O lulo-petismo não perde uma única oportunidade para mentir, enganar, falsear, adulterar a verdade, inverter os fatos. É uma de suas características básicas, está em seu DNA.
Na propaganda partidária no rádio e TV, na deslavada, ilegal campanha eleitoral de Lula nas últimas semanas em caravana por cidades mineiras, o lulo-petismo tenta dizer que tudo no país estava ótimo com Dilma Rousseff, e foi só os “golpistas” assumirem para a economia do país degringolar.
O lulo-petismo mente na maior cara de pau.
E até consegue resultados. De repente, muita gente passou a acreditar que os maiores bandidos da política brasileira não são Lula, Dilma e asseclas que tomaram de assalto o Estado, pilharam as empresas estatais com a fúria devoradora de gafanhotos, afundaram o país na maior crise econômica, política e moral da História, e sim os que fazem oposição ao PT.
Dois editoriais do Estadão publicados nos últimos dias falam da campanha de mentiras do lulo-petismo e mostram como o governo Michel Temer vem permitindo a ainda lenta porém constante melhora na economia brasileira que havia sido destroçada nos anos Lula e Dilma.
No editorial com o título preciso, incisivo, de “A caravana da mentira”, o Estadão afirma: “Em sua narrativa delirante, o ex-presidente Lula disse que ‘tiraram a Dilma do poder e levaram esse país a um estado de deterioração’, ignorando propositalmente a melhora dos indicadores de inflação, crescimento, juros e emprego que mostram, de maneira objetiva, que a dura recuperação da economia, após o desastre das administrações lulo-petistas, já apresenta sólidos resultados.”
No editorial “Temer e Sarney” – sobre a alegação feita por lulo-petistas de que os dois governos são semelhantes -, o Estadão diz, de maneira firme, inequívoca: “Ainda que a crise econômica gestada nos anos do PT no governo federal tenha sido forte, batendo recordes históricos, as medidas adotadas até aqui pela equipe de Temer deram bons resultados. Os números da economia atestam que o País não é uma nau sem rumo.”
São importantes documentos que expõem as falácias do lulo-petismo e repõem no lugar a verdade dos fatos. As íntegras vão mais abaixo.
Antes, aí vão enumeradas algumas das boas notícias da economia publicadas nos jornais ao longo da semana que passou, a de 29/10 a 4/11:
* Renda total dos trabalhadores cresce 3,9% em um ano.
“O mercado de trabalho brasileiro movimentou R$ 188,1 bilhões em salários no terceiro trimestre do ano. O resultado representa quase R$ 7 bilhões a mais em circulação na economia no período de um ano, impulsionando a expectativa de venda para o próximo Natal. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Depois de atingir o auge de R$ 191,5 bilhões no quarto trimestre de 2014, a massa de salários começou uma derrocada até atingir R$ 181,1 bilhões no terceiro trimestre de 2016. De lá para cá, cresceu 3,9% – o que representa uma recuperação de R$ 7 bilhões.” (Daniela Amorim, Estadão, 3/11.)
* Indústria tem a primeira alta no acumulado em 12 meses desde o início da crise.
“A indústria voltou a ficar no azul. Segundo dados divulgados ontem pelo IBGE, a produção no setor cresceu 0,4% no acumulado em 12 meses até setembro, a primeira alta nesse tipo de comparação desde maio de 2014, antes do início da maior recessão da História do país. A volta do indicador para o terreno positivo confirma a tendência de melhora nas fábricas brasileiras, mas analistas lembram que o cenário ainda é de retomada lenta e gradual. Em setembro, a produção industrial cresceu 2,6% frente ao mesmo período do ano passado. Foi o quinto resultado positivo seguido nesse tipo de comparação e o melhor para o mês desde 2013.” (Marcello Corrêa, O Globo, 2/11.)
* Venda de veículos cresce 27,56% em outubro.
“O mercado de veículos novos no Brasil registrou alta de 27,56% em outubro ante igual mês do ano passado, segunda a Fenabrave, associação que representa as concessionárias. Foram 202,8 mil unidades vendidas.” (André Ítalo Rocha, Estadão, 2/11.)
* Balança comercial tem novo recorde.
“Com a demanda externa aquecida e os preços internacionais favorecendo produtos brasileiros, as vendas ao exterior superaram as exportações em US$ 5,2 bilhões em outubro, o melhor resultado para o mês da série histórica, que teve início em 1989. (…) O valor que o País vendeu ao exterior de janeiro até o mês passado (US$ 183,4 bilhões) praticamente igualou o montante exportado em todo o ano de 2016 (US$ 185,2 bilhões).” (Lorenna Rodríguez, Estadão, 2/11.)
