Nunca houve governo tão pernicioso

Um dos maiores crimes cometidos pelos governos lulo-petistas nestes últimos 15 anos é, sem dúvida alguma, o trabalho incessante, vigoroso, persistente de ideologizar absolutamente tudo na educação.

O lulo-petismo contaminou as instituições do Estado, os livros didáticos, uma geração inteira de professores com o esquerdismo ginasiano de que é o perfeito representante.

Em vez de aprender, por exemplo, que durante o século XX houve dois tipos de sistemas econômicos antagônicos, os jovens brasileiros passaram a aprender que há uma forma correta de se estruturar a economia – a socialista – e uma forma errada, cruel – a capitalista.

A pior coisa que pode haver em termos de educação é a ideologização. É o Estado e seus seguidores assumirem uma ideologia – e desqualificarem as demais.

É um dos piores crimes dos regimes totalitários, qualquer um deles.

Ensinar para as novas gerações que existe uma verdade – a oficial, a do Partido –, e que fora dela é o negror, o horror, o pavor, é crime tão grave, tão sério, quanto um genocídio.

Hitler e Stálin adorariam ter conseguido obter os resultados que o lulo-petismo conseguiu em seus primeiros 15 anos de poder.

Nem mesmo a ditadura militar logrou produzir uma educação ideologizada como o lulo-petismo conseguiu.

***

Os marqueteiros do lulo-petismo inventaram o mote “Pátria Educadora”, assim como os marqueteiros do malufismo haviam inventado o fura-filas. Peças de ficção ganham eleições – especialmente em países de maioria miserável, em termos materiais e de formação educacional, e em que ainda por cima votar é obrigatório.

Bela reportagem de Paulo Saldanha no Estadão de 2 de janeiro mostrou, exaustivamente, que, em 2015, o ano do lema “Pátria Educadora”, a educação perdeu R$ 10,5 bilhões, ou 10% de seu quinhão no orçamento do governo federal.

Isso é um horror.

É também um horror não haver qualquer tipo de protesto contra esse corte das entidades teoricamente representativas dos estudantes e dos professores – UNE, Ubes, Umes, Apeosp, nenhuma delas falou um a sobre o corte.

Mas não é o pior.

Para mim, pior ainda do que o governo que mentirosamente diz dar atenção à educação cortar verbas para o setor, muito pior, muitíssimo pior, é o governo e seus agentes ideologizarem o que se ensina nas escolas, nos livros didáticos.

O horror da ideologização foi abordado no mesmo dia 2 de janeiro em um editorial do Estadão. É um texto que todos os brasileiros deveriam ler com o maior cuidado.

Abaixo vão as íntegras do editorial e da reportagem.

Eu só gostaria de registrar que, na verdade, a tragédia que representa para a educação brasileira este período lulo-petista é muito, mas muito, muito pior que a tragédia que se abateu sobre o Rio Doce em novembro de 2015.

Para se recuperar do monte de lama que o lulo-petismo derramou sobre a educação, o Brasil vai precisar de várias, muitas décadas. O Rio Doce já será de novo doce e piscoso quando os efeitos deletérios da ideologização da educação ainda estiverem matando a possibilidade de os jovens obterem informações corretas nas salas de aula, nos livros didáticos, na internet.

Epitáfio da Pátria Educadora

Editorial do Estadão em 2/1/2015

Não fossem suas consequências trágicas, negando às novas gerações a formação de que necessitam para emancipar-se intelectual e profissionalmente, a Base Nacional Comum Curricular (BNC) seria mais uma contribuição do governo Dilma Rousseff e do lulo-petismo para o anedotário nacional.

Os problemas começaram na escolha das 116 pessoas que redigiram o documento – classificadas como especialistas pelo Ministério da Educação (MEC). O órgão deve ter lá suas razões para não revelar seus nomes. Também não informou os critérios usados na escolha desses pedagogos anônimos nem as instruções que lhes foram transmitidas. Só agora, após a divulgação da BNC, é que alguns nomes estão vindo a público.

