É do jogo que partidos políticos busquem tirar o máximo proveito dos reveses de seus adversários. Quando denúncias pululam, um lado ou outro vê nelas a chance de impor ao inimigo a derrota fatal, ou, no mínimo, de empatar a peleja. Com as investigações sobre a formação de cartel nas licitações da CPTM e do Metrô de São Paulo não seria diferente. Continue lendo “Suposta suspeição”
Bode gordo
Redução das punições a partidos e candidatos, regras de financiamento mais flexíveis para campanhas eleitorais, que permitem até doações de concessionários e permissionários de serviços públicos, propaganda paga na internet e – mais grave – restrições à fiscalização do Judiciário e do Ministério Público. Continue lendo “Bode gordo”
Lula de volta
Longe do ringue desde o quase nocaute desferido pelo escândalo Rosemary Noronha, e mais sumido ainda depois das manifestações juninas, o ex-presidente Lula reapareceu. E, ainda que zonzo, sentindo o golpe de não ser mais a voz máxima das ruas, reencontrou-se com o seu melhor estilo: o de reinventar a história. Continue lendo “Lula de volta”
Os donos do povo
Donos das ruas, dos movimentos sociais, da esquerda, do “progressismo” e do “politicamente correto”, o PT e seu governo se vêem cada vez mais enrascados por atos que chamam de espontâneos, que repudiam seus cabrestos. Continue lendo “Os donos do povo”
Fera ferida
Desde que a inflação começou a mostrar dentes cada vez mais afiados e o incômodo grito de descontentes tomou as ruas, tornou-se praticamente impossível manter os disfarces que encobriam o autoritarismo e a soberba da presidente Dilma Rousseff. Continue lendo “Fera ferida”
Se essas ruas fossem minhas
É incrível, inacreditável, mas o PT, antes de ser golpeado pela pesquisa Datafolha deste fim de semana, parecia estar conseguindo verter a seu favor a repulsa das ruas aos seus métodos e modos. Continue lendo “Se essas ruas fossem minhas”
O PT afônico
O PT nunca amargou desilusão tão profunda: as ruas se abarrotaram de gente sem que o partido as mobilizasse. Gente que, em sua maioria, prefere que a “onda vermelha” convocada, oportunista e extemporaneamente, pelo presidente da sigla Rui Falcão, fique longe. Continue lendo “O PT afônico”
Coisa do demônio
Em qualquer atividade e para qualquer um, perder uma oportunidade é deixar passar uma chance que poderia ser única. Continue lendo “Coisa do demônio”
A república do “eu não sabia”
Nenhum governante deveria mentir. Muito menos institucionalizar a mentira. Oferecer-se ao público e, de cara lavada, dizer que não sabia o que todo mundo sabe que o dirigente sabia. Ainda que se dê o benefício da dúvida e se admita que por vezes governantes não saibam o que se passa embaixo de seus narizes, é impossível admitir o não saber como padrão. Continue lendo “A república do “eu não sabia””
A educação que se dane
Aloizio Mercadante. Esse é o nome que a presidente Dilma Rousseff sacou para auxiliar na articulação política do governo, que degringola dia após dia, ainda mais depois que o ex-presidente Lula inventou de antecipar o calendário eleitoral de 2014. Continue lendo “A educação que se dane”
Dilma navega trôpega
A CPI da Petrobrás, requerida com assinaturas de 120 deputados da base aliada, 52 do PMDB, partido que ocupa a vice-presidência da República, não deve prosperar. Será barrada pelo presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), assim como o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) impediu que a MP dos Portos caducasse. Continue lendo “Dilma navega trôpega”
O dr. Ruy chegava anônimo
Ruy Mesquita morreu. Ao ler a notícia, travei. E achei estranho isso. Nunca tive qualquer relação com o dr. Ruy Mesquita, seja no jornal O Estado de S. Paulo, em que trabalhei por alguns anos, na sucursal de Brasília e em São Paulo ou fora dele. Mas claro, não era o Ruy Mesquita, mas Mario Covas, a quem assessorei por quase 10 anos, fora e dentro do Governo do Estado, que me causou a emoção que senti. Continue lendo “O dr. Ruy chegava anônimo”
Dilma, a neoliberal
Há tempos Dilma Rousseff não tinha uma semana de tantas boas novas. Colheu o sucesso da 11ª rodada de licitação de petróleo e gás, a primeira realizada em cinco anos, e aprovou a MP dos portos, ainda que a penas duríssimas, impondo ao Congresso humilhação e vexame. Continue lendo “Dilma, a neoliberal”
Porto inseguro
Dilma Rousseff, Lula e o PT só pensam naquilo: reeleição, eleição, reeleição. Não necessariamente nessa ordem, já que depende da maré – leia-se, da economia – quem será o protagonista em 2014. Continue lendo “Porto inseguro”
Dirceu, fiscal de Sarney
José Dirceu é mesmo o máximo. Ministro-chefe da Casa Civil e homem de confiança do presidente Lula, foi desapeado do Planalto em junho de 2005 quando as denúncias do mensalão começaram a esbarrar no chefe-maior, que o tinha como capitão do time. No fim do mesmo ano teve seu mandato de deputado federal cassado. Continue lendo “Dirceu, fiscal de Sarney”
