Era uma gatinha, e a Cau era a dona do petshop em que ela estava, e Mary e eu íamos lá para comprá-la.
O petshop era no quarto dela. Correu para lá puxando a Cau para ir junto.
Aí então chegamos, tocamos a campainha, entramos. A dona do petshop nos recebeu muito bem, mostrou a grande quantidade de animais que havia lá. Dissemos que havia ali muitos bichinhos bonitos, mas que aquela gatinha ali na cama era a mais linda de todos.
A gatinha tinha acabado de tomar longo banho (tínhamos assistido, claro), estava com delicioso pijaminha de joaninha e seguramente cheirosíssima, e então eu disse que gostaria de cheirá-la.
Interrompeu a representação-fabulação que tinha inventado: – “Vovô, eu estou na vitrine, você não pode me cheirar.”
Pedi à dona do petshop para abrir o vidro da vitrine, porque eu gostaria de cheirar a gatinha. Cau abriu o vidro, e aí pude dar uma cheiradinha – delícia!
Mary chegou perto dela – e a gatinha se enrolou toda na cliente.
Compramos a gatinha – mas prometemos que de vez em quando a levaríamos para passear no petshop, para rever a dona, já que as duas se davam muitíssimo bem, e também para rever os amiguinhos.
E então a levamos para a nossa casa – a sala.
Depois de um bom tempo brincando lá, ela gatinha, nós os donos do bichinho, propusemos fazer uma visita à loja, conforme prometido.
A gatinha fez muito carinho na dona do petshop (que naquele momento arrumava roupas da pequena no armário), e depois aboletou-se na cama entre os amiguinhos, o grande urso Jimi e a Hipa e a Hipinha, confraternizando com eles.
Aí não deu para segurar: – “Gatinha, fique aí um pouquinho que eu vou pegar a máquina para fotografar você com seus amiguinhos.”
Ficou lá, numa boa, a criatura, enquanto eu corria até a sala e voltava com o iPhone para fazer as fotos.
***
Já faz muito, muito tempo que é assim. A brincadeira predileta de Marina é criar um faz-de-conta, uma historinha, um teatrinho. Ela bola a trama, distribui os papéis, dirige, encena.
E encanta a platéia. Meu Deus, como encanta.
13/12/2017
Um comentário para “Marina gatinha”