Os autores da BNC primaram por apresentar sugestões acacianas, exibidas na novilíngua do lulo-petismo. Para o ensino fundamental, enfatizaram o “desenvolvimento de ideias sobre a constituição da terra”, a “problematização do sentido da vida humana”, o prazer inerente a entretenimentos sociais e o prazer de “saborear refeições conjuntamente”. Para o ensino médio, destacaram a análise de processos “que envolvam a dimensão imagética do texto literário”, a “apropriação de recursos linguístico-discursivos para compreender textos orais” e a exploração da “teatralidade e performatividade dos gestos comportamentais no cotidiano”.

Esse aranzel de propostas é o menor dos desacertos da BNC. Cedendo às pressões de movimentos sociais e ONGs, os especialistas anônimos fizeram um rosário de concessões ideológicas, opondo valores coletivistas e anticapitalistas a valores individualistas e liberais, enfatizando a importância de “políticas-cidadãs” e privilegiando os chamados “usos sociais da língua”. “Há forte amarração ideológica, o que tornará os livros didáticos politicamente corretos, mas com pouca orientação sobre o que deve ser ensinado e aprendido”, diz João Batista de Araújo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto.

O enviesamento ideológico é explícito na disciplina de História, que chegou ao disparate de ignorar o que não fosse Brasil e África na versão do texto que circulou internamente no MEC. A proposta não incluía nem sequer uma cronologia dos acontecimentos históricos que forjaram as sociedades. No caso do Brasil, ela valorizava fenômenos contemporâneos, como discriminação racial, para discutir a questão da escravidão e dos indígenas. O documento era tão disparatado que o MEC pediu aos seus autores que refizessem a parte relativa à disciplina de História. “Eles queriam partir do presente para ver o passado. Propunham estudar revoluções com participação de escravos ou índios, deixando de lado a Inconfidência Mineira”, conta o ex-ministro Renato Janine Ribeiro.

Apesar da nova redação, feita a contragosto pelos especialistas anônimos, o enviesamento ideológico não foi abrandado no texto divulgado pelo MEC. Ao mesmo tempo que a ágora grega, a Idade Média, o Renascimento e o Iluminismo foram relegados para segundo plano, são destacadas revoltas populares pouco conhecidas. Também são enfatizados períodos de luta contra a opressão e desprezados processos históricos que levaram à formação das modernas sociedades ocidentais, com base no princípio da igualdade dos indivíduos perante a lei. Em nome da valorização de “sujeitos, grupos sociais, comunidades e lugares de vivências”, a BNC propõe dois anos de ensino sobre os “mundos ameríndios, africanos e afro-brasileiros” e só um ano sobre os “mundos europeus e asiáticos”, tornando a história ocidental periférica.

“A proposta mutila processos globais. Aposta na sincronia contra a diacronia. É fanática pelo presentismo. Incentiva ódios raciais e valores terceiro-mundistas superados. Combate o eurocentrismo com um brasilcentrismo inconsistente. É uma aposta no obscurantismo”, adverte Ronaldo Vainfas, professor de História Moderna da Universidade Federal Fluminense. Destinada ao lixo da história, a BNC é o epitáfio de um governo que prometeu fazer do Brasil uma pátria educadora e a converteu em laboratório de pedagogia populista e doutrinação ideológica.

No ano do lema ‘Pátria Educadora’, MEC perde R$ 10,5 bi, ou 10% do orçamento

Reportagem de Paulo Saldanha no Estadão de 2/1/2016

O Ministério da Educação (MEC) perdeu R$ 10,5 bilhões, ou 10% do orçamento, em 2015, ano em que a presidente Dilma Rousseff escolheu o slogan “Pátria Educadora” como lema de seu segundo mandato. Cortes em programas, pagamentos atrasados e trocas de ministros marcaram o ano da pasta.

A presidente anunciou o lema já no primeiro dia de 2015, mas os problemas na área também apareceram depressa. Antes mesmo de oficializar o represamento de orçamento no âmbito do ajuste fiscal, a tesoura atingiu programas como o Financiamento Estudantil (Fies) e o Pronatec, as duas principais bandeiras de Dilma na área da educação durante as eleições de 2014.

Depois de uma expansão de financiamentos entre 2010 e 2014, o governo alterou as regras do Fies ainda nos últimos dias de 2014. Restringiu o acesso ao programa e chegou a adiar pagamentos a empresas educacionais. O ano fechou com 313 mil contratos, 57% menos do que o registrado em 2014.

