Marçal fez escola

Com Pablo Marçal fora da disputa, imaginava-se um segundo turno mais civilizado em São Paulo, com os dois contendores – Ricardo Nunes e Guilherme Boulos –  travando um debate em torno das questões reais de interesse dos paulistanos.  As esperanças se justificavam porque no primeiro turno sobraram cadeiradas, socos e muita baixaria em um jogo de vale-tudo.  Sem Marçal, tudo seria diferente. Continue lendo “Marçal fez escola”

Um bar corta a noite

Cortando a noite fria, a 80 quilômetros por hora, o bar do Santa Cruz é um lugar especialmente aconchegante: balcão alto, mesinhas baixas cercadas por poltronas macias. A cadência da marcha – as rodas batendo-se com os trilhos – embala a freguesia e a conversa. E madrugada a dentro muita coisa pode acontecer a bordo do trem mais famoso do País.

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O golpe em curso

Está tudo traçado e sendo executado para ressuscitar Jair Bolsonaro como candidato à Presidência em 2026. Os resultados do primeiro turno das eleições municipais, que deixaram o PL do ex muito bem na fita, combinados aos movimentos do próprio capitão – “sou candidato” – e de seu filho 01, senador Flávio Bolsonaro, expresso em artigo publicado sexta-feira em O Globo, não deixam dúvida: a ideia é criar ambiente para o golpe, mandando às favas a inelegibilidade determinada pelo TSE. Continue lendo “O golpe em curso”

Demência

O ataque do procurador-geral da Venezuela aos presidentes Lula e Gabriel Boric, do Chile, mostra um traço novo nas ditaduras latino-americanas. O da demência, que se agrava quanto mais tempo se agarram ao poder.  Continue lendo “Demência”

Polarização em baixa

Ainda não é o fim, mas a polarização  entrou em maré vazante nas eleições municipais. Há dois anos, o país saiu da disputa presidencial praticamente dividido ao meio por dois campos ideológicos rígidosSuas lideranças, Lula e Jair Bolsonaro, se empenharam para manter o país tensionado com vistas a um acerto de contas entre a direita e a esquerda na próxima eleição presidencial. Neste quadro, a disputa eleitoral deste ano seria tanto um terceiro turno entre os dois campos, como uma prévia da disputa presidencial de 2026. Continue lendo “Polarização em baixa”

Confortos na selva

Carlinhos era o aluno mais admirado da classe, por sua ousada inventiva. Textos memoráveis, que ora irritavam sua professora (e o diretor da escola), ora os deixavam surpresos e felizes. Só tinha um problema: às vezes escorregava para o absurdo.

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Tudo por dinheiro

Dez anos depois de banir as doações de empresas e de torrar só neste ano quase R$ 5 bilhões do pagador de impostos para financiar campanhas eleitorais, os políticos preparam um mix de custeio público e privado para turbinar as candidaturas – que já valeria para 2026. Como nem de longe partidos políticos pensam em andar com suas próprias pernas, sustentados por seus apoiadores, tramam a combinação diabólica do ruim com o muito pior. Continue lendo “Tudo por dinheiro”

Roupa suja

Eu não gostaria de ser chamado de porcaria pelo Malafaia. Nem por ninguém. Mas tem quem gosta. E o dito-cujo alvo da ofensa ainda diz que só mulher feia não gosta de crítica. Ele se acha linda.
Ah, o amor! 

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Eleições

Com a vitória do Tarcísio, ops, do Nunes e a derrota do Bozo, ops, do Lamaçal, em São Paulo, fica definido um quadro mais que interessante para a eleição presidencial de 2026.  Continue lendo “Eleições”

Ninguém dá bola para vereador

O Brasil chega às eleições municipais deste domingo reincidindo no erro de sempre: ninguém dá bola para vereadores. O eleitor não sabe em quem votar e depois que vota não se lembra em quem votou. O pouco caso com essa primeira etapa, a da vereança, produz parlamentos locais pífios, comprometendo a base da democracia representativa e, consequentemente, todo o sistema político. É como desejar obter PhD sem alfabetização.   Continue lendo “Ninguém dá bola para vereador”

Cuidado: a IA pode errar

Não se deve confiar cegamente nos textos escritos por inteligência artificial. Podem apresentar viés, podem tomar partido em questões polêmicas e fazer afirmações categóricas em temas sobre os quais há dúvidas ou diferentes visões. Podem, pura e simplesmente, errar. Continue lendo “Cuidado: a IA pode errar”

Eu preferiria um segundo turno Boulos x Nunes

Me entristece demais, na verdade me apavora a possibilidade de um segundo turno para a Prefeitura de São Paulo entre Pablo Boçal e Guilherme Boulos – e, diabo, isso agora, neste momento, faltando poucas horas para o início da votação, parece que é algo plausível. Até mesmo provável. Continue lendo “Eu preferiria um segundo turno Boulos x Nunes”

Bets, a nova tragédia nacional

As apostas esportivas online – as chamadas bets – são o novo elefante na sala. Estão aí há seis anos, corroendo, como cupim, o tecido social brasileiro. Geram graves problemas sociais, econômicos, de segurança e de saúde pública, mas sua ação deletéria tem sido solenemente ignorada pelo Congresso Nacional, pelo governo Lula e pela própria sociedade. Ao contrário, a propaganda vende a ilusão de que as apostas online são uma atividade divertida, saudável e que traz riqueza. Continue lendo “Bets, a nova tragédia nacional”

O cordão dos toffolizados cada vez aumenta mais

“Um ano após anular as provas obtidas no acordo de leniência da Odebrecht, Dias Toffoli batiza uma corrida de delatores em busca dos mesmos benefícios processuais dados a Lula da Silva”, disse, em editorial, O Estado de S. Paulo, no dia 14/9. E cravou: “É o ‘Efeito Toffoli’, algo que, sem qualquer prejuízo semântico, também pode ser chamado de festim da impunidade”. Continue lendo “O cordão dos toffolizados cada vez aumenta mais”