Uau!

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Cometi um grave erro na última cró­nica. Ata­quei a repu­ta­ção de uma gera­ção. O pri­meiro “uau!”, esse esplên­dido juízo de valor dos ado­les­cen­tes de hoje, é muito mais antigo do que pen­sava. Continue lendo “Uau!”

Andas a dormir com a minha filha?

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O pre­da­dor que há, ou havia, em Jack Nichol­son tem des­culpa, esti­mada lei­tora. Já viu, se um dia des­co­brisse, como ele, que a tinham enga­nado sobre o seu nas­ci­mento? A sua mãe era, afi­nal, a que pen­sava ser sua irmã e a que­rida mãe muito amada era, na ver­dade, sua avó. Continue lendo “Andas a dormir com a minha filha?”

O avião de Meg Ryan

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O medo de voar fica bem a Meg Ryan. Sem o medo de voar, Meg nunca teria per­dido o pri­meiro namo­rado, em French Kiss. E, se não tivesse feito das tri­pas cora­ção para supe­rar o medo de voar, Meg Ryan nunca teria encon­trado o Kevin Kline expert em vinhos e quei­jos, aven­tu­reiro que dá à sua tez loira um pouco da morena ani­ma­li­dade que bem falta lhe faz. Continue lendo “O avião de Meg Ryan”

Herberto e Manoel

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Deu-me para isto, mas não é todos os dias que nos mor­rem Her­ber­tos e Manoéis. Eram tão dife­ren­tes que me ape­te­ceu juntá-los. 

Haverá um arbusto de san­gue nas jovens mulhe­res dos fil­mes de Manoel de Oli­veira? O arbusto fui buscá-lo a um verso de Her­berto que o meu pelo­tão da Escola de Apli­ca­ção Mili­tar de Angola ia mur­mu­rando nos 30 qui­ló­me­tros de mato das mar­chas finais: “Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de som­bra e seu arbusto de san­gue. Com ela encan­ta­rei a noite.” Continue lendo “Herberto e Manoel”

A freira de Marlon Brando

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Mar­lon Brando amou sem­pre mais do que uma mulher ao mesmo tempo. E res­so­nava. Não sei se a irmã Raphael, linda frei­ri­nha cató­lica de um hos­pi­tal de Los Ange­les, algum dia ouviu Mar­lon Brando res­so­nar. E já estou a adiantar-me, quase a estra­gar a sur­presa aos meus paci­en­tes leitores. Continue lendo “A freira de Marlon Brando”

Morreu Lenine

zzzzmanuel1Os mor­tos estão a ver tudo. Essa ciên­cia dos mor­tos, do que eles obser­vam e gos­tam, aprende-se no cinema. Os mais cép­ti­cos deixam-se levar pelas pro­sai­cas lições da vida e não acre­di­tam em nada. Enganam-se. O morto que me con­ven­ceu foi Wil­liam Hol­den. Está morto e flu­tua na pis­cina de Sun­set Bou­le­vard. Continue lendo “Morreu Lenine”

O sono de Manoel

Esta cró­nica, que o Expresso publi­cou no dia seguinte à morte de Manoel de Oli­veira, foi escrita duas sema­nas antes, jul­gando eu que o Manoel a ia tal­vez ler. Foi uma cró­nica escrita para come­mo­rar a ale­gria de vida do mais velho cine­asta do mundo, uma cró­nica con­ven­cida e ren­dida à imor­ta­li­dade física de Oli­veira.
Estra­nha iro­nia, que o que se que­ria reen­con­tro possa ser lido como despedida.
Continue lendo “O sono de Manoel”

Playboy

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O mau fei­tio nas­ceu com ele, mas Fran­cis Cop­pola emprestou-lhe as cores da lenda. Falo de James Caan, que foi, no The God­father, o filho pri­mo­gé­nito de Don Cor­le­one, her­deiro de um impé­rio em que o crime e o amor à famí­lia se bei­jam na boca. Continue lendo “Playboy”