Dados atualizados até ontem mostram que a União gastou R$ 12 bilhões com o Fies em 2015, 16% menos do que os R$ 13,7 bilhões de 2014 – apesar de já haver mais contratos acumulados. No Pronatec, o início de novas turmas foi adiado no primeiro semestre e também houve atraso de pagamentos às escolas. O MEC defende que foi registrado 1,1 milhão de novas matrículas em 2015.

No decorrer do ano, outras iniciativas sofreram com a escassez de recursos, como o Mais Educação, voltado a escolas de tempo integral, e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que transfere verbas diretamente para as unidades.

Bolsas de programas de iniciação à docência e de alfabetização também atrasaram. O corte na verba de custeio provocou reflexos nas universidades federais, que agonizaram com problemas de caixa. O MEC ainda teve de lidar com uma greve de cinco meses de duração dos professores universitários federais.

Com dificuldade de arcar com os compromissos já existentes, a pasta viu a expansão de gastos com a educação, prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), ser ameaçada. Aprovado em 2014, o PNE estipula 20 metas para a educação em 10 anos e traz a previsão de ampliação dos recursos da área para o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Atualmente, esse porcentual fica em torno de 6%.

Para o coordenador-geral da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, Daniel Cara, o ano não foi bom para o setor. “Pensamos no início que a Pátria Educadora significaria o cumprimento do PNE dentro do primeiro mandato, mas o cumprimento neste ano foi ruim”, diz. “O motivo foi o ajuste fiscal excessivo. O próprio governo impediu a realização de seu lema”, completa.

O diretor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luiz Carlos de Freitas, analisa que, embora tenha seu peso, a questão orçamentária não é o único problema enfrentado na área. “Em um ano de mandato estamos no terceiro ministro. A educação é uma área com um imenso passivo motivado pelo acúmulo histórico de falta de prioridade e investimento e há uma pressão muito grande para que os resultados apareçam logo. No entanto, não há atalhos para a boa educação”, diz.

A primeira opção para o MEC no segundo mandato da presidente Dilma era o ex-governador do Ceará Cid Gomes. Ficou 76 dias no cargo e saiu após chamar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de achacador. Em seguida, assume o professor da USP Renato Janine Ribeiro, que fica cinco meses no MEC. Em outubro, é substituído por Aloizio Mercadante, que volta ao cargo que já havia ocupado entre 2011 e 2014.

De acordo com Janine Ribeiro, não foi possível prever que o golpe financeiro no MEC seria tão grande. “Em um ano sem dinheiro, fica um problema muito grande”, diz ele, que defende a melhora nos gastos e critica o PNE. “O PNE é um plano de gastos, não é de melhora nos gastos. Passa a ter a crise e não se sustenta a expansão prevista.”

Em nota, o MEC defendeu que, mesmo com as restrições orçamentárias impostas pela necessidade do ajuste fiscal, foram preservados os “programas e as ações estruturantes do MEC”. “Em 2015, foi dado mais um passo importante nesses 13 anos de governos que mantiveram o projeto educacional de compromisso com a ampliação do acesso e da permanência nos diferentes níveis de ensino e com a qualidade da educação”, completa a nota.

4/1/2016

Outros posts recentes sobre o desgoverno Dilma Rousseff:

MP escancara o caráter corrupto do governo Dilma. 

Em comovente esforço, Nelson Barbosa dá uma de Groucho Marx. 

8 Comentários para “Nunca houve governo tão pernicioso”

  1. Na verdade, da luta de classes no século passado houve a ascensão de duas ideologias totalitárias tão marcantes do século XX; o fascismo e o comunismo.
    Qual o mais pernicioso?

  2. A falta que a política faz.
    Leva a um insensato maniqueísmo partidário a transformar tragédias em asneiras ditas por governo e oposição em oportunismo demagógico de ocasião.
    Alguns jovens politicamente coerentes protestam pacificamente ocupando as escolas contra uma política de retrocesso na educação. Sem cores partidárias protestam contra fechamento de escolas.
    Será que em tudo há vermelho?

  3. Base Nacional Comum Curricular (BNC).

    O que o ESTADÃO e 50anosdetextos deixaram de informar por falta de interesse é que instituições como Fundação Roberto Marinho e a pessoa Vera Cabral Consultora do Instituto Fernando Henrique Cardoso fizeram parte dos 116 nomes relegados ao anonimato.

