Ah, aquela estimada bolsa…

Não sei por que cargas d’água (expressão da época do bonde puxado a burro) fui envolvido por insidiosa trama familiar. Mirava um acessório de uso profissional que me era caro. A peça, é verdade, tinha um tempinho de uso, … duas décadas. Tratava-se de uma bolsa de lona verde, com duas divisões, e, costurados fora, dois bolsos. Como as que se vendiam em lojas de artigos para pesca e caça, quando esta não era proibida. Continue lendo “Ah, aquela estimada bolsa…”

Inteligência Artificial ou…

Carlinhos olhava desolado para o que tinha nas mãos. A caixa onde guardava sua coleção de moedas havia ido ao chão e quebrado. Era peça antiga. E agora? Quanto custaria uma nova, caso encontrasse? Pensou na Inteligência Artificial para um conserto. Mas não sabia o que era isso. Procurou no Google. Lá estava, em uma das definições: “Que não é natural, dissimulado, fingido. Postiço.”  Continue lendo “Inteligência Artificial ou…”

Gol de letra

A cada gol, muita comemoração, muita barulheira. Pergunto: por que só é assim no futebol, nos esportes? Por que não para nós, os simples mortais do texto? Vamos imaginar Sérgio Vaz na redação do Jornal da Tarde daqueles bons tempos, tentando um título de alto de página. Em uma parede, um telão mostra o que ele escreve. Servaz dribla um lugar-comum, saí de um gerúndio, escanteia uma ideia de jerico e… goleia com um título genial! 

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Com que tênis eu vou…

Se eu fosse casar nos dias de hoje, seria um vexame. Lá está o noivo no altar, ao lado da noiva tão elegante, ele usando terno… Não ia dar certo. Porque seria terno, gravata e tênis. Como assim?, poderá indignar-se um modista conservador. Respondo. Sou da turma que não abre mão do tênis.

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Com que roupa eu vou…?

Tempos atrás, certa deputada parecia ter confundido posse no cargo com festa de arromba. Surgiu no plenário da Câmara, ambiente em que as pessoas se tratam por Vossa Excelência (quando não estão se xingando), ostentando seus atributos físicos em um grande decote.  Continue lendo “Com que roupa eu vou…?”

Memórias que o tempo não apaga

Naquele tempo, este que vos escreve entrava na sede do Corínthians, no Parque São Jorge, caminhava até o Rio Tietê e mergulhava na “piscina”. Para ser mais preciso, no cocho. Um cercado de madeira, vazado, destinado aos banhistas, por onde passavam as águas do rio. E a Marginal Tietê? Não existia. Continue lendo “Memórias que o tempo não apaga”

Independência ou morte

Ora, por que não ir ao Guarujá? Se estão lá o apartamento, comprado há décadas, os queridos parentes, e amigos jornalistas? Resposta: porque os anos passaram. Nos bons tempos, em certas sextas-feiras, fim de tarde, minha Haydée e sua irmã Dena chegavam com nosso carro e paravam na porta do Estadão/JT. Este narrador assumia o volante. Continue lendo “Independência ou morte”

Aventura em textos e fotos

Nos memoráveis tempos do Jornal da Tarde, belas (e às vezes ousadas) pautas levavam os repórteres a lugares remotos do País. Inajar de Souza (hoje nome de avenida na Zona Norte paulistana) foi parar no acampamento de uma empresa em plena floresta Amazônica. Na hora de dormir entrou no quarto e estancou. Havia uma cobra em um dos cantos. Continue lendo “Aventura em textos e fotos”

Jack

Jack, o Estripador, é uma boa alma. Todos admiram suas maneiras educadas, e nem falamos da destreza na faca. O apelido veio por sua habilidade de açougueiro. Não coube bem a quem se chama Antonio dos Anjos. Continue lendo “Jack”

Lembram-se do Mappin e da Mesbla?

Loja que seria das mais conhecidas em São Paulo, o Mappin abriu suas portas na Rua Líbero Badaró em 1912. Oferecia uma variedade de produtos, de artigos para casa a roupas. Muitos anos depois, ocupou um prédio na Praça do Patriarca, com vistas para o Viaduto do Chá.

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É mole?

O problema na vida de Moleza era mais do que crise existencial. Não gostava de nada. Os pais, Moacir e Valeza (o que dera em Mo+leza), tentavam estimulá-lo a ir ao cinema… Nada conseguiam. Leitura de um livro causaria arrepios 

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Desculpe, leitor

Estava este seu amigo, o Valdir Sanches, tomando um cafezinho e buscando o que escrever para nosso blog, quando a campainha de casa soou. Uai, reagi. Quem será, uma hora destas? Três da tarde! Continue lendo “Desculpe, leitor”