
Inadvertidamente, em um gesto automático, Flavinho pegou com a mão uma das azeitonas que haviam sobrado na caixa de pizza sobre a mesa. Antes que a levasse à boca, tia Alzira reage.
– Não faça isso, menino! Não se pega alimento com a mão.
É mole?
O problema na vida de Moleza era mais do que crise existencial. Não gostava de nada. Os pais, Moacir e Valeza (o que dera em Mo+leza), tentavam estimulá-lo a ir ao cinema… Nada conseguiam. Leitura de um livro causaria arrepios
Esquifes voadoras e outras aeronaves
Vejam, aquele avião que fez o Lula ficar dando voltinhas por cinco horas, para pousar na mesma pista de onde havia decolado, não é um esquife voador. Esquife, para quem não lembra, ou não sabe, é caixão de defunto.
Desculpe, leitor
Estava este seu amigo, o Valdir Sanches, tomando um cafezinho e buscando o que escrever para nosso blog, quando a campainha de casa soou. Uai, reagi. Quem será, uma hora destas? Três da tarde! Continue lendo “Desculpe, leitor”
Troféu de viagem
Jornalista de chapéu, como nos velhos e elegantes tempos, podia ser visto nos dias de hoje, não por exibição de elegante indumentária, mas para proteção contra o sol escaldante de tantas regiões de nosso País. No caso deste que vos escreve, tratava-se de peça esportiva, de uso comum em praias e lugares despojados de sombra.
Sherlock Holmes come mosca
Em uma noite de insônia, peguei ao acaso um dos livros da minha estante. Um Sherlock Holmes, que nem lembrava possuir. Trazia memórias do Dr. Watson, com o relato de como, recém-chegado da Índia, o médico acabou indo morar com o famoso detetive, e se envolveu com seu trabalho. Continue lendo “Sherlock Holmes come mosca”
Como confinar o mal
N. do A. – Cuidado:texto com caturrices. Caturrice: rabugice, birra.
Tínhamos, na casa onde morava, uma chapeleira na entrada da sala. Peça antiga, bela, onde visitantes penduravam casacos e guarda-chuvas. Agora, vivendo em apartamento, estou pensando em outro móvel, muito útil. Continue lendo “Como confinar o mal”
Um bar corta a noite
Cortando a noite fria, a 80 quilômetros por hora, o bar do Santa Cruz é um lugar especialmente aconchegante: balcão alto, mesinhas baixas cercadas por poltronas macias. A cadência da marcha – as rodas batendo-se com os trilhos – embala a freguesia e a conversa. E madrugada a dentro muita coisa pode acontecer a bordo do trem mais famoso do País.