    “É um texto que todos os brasileiros deveriam ler com o maior cuidado”, nas palavras inteligentes e patrióticas do abnegado e indignado EDITOR deste site.

    No BNC são destacadas revoltas populares pouco conhecidas. Canudos, Zumbi dos Palmares, Inconfidência Mineira, os Anos de Chumbo, Luta por Eleições Diretas são alguns dos temas em destaque e que incentiva ódios raciais e valores terceiro-mundistas superados.

    O Movimento pela Base Nacional Comum é um grupo não governamental de profissionais e pesquisadores da educação que atua, desde 2013, para facilitar a construção de uma Base de qualidade. O Movimento promove debates, produz estudos e pesquisas, investiga casos de sucesso em vários países e entrevista inúmeros alunos e professores.

    Em abril de 2013, um grupo de especialistas em Educação se reuniu para discutir a adoção de uma Base Nacional Comum no Brasil. Para eles, este era um passo crucial para promover a equidade educacional e o alinhamento de elementos do sistema brasileiro. A criação de uma base serviria como “espinha dorsal” para os direitos de aprendizagem de cada aluno, a formação dos professores, os recursos didáticos e as avaliações externas.

    Desde então, esse grupo, que hoje conta com cerca de 60 integrantes, busca facilitar e acelerar o processo de construção da Base, apoiando e disseminando pesquisas e insumos técnicos que alimentem o debate e mobilizando atores chave – gestores, acadêmicos, pesquisadores, professores, líderes da sociedade civil organizada – em torno da causa.

    Participantes do Movimento.

    O grupo que compõe o Movimento é formado por pessoas e instituições que atuam na área de educação. São organizações da sociedade civil, acadêmicos, pesquisadores, professores de sala de aula, gestores municipais e estaduais, especialistas em currículos, avaliações e políticas públicas.

    Pessoas
    Alejandra Velasco

    Coordenadora geral do Movimento Todos Pela Educação

    Alex Canziani

    Deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Educação.

    Ana Inoue

    Itaú BBA

    André Duarte Stábile

    Ex-secretário municipal de Educação de São Caetano do Sul (SP).

    Andrea Guida

    Coordenadora executiva do Laboratório de Educação

    Angela Dannemann

    Superintendente Adjunta da Fundação Itaú Social

    Anna Helena Altenfelder

    Superintendente do CENPEC.

    Anna Penido

    Diretora executiva do Instituto Inspirare.

    Antonio Augusto Batista

    Coordenador de Desenvolvimento de Pesquisas do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).

    Antônio Ibañez Ruiz

    Membro do Conselho Nacional de Educação

    Artur Bruno

    Professor de História e Geografia há 37 anos, parlamentar com militância na área de Educação e escritor. Atualmente exerce a função de secretário do Meio Ambiente do Ceará.

    Beatriz Cardoso

    Diretora executiva do Laboratório de Educação.
    Beatriz Ferraz

    Gerente de Projetos Educacionais da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal

    Carmen Neves

    Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental.

    César Callegari

    Membro do Conselho Nacional de Educação

    Cleuza Repulho

    Ex-presidente da Undime.

    David Saad

    Diretor do Instituto Natura

    Denis Mizne

    Diretor da Fundação Lemann

    Dianne Melo

    Coordenadora de programas sociais da Fundação Itaú Social

    Dorinha Seabra Rezende

    Deputada federal da Comissão de Educação da Câmara.

    Eduardo Deschamps

    Secretário de Estado da Educação de Santa Catarina e presidente do Consed.

    Egon Rangel

    Professor do departamento de linguística da PUC-SP e consultor do MEC.

    Fabio Meirelles

    Instituto Inspirare

    Francisco Aparecido Cordão

    Educador, especialista em Educação Profissional e Sociologia da Educação; conselheiro da Câmara de Educação Básica do CNE; consultor da Peabiru Educacional e titular da Academia Paulista de Educação.

    Frederico Amâncio

    Secretário estadual de Educação de Pernambuco.

    Guiomar Namo de Mello

    Consultora de projetos educacionais e de formação de professores na SEE- SP e no MEC e membro do Conselho Estadual de Educação de SP. Foi relatora das DCNs do Ensino Médio de 1997.
    Isabel Cristina Santana

    Superintendente da Fundação Itaú Social

    Joane Vilela

    Diretora de Orientação Técnica da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

    João Roberto da Costa de Souza

    Secretário de Educação do Município de Jacareí (SP).

