Mataram a Cobra?

Mataram a Cobra?

Não. Não mataram a cobra, mas mostraram o pau.

Esta semana rolou um vídeo sobre a “brincadeirinha” que futuros médicos fizeram para provocar adversárias do jogo de vôlei da seleção feminina da Unisa contra a seleção São Camilo, na cidade de São Carlos.

Estudantes de Medicina da Unisa, Universidade Santo Amaro, promoveram um “punhetaço” durante um jogo de vôlei feminino, ocorrido uns meses atrás. Com as calças abaixadas e com os membros em riste (alguns; outros estavam apenas hasteados a meio-pau) correram pela quadra exibindo seus pingolins para o público.

Como o vídeo foi divulgado esta semana só agora foram tomadas providências contra esse procedimento, resultando em expulsões dos envolvidos que foram identificados. Além de serem expulsos, também vão ter de responder a inquéritos policiais que podem levá-los a condenações por atentado ao pudor, entre outras.

Mas quem se saiu pior nessa apresentação foi o estudante que agora viralizou por causa do, digamos, pequeno conteúdo exposto ao público. Esse nem precisa de punição maior. Já caiu em desgraça por ter sido comparado ao Dudu Bananinha.

Parece que estudantes de Medicina têm uma certa fixação pelos órgãos genitais. Em 2017, alunos do último ano da Universidade Vila Velha (ES), de jaleco e com as calças abaixadas, simularam vaginas com as mãos. Publicaram a foto nas redes sociais com a legenda “pinto nervoso”. Freud explica – será?

Outro vídeo que andou circulando por aí na semana foi o do suposto affair entre Jair Renan Bolsonaro e Diego Pupe, seu ex-assessor. Diego contou pra todo mundo que manteve uma relação “íntima e romântica” com o Jairzinho!

Apesar das imagens, Renanzinho veio a público para desmentir Pupinho e, dando uma de Jair pai, disse: “Se um dia me ver (sic) agarrado com um macho, pode ter certeza que é briga”.

Uau! Isso é que é babado bom. Não pelo fato de o rapaz ser supostamente gay. Cada um é cada um e não merece ser execrado como querem os cidadãos do bem, homofóbicos, misóginos, racistas, defensores da moral e dos bons costumes, grupo aliás, ao qual sua família pertence – mas sim pela falsidade dessa gente. Jair Bolsonaro já declarou publicamente: “Seria incapaz de amar um filho homossexual. Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Pra mim ele vai ter morrido mesmo”.

Uma pergunta, Jair: e se o rapaz não tiver bigode, tudo bem?

E a exposição de machochochôs em vídeos na semana não parou por aí.

Pra mostrar que macho que é macho é quem decide quantos filhos se vai pôr no mundo, o prefeito de Barra do Piraí (RJ) propôs em praça pública a castração das mulheres da cidade: “O que não falta em Barra do Piraíi é criança. Tem que começar a castrar essas meninas e controlar essa população. É muito filho. É no máximo dois. Tem de fazer uma lei lá na Câmara. Haja creche pra ser construída”.

Vem cá, mané! Se sua cidade realmente  está fugindo aos padrões e começa a ter problemas associados à superpopulação infantil,  outras várias medidas podem ser tomadas pelo município, tipo campanha de conscientização, distribuição de camisinhas e de anticoncepcionais e ainda o incentivo à vasectomia para os maridos, oferecida gratuitamente pelo SUS.

Mas como bom machista que é, Mário Esteves achou que a melhor solução seria “castrar” as mulheres da cidade para resolver seus problemas.

Deve ficar mais barato mandá-las para clínicas veterinárias do que construir creches, né?

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