As notícias que você lê, os vídeos a que assiste, os tweets que viralizam – nada disso é aleatório. Hoje, quase toda a informação passa por plataformas digitais onde a mediação pública foi automatizada por algoritmos invisíveis, projetados para capturar atenção, prever comportamentos e moldar o pensamento coletivo. Essa transformação radical opera silenciosamente: reorganiza valores, invisibiliza temas relevantes e privilegia a performance comercial sobre a função cívica da informação. Continue lendo “Os jornais entre a sobrevivência e a relevância”
Por que raios Lula insiste em bajular o ditador?
Por que raios será que Lula insiste em bajular o ditador sanguinário da Rússia – que além de tudo é tão de direita quanto Bolsonaro, um reacionário homofóbico, transfóbico, culturofóbico? Continue lendo “Por que raios Lula insiste em bajular o ditador?”
Trump destrói em 100 dias obra de 100 anos
À medida que o governo Trump inunda a zona do euro com sucessivas mudanças radicais, suas tarifas têm recebido mais atenção. Mas a política que pode acabar custando ainda mais aos EUA a longo prazo é o ataque da Casa Branca às universidades e à pesquisa em geral. Continue lendo “Trump destrói em 100 dias obra de 100 anos”
Preconceitos que inundam a MPB
No canal Causos Musicais, no Youtube, procuramos identificar manifestações misóginas, racistas, homofóbicas e outras formas de discriminação que estão presentes no nosso cancioneiro popular. Afinal de contas, a música é uma forma de socialização, de se fazer a cabeça de jovens, assim como a família, a escola, a igreja. Continue lendo “Preconceitos que inundam a MPB”
Cristina
A casa da família de Cristina costumava receber sempre visitantes ilustres – intelectuais, professores, compositores, entre eles o carioca Vinicius de Moraes, o que escreveu que São Paulo é o túmulo do samba, e o paulistano Paulo Vanzolini, colega do pai dela na USP, zoólogo e um dos maiores compositores de samba que já houve. Foi do amigo do pai a primeira música que ela gravou, em um disco de 1967, quando ainda não tinha feito 17 anos – nasceu em dezembro de 1950, em São Paulo. Continue lendo “Cristina”
Trump e Netanyahu trabalham juntos contra a democracia, pelas trevas
Houve uma época em que um encontro entre o presidente dos Estados Unidos e o primeiro-ministro de Israel só trazia orgulho aos judeus israelenses e americanos, que viam dois líderes democráticos trabalhando juntos. Bem, sei que não estou sozinho quando digo que orgulho não é a emoção que me invadiu ao ver a foto de Donald Trump e Binyamin Netanyahu, bem próximos, se reunindo no Salão Oval na segunda feira. As emoções foram de repulsa e depressão. Continue lendo “Trump e Netanyahu trabalham juntos contra a democracia, pelas trevas”
Renato Russo, Vandré, as canções, os veredictos
De repente, sem que tivesse planejado, acabei ouvindo, agora há pouco, várias versões de “Send in the Clowns”. A da Judy Collins, fabulosa, que ela gravou no Fifth Album, de 1965. Uma que eu jamais tinha ouvido na vida, um dueto de Judy Collins e Don McLean – nunca soube que os dois haviam gravado juntos. Pulei a da Barbra Streisand, que seguramente também é linda, e ouvi a do Frank Sinatra, que, diacho, tem a qualidade Frank Sinatra. Continue lendo “Renato Russo, Vandré, as canções, os veredictos”
Causos musicais
A ideia de fazer um canal de Youtube voltado para a música popular surgiu durante a pandemia de Covid.
Um grupo de amigos que gostam de música nos reuníamos toda sexta-feira na Escola de Choro de Brasília para tocar. Com a pandemia, isso se tornou impossível. Então, passamos a fazer reuniões on-line. Continue lendo “Causos musicais”
Trump não entende nada, nadica, de coisa alguma
No sábado, 5 de abril, mesmo dia em que milhares e milhares de americanos foram às ruas de mais de mil cidades protestar contra Donald Trump, dizer para ele “tirar as mãos dos estudantes, da pesquisa, das escolas, dos direitos, do planeta”, dois artigos publicados nos jornais brasileiros mostraram, com uma clareza fantástica, admirável, como toda a visão que o sujeito tem da economia dos Estados Unidos – e do mundo – é totalmente, absolutamente equivocada. Continue lendo “Trump não entende nada, nadica, de coisa alguma”
DeepSeek 7 x 1 ChatGPT
Fizemos uma pergunta ao milionário norte-americano ChatGPT e ao muito, muito, muito mais baratinho chinês DeepSeek. A inteligência artificial do país que se diz comunista deu de goleada no rival da até hoje maior potência econômica e militar do mundo, o império mais poderoso que já houve na História do bicho homem. Continue lendo “DeepSeek 7 x 1 ChatGPT”
Leila
Leila e Milton se gostavam, eram amigos. Me lembrei disso no final do dia em que ela faria 80 anos. Não sei onde li sobre isso, e não interessa. O fato é que eram amigos, no Rio de Janeiro em que viviam os dois, a niteroiense da classe 1945 e o carioca da Tijuca mineiro de criação e coração da classe 1942. Continue lendo “Leila”
Cacá Diegues
“Quando começamos, tínhamos 18 ou 20 anos, e éramos modestíssimos, queríamos mudar a história do cinema brasileiro, a história do cinema mundial e se possível todo o planeta.” Continue lendo “Cacá Diegues”
Alô, DeepSeek: quem é Sérgio Vaz?
Na terça-feira, 28/1, apenas um dia depois de a chinesa DeepSeek abalar o capitalismo mundial – as sete grandes empresas norte-americanas de tecnologia perderam US$ 1 trilhão em valor de mercado –, Mary perguntou a ela, a DeepSeek, sobre Sérgio Vaz. Continue lendo “Alô, DeepSeek: quem é Sérgio Vaz?”
Um presente, uma surpresa, uma coisa fantástica
“Em janeiro de 1954 minha avó chegou com uma revista e me disse; – ‘Olha o que eu encontrei na banca de jornal. Vai sair todo mês e eu vou comprar para você.’ Era o primeiro exemplar da revista CINELÂNDIA, com a Terry Moore na cada, de rabo de cavalo, shortinho e blusa xadrez amarrada na cintura. Depois de uns meses, a edição passou a ser quinzenal e a promessa continuou até o último exemplar, em meados de 62! Continue lendo “Um presente, uma surpresa, uma coisa fantástica”
Marianne Faithfull
A garotinha linda demais, mais bela que qualquer boneca Barbie, que cantava com a voz mais doce do mundo “As tears go by” e “Scaborough Fair”, me deixou profundamente impressionado quando a vi madura, depois de muita história, muita droga, muita barra, fazendo aquele papel impressionante em Irina Palm (2007). Meu, que coragem! Continue lendo “Marianne Faithfull”