    José Fernandes de Lima

    Membro do Conselho Nacional de Educação

    Kátia Stocco Smole

    Diretora do Mathema.

    Lúcia Couto

    Gerente de Desenvolvimento e Conteúdos do Instituto Unibanco

    Lucila Ricci

    Gestora de projetos do Instituto Natura

    Luís Carlos de Menezes

    Professor Sênior do Instituto de Física da USP. membro do CEE de São Paulo, do Conselho Técnico Científico da Capes/MEC para Educação Básica e consultor da Unesco. Assessor e integrante do corpo de especialistas do MEC para a elaboração da Base.

    Magda Soares

    Professora Titular Emérita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.

    Maria do Pilar Lacerda

    Diretora da Fundação SM. Secretária de Educação Básica do MEC (2007 a 2012).

    Maria Helena Guimarães de Castro

    Membro do Conselho Estadual de Educação de São Paulo e diretora executiva da Fundação Seade.

    Maria Inês Fini

    Professora aposentada da Unicamp, consultora em educação, especialista em currículo e avaliação. Autora do projeto do ENEM original, do ENCCEJA, das referências do SAEB, do SARESP e do currículo de São Paulo.

    Mário Jorge Carneiro

    Chefe do Departamento de Matemática da UFMG

    Mariza Abreu

    Consultora em educação da CNM.
    Miguel Thompson

    Presidente do Instituto Singularidades

    Mirela Carvalho

    Gerente de Gestão do Conhecimento do Instituto Unibanco.

    Mônica Pinto

    Fundação Roberto Marinho

    Mozart Neves Ramos

    Diretor de articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna.
    Naércio Aquino Menezes Filho

    Coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper.

    Nilma Fontanive

    Coordenadora do Centro de Avaliação da Fundação Cesgranrio e membro da diretoria da ABAVE.
    Osvaldo Tietê da Silva

    Presidente da Rede Integrada de Escolas Públicas do Rio Grande do Sul, associação de diretores de escolas públicas que busca uma educação pública de qualidade.

    Patrícia Diaz

    Diretora de Desenvolvimento Educacional da Comunidade Educativa Cedac

    Patrícia Mota Guedes

    Gerente de Educação da Fundação Itaú Social

    Paula Louzano

    Pesquisadora da Faculdade de Educação da USP

    Paulo Schmidt

    Membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná.

    Pedro Villares

    Presidente do Conselho do Instituto Natura.

    Priscila Cruz

    Diretora do Movimento Todos Pela Educação

    Raimundo Feitosa

    Membro do Conselho Nacional de Educação.

    Raph Gomes

    Professor de química da rede estadual de educação de Goiás, Membro do Conselho Estadual de Educação de Goiás e consultor independente.

    Raul Henry

    Vice governador de Pernambuco.

    Ricardo Chaves de Rezende Martins

    Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados na área de Educação.

    Ricardo Henriques

    Superintendente do Instituto Unibanco

    Ricardo Paes de Barros

    Economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor da Cátedra Instituto Ayrton Senna do Insper.

    Rodrigo Hübner Mendes

    Superintendente do Instituto Rodrigo Mendes.
    Ruben Klein

    Consultor da Fundação Cesgranrio e presidente da ABAVE.
    Simone André

    Gerente executiva da área de Educação do Instituto Ayrton Senna.

    Suely Menezes

    Presidente do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação.

    Teresa Pontual

    Subsecretária de Educação do Município de Salvador (BA).

    Tereza Perez

    Coordenadora da Comunidade Educativa Cedac

    Thiago Peixoto

    Secretário de Gestão e Planejamento e ex-secretário de Educação de Goiás.

    Vera Cabral

    Consultora do Instituto Fernando Henrique Cardoso.

    Apoio institucional
    Abave

    Espaço plural e democrático para o intercâmbio de experiências entre os acadêmicos e os implementadores da avaliação educacional.

    Cenpec

    Organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem como objetivo o desenvolvimento de ações voltadas à melhoria da qualidade da educação pública e à participação no aprimoramento da política social.

    Comunidade Educativa Cedac

    Apoia profissionais da educação no desenvolvimento de conhecimentos e práticas que resultem na oferta de uma educação pública de qualidade.

