Jornalista de chapéu, como nos velhos e elegantes tempos, podia ser visto nos dias de hoje, não por exibição de elegante indumentária, mas para proteção contra o sol escaldante de tantas regiões de nosso País. No caso deste que vos escreve, tratava-se de peça esportiva, de uso comum em praias e lugares despojados de sombra.
Sherlock Holmes come mosca
Em uma noite de insônia, peguei ao acaso um dos livros da minha estante. Um Sherlock Holmes, que nem lembrava possuir. Trazia memórias do Dr. Watson, com o relato de como, recém-chegado da Índia, o médico acabou indo morar com o famoso detetive, e se envolveu com seu trabalho. Continue lendo “Sherlock Holmes come mosca”
Como confinar o mal
N. do A. – Cuidado:texto com caturrices. Caturrice: rabugice, birra.
Tínhamos, na casa onde morava, uma chapeleira na entrada da sala. Peça antiga, bela, onde visitantes penduravam casacos e guarda-chuvas. Agora, vivendo em apartamento, estou pensando em outro móvel, muito útil. Continue lendo “Como confinar o mal”
Um bar corta a noite
Cortando a noite fria, a 80 quilômetros por hora, o bar do Santa Cruz é um lugar especialmente aconchegante: balcão alto, mesinhas baixas cercadas por poltronas macias. A cadência da marcha – as rodas batendo-se com os trilhos – embala a freguesia e a conversa. E madrugada a dentro muita coisa pode acontecer a bordo do trem mais famoso do País.
Confortos na selva
Carlinhos era o aluno mais admirado da classe, por sua ousada inventiva. Textos memoráveis, que ora irritavam sua professora (e o diretor da escola), ora os deixavam surpresos e felizes. Só tinha um problema: às vezes escorregava para o absurdo.
Fotos, um perigo
Os coleguinhas fotógrafos gostavam de aprontar para conosco, os de texto. Esse “coleguinha” era como chamávamos uns aos outros, por deboche. Ora, vejam o que acontecia. Continue lendo “Fotos, um perigo”
Caminhar e algo mais
Da janela do seu quarto, o idoso vê o percurso de sua caminhada. Quinhentos e cinquenta metros que margeiam o lago de Vila Galvão, em Guarulhos. Assim, nos fins de tarde, quando a temperatura ameniza, deixa sua casa e logo está entre os caminhantes, homens e mulheres, uns tantos da assim chamada terceira idade.
O nome do alvo
Os tiros atingiram a…
Levou dois tiros na… Continue lendo “O nome do alvo”
Extra! Edição especial.
Como, direis? Isto é um blog, não um jornal.
No entanto veja o leitor o que aconteceu. Mostrávamos no blog o texto contando que, em uma madrugada de setembro de 1978, o pessoal que acabara de fechar a edição do Jornal da Tarde estava muito tranquilo com sua bebidinha, no Bar do Alemão, quando surge um contínuo da redação esbaforido: “O papa morreu”. Continue lendo “Extra! Edição especial.”
O dia em que Estadão e JT mudaram para a Marginal
O que tem a queda do presidente Bordaberry, do Uruguai, a ver com a mudança de O Estado de S. Paulo? Tem que são quatro e meia da tarde neste sábado de mudanças, e o Estadão está fechando a sua última edição na redação velha, da Rua Major Quedinho. E precisa fechar cedo, para facilitar as coisas. Continue lendo “O dia em que Estadão e JT mudaram para a Marginal”
Aquela noite, no bar
Certa noite, dirigindo o carro pela Avenida Antártica, este que vos escreve passou pelo Bar do Alemão e quase caiu duro. O ponto habitual do pessoal do Jornal da Tarde para uma bebidinha depois do trabalho estava com as portas baixadas! Em frente, na calçada, havia uma seleta de notívagos. Continue lendo “Aquela noite, no bar”
Ah, o realismo fantástico
O caixão com o corpo do Gabriel Garcia Márquez teve que ser levado na mão, por trezentos metros. Vencida mais ou menos a metade, um homem que segurava uma das seis alças (parece que era o Vargas Llosa) sentiu-se mal e teve que desistir. A alça ficou vazia, mas os que continuaram perceberam que algo estranho se passava. Parecia que o caixão estava menos pesado. Continue lendo “Ah, o realismo fantástico”
Cuidado! Intruso na cozinha
De repente, caí em si, como diz o vulgo. Se as pessoas cozinham o tempo todo, até na tela da tevê, por que eu não? Logo entrava na cozinha com livros de receita guardados na despensa. Continue lendo “Cuidado! Intruso na cozinha”
De olho no Estadão
De uns tempos a esta parte, o venerável Estadão tem, muito moderninho, adotado a gíria. É comum usar o “ficar de olho”, até em chamada de primeira página. Da minha parte, está tudo bem, embora… Continue lendo “De olho no Estadão”
Alô? E vem a voz salvadora
Jornalistas… telefonistas… O que tinham a ver uns com as outras, nos tempos da pré-informática? Veja esta situação. Em certa madrugada de julho de 1979, este que vos escreve estava deitado na cama de um hotel de Manágua, na Nicarágua, olhando para o teto. Um tanto desolado. O dia anterior havia sido de grande agitação, diante da possibilidade de que o ditador Anastásio Somoza deixasse o poder. Os guerrilheiros sandinistas estavam cada vez mais próximos.
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