O nome do jogo

Com o dono do time na cadeia e sem qualquer notícia boa para incentivar a torcida, o PT comemorou como gol de placa a absolvição da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e de seu marido, Paulo Bernardo, ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff, das acusações de corrupção.

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Biruta de vento

Candidato à Presidência da República pela terceira vez, Ciro Gomes está convencido de que pode adular o capital, avançar no Sudeste e ser ungido pelos sem-Lula. Quer marchar ao lado do PSB e do DEM, do PT e do MDB. Tem insistido ainda que o segundo turno será disputado entre ele e o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, ambos suando muito para tentar chegar aos dois dígitos nas pesquisas. Continue lendo “Biruta de vento”

É tudo fake

Mentir em campanhas – e fora delas – é algo habitual no mundo político. Notícias falsas sempre existiram, só não eram difundidas com velocidade tão galopante quanto à patrocinada pelas redes sociais e muito menos tratadas como “fake”, palavrinha inglesa que conferiu certo charme à profusão de invencionices. Continue lendo “É tudo fake”

Cegueira extrema

Rearranjar a História de acordo com suas conveniências é pratica que une extremistas, sejam eles de direita ou esquerda. Quando contrariados pelos fatos, viram bichos e se defendem de modo idêntico: usam os fins para justificar os meios, ainda que os métodos incluam torturar e matar. Com aval ou a mando do Estado. Continue lendo “Cegueira extrema”

Escárnio

O TSE confirmou, na última quinta-feira, que os R$ 888,7 milhões do Fundo Partidário poderão ser utilizados na campanha de 2018, somando-se aos R$ 1,7 bilhão do fundo eleitoral, aprovado ano passado pelo Congresso. Mais de R$ 2,5 bilhões de dinheiro público, nomenclatura absurda para impostos, taxas e contribuições involuntárias pagas pelos brasileiros. (Os encargos são tantos que mereceram um verbete próprio na Wikipédia: Lista de Tributos do Brasil.) Continue lendo “Escárnio”

O Brasil refém do STF

Em 2008, sem conseguir avançar na idéia da trieleição, Lula, hoje preso por corrupção e lavagem de dinheiro, inventou Dilma Rousseff e, com ela, um tormento sem fim. A presidente deposta foi um pesadelo para o país – e para seu padrinho – durante os cinco anos e meio de mandato. E continua a distribuir estragos. Continue lendo “O Brasil refém do STF”

Nomes demais, idéias de menos

Instituições em frangalhos – e não adianta achar que garante o contrário o fato de elas estarem funcionando como se normalidade existisse -, economia ainda engasgada e atividade política em descrédito absoluto. Saídas para esse tripé agonizante deveriam concentrar o debate nacional, quanto mais a cinco meses das eleições. Mas estão longe de frequentá-lo. Continue lendo “Nomes demais, idéias de menos”

Mania conspiratória

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Nas mãos deles, de novo

Mais uma vez – e não têm sido poucas – o destino imediato e futuro do país estará nas mãos do Supremo Tribunal Federal, ao qual tem cabido distribuir, recolher e validar as cartas no Brasil de hoje. Não raro sacando coringas escondidos nas mangas, e nem sempre preservando a Constituição que deveria proteger. Continue lendo “Nas mãos deles, de novo”

O paciente

Julgar se algo pode ser julgado para depois julgar o adiamento do julgamento, e acabar por julgar em favor do réu sem julgar o mérito daquilo que julgaram que deveria ser julgado. Definitivamente não dá mais para esconder: a Suprema Corte perdeu o juízo. Continue lendo “O paciente”

O Brasil não ouve o Brasil

Sempre que se vê diante de crises agudas – e esse tem sido um cenário recorrente -, o status quo reage com indignação e contundência. E arremata seus discursos com a lenga-lenga de defesa da democracia e da estabilidade institucional, enquanto ambas cambaleiam. Continue lendo “O Brasil não ouve o Brasil”

Aos infiéis, os milhões

Começou na quinta-feira e vai até 7 de abril o leilão eleitoral que deve arrematar mais de 50 dos 513 deputados federais e uma centena dos 1.024 estaduais do país. Ainda que amparado por lei, aprovada pelos próprios beneficiários no ano passado, o troca-troca é um dos absurdos do sistema brasileiro. Um desrespeito desmedido ao eleitor. Continue lendo “Aos infiéis, os milhões”

Sempre eles

Corre-se atrás do novo, busca-se um outsider, fingem-se mudanças. Mas, 24 anos depois da primeira vitória de Fernando Henrique Cardoso sobre Luiz Inácio Lula da Silva, o ativismo dos dois ex-presidentes é um dos poucos tônicos que animam a política. Para o bem ou para mal. Continue lendo “Sempre eles”

Avançar para trás

Regras eleitorais perfeitas são raríssimas ou simplesmente utópicas. Isso vale para todas as partes do mundo. No Brasil, elas são perversas: parecem servir apenas para perpetuar oligarquias, inibir a participação popular e a renovação. Continue lendo “Avançar para trás”