    Fundação Lemann

    Organização familiar sem fins lucrativos que desenvolve e apoia projetos inovadores em educação; realiza pesquisas para embasar políticas públicas no setor e oferece formação para profissionais da educação e para o aprimoramento de lideranças em diversas áreas.

    Fundação Roberto Marinho

    Entidade sem fins lucrativos voltada para a educação e o conhecimento que contribui com o desenvolvimento da cidadania.

    Instituto Ayrton Senna

    Organização sem fins lucrativos que trabalha para ampliar as oportunidades de crianças e jovens por meio da educação.

    Instituto Inspirare

    Instituto familiar que tem como missão inspirar inovações em iniciativas empreendedoras, políticas públicas, programas e investimentos que melhorem a qualidade da educação no Brasil.

    Instituto Natura

    Executa e apoia projetos voltados à melhoria da Educação Básica da rede pública, no Brasil e na América Latina, que sejam pautados na eficácia da aprendizagem, na equidade de resultados e na coesão social.

    Instituto Unibanco

    Visa ampliar as oportunidades educacionais dos jovens em busca de uma sociedade mais justa e transformadora, focando sua atuação na melhoria do Ensino Médio.

    Todos Pela Educação

    Movimento da sociedade brasileira que tem como missão contribuir para que até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, o País assegure a todas as crianças e jovens o direito a Educação Básica de qualidade.

  4. ISTO SIM É PERNICIOSO!

    Blindagem deslavada do PIG

    Em junho de 2015, quando o presidente do Instituto Lula (IL), Paulo Okamotto, foi convocado a depor na CPI da Petrobras por conta da doação da Camargo Corrêa, investigada pela Lava Jato, vários blogs apontaram que a empreeiteira também havia doado dinheiro ao iFHC, sem que Sérgio Fausto, superintendente executivo do Instituto, tivesse sido convocado a depor na CPI.

    A Rede Brasil Atual, inclusive, trouxe em 12 de junho, uma reportagem de Helena Sthephanowitz relatando a doação de R$ 1,7 milhão da empreiteira para o iFHC em 2011, em nome da VBC Energia S.A – pertencente à Camargo Corrêa desde 2009.

    Em novembro, quando veio à tona a doação de quase R$ 1 milhão ao iFHC pela Odebrecht, FHC contou com bom espaço para comentar o caso; com direito, inclusive, à divulgação da nota do iFHC em vários meios de comunicação. Um tratamento muito distinto à crimanização destilada contra o Instituto Lula e o ex-presidente petista.

    Na manhã de 7 de novembro, um meme criado pelo jornalista Chico Bicudo viralizou nas redes sociais. Bicudo levantava a diferença de tratamento entre duas chamadas, publicadas na mesma página de Política do Estadão, sobre as doações da Odebrechet: uma para o Instituto Lula e a outra para o iFHC.

    Na manchete destinada a Lula, sob o título “Lula recebeu quase R$ 4 milhões da Odebrecht, diz PF”, Bicudo apontava a imagem de um Lula agressivo na foto escolhida, citado no título como pessoa física e agente da ação (Lula recebe doação). Além da identificação do nome da empreiteira e a fonte creditada, a Polícia Federal.

    Na manchete destinada a FHC: “Empreiteira doou R$ 975 mil a Instituto FHC, aponta laudo”, o jornalista destacava a escolha da imagem de um FHC inofensivo, da empresa doadora sem nome definido no título e como agente da ação (empresa doou), além de FHC surgir como pessoa jurídica (Instituto FHC) e a utilização “aponta laudo”, sem o crédito da fonte.

    Blindagem maior, impossível.

  5. 6 de jan de 2016

    O ESTADO DE DIREITO E O ESTADO DE DIREITA

    por Mauro Santayana, em seu blog

    É curiosa a situação que vive hoje o Brasil.

    Estamos em plena vigência de um Estado de Direito?

    Ou de um “estado” de direita, que está nos levando, na prática, a um estado de exceção?

    Afinal, no Estado de Direito, você tem o direito de ir e vir, de freqüentar um bar ou um restaurante, ou desembarcar sem ser incomodado em um aeroporto, independente de sua opinião.

    No estado de direita, você pode ser reconhecido, insultado e eventualmente agredido, por um bando de imbecis, na saída do estabelecimento ou do avião.