* Investimentos dão primeiros sinais de reação após quatro anos de queda.
“Após quase quatro anos em queda praticamente ininterrupta – houve apenas um respiro, com alta de 0,4% no segundo trimestre do ano passado –, os investimentos devem começar agora a deixar o fundo do poço. A projeção é que a taxa de investimentos na economia tenha fechado o terceiro trimestre deste ano com crescimento de até 1,6%. Mas, segundo especialistas, ainda vai demorar muito tempo para se recuperar o que foi perdido nesse período: em quatro anos, a taxa de investimentos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 21,1% para os atuais 15,5%.” (Eduardo Lagbuna e Márcia De Chiara, Estadão, 3/11.)
* “O apetite do investidor estrangeiro pelo Brasil começou a aumentar. Entre janeiro e setembro deste ano, a entrada de recursos no setor produtivo alcançou US$ 51,8 bilhões de dólares – alta de 11,2% em relação a 2.016.” (Veja, 1º/11.)
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Temer e Sarney
Editorial, Estadão, 4/11/2017
Depois de a Câmara dos Deputados ter negado prosseguimento à segunda denúncia de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, contra o presidente Michel Temer, voltaram a surgir comparações entre o governo atual e o de José Sarney, no final da década de 80 do século passado. Sem qualquer pretensão de rigor histórico, essas análises têm um objetivo mais comezinho, com um nítido viés político-ideológico, de difundir a ideia da suposta falência do governo Temer, de forma similar ao que teria ocorrido com José Sarney em seus últimos meses na Presidência da República.
Ainda que possa ser muito conveniente aos críticos do atual governo decretar sua morte prematura, os fatos não mostram similaridade entre os governos de Temer e de José Sarney. Na realidade, a comparação entre as duas administrações favorece objetivamente o presidente Temer. E, isso, a despeito dos baixíssimos índices de popularidade atribuídos ao atual presidente.
A primeira grande diferença pode ser percebida na economia e na política econômica. No último ano de Sarney na Presidência, o País presenciou uma séria crise econômica, com uma inflação desenfreada. Além disso, as tentativas de recolocar a economia nos trilhos haviam falhado e o governo já não dispunha, nos últimos meses, de remédios efetivos para sanear a difícil situação.
Os tempos presentes são bem diferentes. Ainda que a crise econômica gestada nos anos do PT no governo federal tenha sido forte, batendo recordes históricos, as medidas adotadas até aqui pela equipe de Temer deram bons resultados. Os números da economia atestam que o País não é uma nau sem rumo.
A inflação acumulada de 12 meses em abril de 2016 – Michel Temer assumiu interinamente a Presidência em maio de 2016 – era de 9,28%, segundo o IPCA. No acumulado de agosto de 2017, a taxa estava em 2,46%. Em 1989, último período integral do governo Sarney, a inflação foi de 1.782%. Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a diferença também é relevante. A variação anual do PIB medida no primeiro trimestre de 2016 foi de -5,4%. No segundo trimestre de 2017, a variação anual era de + 0,3%. No final do governo Sarney, o PIB despencou de -0,1% em 1988 para -4,95% em 1990.
Outra enorme diferença entre os dois governos é a capacidade de Temer para levar adiante as reformas estruturais. O atual governo obteve apoio suficiente do Congresso para aprovar, por exemplo, a PEC do Teto dos Gastos, a reforma trabalhista e a reforma do ensino médio. Não descreve bem os fatos, pois, quem prega que o governo atual está em regime de mera sobrevivência. Ao contrário, a atual gestão foi protagonista de avanços tão significativos que, antes de serem aprovados, eram dados como inverossímeis.
Logicamente, as circunstâncias históricas entre os dois governos são muito díspares, o que dificulta fazer comparações. Em 1989, por exemplo, não existia a militância política feita através da chamada rede social. O fato é que nada autoriza a interpretação de que os meses restantes a Temer no poder devam ser resumidos a simples espera por um novo governante em 2019.
Eis talvez a principal diferença entre o governo de Temer e o de Sarney: a administração atual tem um claro rumo a ser seguido e não pairam dúvidas de que esse é o rumo correto para o desenvolvimento econômico e social do País. As boas reações da economia e do emprego confirmam o acerto das políticas de Temer. Como ainda não existem bolas de cristal que mostrem com exatidão o futuro, é passível de discussão a capacidade de realização do governo Temer nos próximos meses. Por exemplo, se a reforma da Previdência será aprovada pelo Congresso e como será o seu conteúdo final. De toda forma, só o fato de a reforma previdenciária estar em pauta – assunto espinhoso, que afeta o bolso do cidadão – é sinal inequívoco de que o atual governo não está cambaleante e sem forças, como alguns apregoam.