    No Estado de Direito, você pode cumprimentar com educação o seu vizinho no elevador, desejando-lhe um Feliz Ano Novo.

    No estado de direita, você tem grande chance de ouvir como resposta: “tomara que em 2016 essa vaca saia da Presidência da República, ou alguma coisa aconteça com essa cadela, em nome do Senhor.”

    No Estado de Direito, você pode mandar “limpar” o seu computador com antivírus quando quiser.

    No estado de direita, você pode ficar preso indefinidamente por isso, até que eventualmente confesse ou invente alguma coisa que atraía o interesse do inquisidor.

    No Estado de Direito, você tem direito a ampla defesa, e o trabalho dos advogados não é cerceado.

    No estado de direita, quebra-se o sigilo de advogados na relação com seus clientes.

    No Estado de Direito, a Lei é feita e alterada por quem foi votado para fazer isto pela população.

    No “estado” de direita, instituições do setor público se lançam a promover uma campanha claramente política – já imaginaram a Presidência da República colhendo assinaturas na rua para aumentar os seus próprios poderes? – voltada para a aprovação de um conjunto de leis que diminui – em um país em que 40% dos presos está encarcerado sem julgamento – ainda mais as prerrogativas de defesa dos cidadãos.

    No Estado de Direito, você é protegido da prisão pela presunção de inocência.

    No estado de direita, inexistem, na prática, os pressupostos da prisão legal e você pode ser detido com base no “disse me disse” de terceiros; em frágeis ilações; do que “poderá” ou “poderia”, teoricamente, fazer, caso continuasse em liberdade; ou subjetivas interpretações de qualquer coisa que diga ao telefone ou escreva em um pedaço de papel – tendo tudo isso amplamente vazado, sem restrição para a “imprensa”, como forma de manipulação da opinião pública e de chantagem e de pressão.

    No Estado de Direito, você pode expressar, em público, sua opinião.

    No estado de direita, você tem que se preocupar se alguém está ouvindo, para não ter que matar um energúmeno em legítima defesa, ou “sair na mão”.

    No Estado de Direito, os advogados se organizam, e são a vanguarda da defesa da Lei e da Constituição.

    No estado de direita, eles deixam agir livremente — sem sequer interpelar judicialmente — aqueles que ameaçam a Liberdade, a República e os cidadãos.

    No Estado de Direito, membros do Ministério Público e da Magistratura investigam e julgam com recato, equilíbrio, isenção e discrição.

    No estado de direita, eles buscam a luz dos holofotes, aceitam prêmios e homenagens de países estrangeiros ou de empresas particulares, e recebem salários que extrapolam o limite legal permitido, percebendo quase cem vezes o que ganha um cidadão comum.

    No Estado de Direito, punem-se os corruptos, não empresas que geram riquezas, tecnologia, conhecimento e postos de trabalho para a Nação.

    No estado de direita, “matam-se” as empresas, paralisam-se suas obras e projetos, estrangula-se indiretamente seu crédito, se corrói até o limite o seu valor, e milhares de trabalhadores vão para o olho da rua, porque a intenção não parece ser punir o crime, mas sabotar o governo e destruir a Nação.

    No Estado de Direito, é possível fazer acordos de leniência, para que companhias possam continuar trabalhando, enquanto se encontram sob investigação.
    No estado de direita, isso é considerado “imoral”.

    Não se pode ser leniente com empresas que pagam bilhões em impostos e empregam milhares de pessoas, mas, sim, ser mais do que leniente com bandidos contumazes e notórios, com os quais se fecha “acordos” de “delação premiada”, mesmo que eles já tenham descumprido descaradamente compromissos semelhantes feitos no passado com os mesmos personagens que conduzem a atual investigação.

    No Estado de Direito, existe liberdade e diversidade de opinião e de informação.

    No estado de direita, as manchetes e as capas de revista são sempre as mesmas, os temas são sempre os mesmos, a abordagem é quase sempre a mesma, o lado é sempre o mesmo, os donos são sempre os mesmos, as informações e o discurso são sempre os mesmos, assim como é sempre a mesma a parcialidade e a manipulação.

    No Estado de Direito você pode ensinar história na escola do jeito que a história ocorreu.