Comparações entre períodos históricos são muito interessantes e podem iluminar aspectos da política e relações entre seus atores. Tais comparações, no entanto, são úteis na medida em que se baseiam em fatos. Quando os fatos são voluntariamente esquecidos, elas são meras distorções da realidade, que confundem e nada constroem.
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A caravana da mentira
Editorial, Estadão, 6/11/2017.
A passagem da assim chamada “caravana” de Lula da Silva por Minas Gerais, encerrada na segunda-feira passada com um discurso do ex-presidente na Praça da Estação, em Belo Horizonte, foi marcada, como todas as outras, pelo cipoal de mentiras do léxico petista que só pode ser tomado como verdadeiro por quem despreza os fatos e só precisa de meia dúzia de frases de efeito, carentes de sentido, para formar suas convicções.
Lula da Silva ultrapassa, e muito, a linha que divide um mero jogo de palavras, recurso próprio dos discursos políticos, da mais desavergonhada mentira. Aliás, caso fosse tipificado como crime o ato de mentir para a população em cima de um palanque ou carro de som, o chefão petista teria mais algumas anotações a engrossar a sua já robusta ficha penal.
Comparando-se aos ex-presidentes Getúlio Vargas, João Goulart e Juscelino Kubitschek, personagens que teriam sido “moralmente destruídos todas as vezes que a direita nesse país resolveu usurpar o poder”, Lula da Silva mostrou-se magnânimo e disse que estava “perdoando os golpistas”, prometendo “trazer a democracia de volta para o Brasil”.
Com sérias dificuldades para combater seus “inimigos” na vida real – vale dizer, as leis e a Justiça -, só mesmo uma ditadura imaginária para servir como polo antagônico na narrativa de um réu já condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Réu em mais seis ações penais, ainda pendentes de julgamento, Lula da Silva precisa desesperadamente manter acesa a chama de sua militância a fim de preservar, pelo menos, a fatia histórica do eleitorado – entre 25% e 30% – que já o apoia a despeito de seus crimes.
Em um trecho particularmente cínico de um de seus discursos em Minas Gerais – que seria hilário se não remetesse a um enorme prejuízo para o País -, o ex-presidente, falando sobre a Petrobrás, disse que, “se tem corrupção em uma empresa, você prende o dono da empresa, não acaba com a empresa”. Só o uso da condicional “se” já diz muito sobre a índole de Lula. Sob os governos lulo-petistas, a maior empresa estatal brasileira viu seu valor de mercado derreter ao ser submetida à sanha criminosa do grupo político comandado pelo ex-presidente.
A Petrobrás só voltou a trilhar o caminho das boas práticas empresariais quando a gestão da empresa foi entregue a Pedro Parente, um administrador reconhecidamente íntegro e competente, já no governo do presidente Michel Temer.
Seguindo em sua narrativa delirante, o ex-presidente Lula disse que “tiraram a Dilma do poder e levaram esse país a um estado de deterioração”, ignorando propositalmente a melhora dos indicadores de inflação, crescimento, juros e emprego que mostram, de maneira objetiva, que a dura recuperação da economia, após o desastre das administrações lulopetistas, já apresenta sólidos resultados.
Diante dos mineiros, Lula voltou a se comparar a Tiradentes. “Aqui em Minas”, disse, “mataram e esquartejaram um alferes que queria independência. A independência veio mesmo assim porque mataram a carne, não a ideia.” No início de outubro, durante um “ato em defesa da soberania nacional”, no Rio de Janeiro, ele já havia feito a mesma comparação com o herói nacional ao dizer que tanto um como outro só podem ser atacados em suas dimensões humanas, já que, antes de tudo, “representam uma ideia assumida por milhões de pessoas”.
“Vocês sabem que sem Minas Gerais eu não seria nada”, disse Lula no encerramento de seu discurso. Talvez tenha sido a única verdade que disse durante toda a sua passagem pelo Estado, a julgar pela votação que ele lá obteve para a sua candidata Dilma Rousseff.
Aliás, é acintoso que Lula da Silva possa sair em “caravanas” pelo País que, a pretexto de representarem uma defesa contra as “injustiças” de que julga ser vítima, nada mais são do que campanhas eleitorais fora de época.
6/11/2017
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