    No estado de direita, você pode ser acusado de comunista e perder o seu emprego pela terceira ou quarta vez.

    No Estado de Direito você pode comemorar o fato de seu país ter as oitavas maiores reservas internacionais do planeta, e uma dívida pública que é muito menor que a dos países mais desenvolvidos do mundo.

    No estado de direita você tem que dizer que o seu país está quebrado para não ser chamado de bandido ou de ladrão.

    No Estado de Direito, você pode se orgulhar de que empresas nacionais conquistem obras em todos os continentes e em alguns dos maiores países do mundo, graças ao seu know-how e capacidade de realização.

    No estado de direita, você deve acreditar que é preciso quebrar e destruir todas as grandes empresas de engenharia nacionais, porque as empresas estrangeiras – mesmo quando multadas e processadas por tráfico de influência e pagamento de propinas em outros países – “não praticam corrupção.”

    No Estado de Direito você pode defender que os recursos naturais de seu país fiquem em mãos nacionais para financiar e promover o desenvolvimento, a prosperidade e a dignidade da população.

    No estado de direita você tem que dizer que tudo tem que ser privatizado e entregue aos gringos se não quiser arrumar confusão.

    No Estado de Direito, você pode defender abertamente o desenvolvimento de novos armamentos e de tecnologia para a defesa da Nação.

    No estado de direita, você vai ouvir que isso é um desperdício, que o país “não tem inimigos”, que as forças armadas são “bolivarianas”, que o Brasil nunca vai ter condições de enfrentar nenhum país poderoso, que os EUA, se quiserem, invadem e ocupam isso aqui em 5 minutos, que o governo tem que investir é em saúde e educação.

    No Estado de Direito, é crime insultar ou ameaçar, ou acusar, sem provas, autoridades do Estado e o Presidente da República.

    No estado de direita, quem está no poder aceita, mansamente, cotidianamente, os piores insultos, adjetivos, acusações, insinuações e mentiras, esquecendo-se que tem o dever de defender a Democracia, a liturgia do cargo, aqueles que o escolheram, a Nação que representam e teoricamente, comandam, e a Lei e a Constituição.

    No Estado de Direito, você pode interpelar judicialmente quem te ameaça pela internet de morte e de tortura ou faz apologia de massacre e genocídio ou da quebra da ordem institucional e da hierarquia e da desobediência à Constituição.

    No estado de direita, muita gente acha que “não vale a pena ficar debatendo com fascistas” enquanto eles acreditam, fanaticamente, que representam a maioria e continuam, dia a dia, disseminando inverdades e hipocrisia e formando opinião.

    No Estado de Direito você poderia estar lendo este texto como um jogo de palavras ou uma simples digressão.

    No estado de direita, no lugar de estar aqui você deveria estar defendendo o futuro da Liberdade e dos seus filhos, enfrentando, com coragem e informação, pelo menos um canalha por dia no espaço de comentários – onde a Democracia está perdendo a batalha – do IG, do Terra, do MSN, do G1 ou do UOL.

  6. [ler até o final]

    O acirramento de ódios é realizado, principalmente, em povos fascistas (EUA, Brasil, Venezuela, Paraguai etc.); mas o correto é odiar práticas, não pessoas.

    (não disse países, disse POVOS)

    Bem, o pessoal do “50anosdetextos” não parece queixar-se contra a pedagogia do “Pedro-Álvares-1500” ou “Princesa-Isabel-boazinha” ou do irrelevante “dia do Fico”. A queixa, agora, é contra a inclusão da fantástica – e abusada – Revolta dos Malês na Bahia, MUITO MAIS importante do que a Guerra dos Farrapos.

    Um dos piores vícios do ensino é a HT (História Tradicional). Se o PT iniciou uma guerra contra ela, é dever do patriota apoiar tal luta. Ainda que seja da oposição.

    Não se trata de abandonar o Iluminismo, Renascimento ou outros, mas de relatar TODOS os fatos históricos relavantes.

    É preciso conscientizar as crianças acerca dos horrores do individualismo, ou de seu abuso. Ser anticapitalista não é necessário, mas é preciso alertar sobre o capitalismo puro, sem misturas (Haiti, Paraguai, EUA, Angola etc.), o qual é, mesmo, plenamente errado.

    Eu, realmente, não quero saber se o Pedrinho falou “diga ao povo que fico”.

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