Jair e Flávio Bolsonaro são seres insensíveis para quem disputar eleição não tem limite de nenhuma espécie. O torneiro mecânico Lula, muitos anos atrás, sofreu um acidente de trabalho e perdeu o dedo mínimo da mão esquerda. Em cima disso, ambos atacam o adversário como “ladrão de nove dedos.”
Não foi uma expressão de momento, que escapou no ardor de um discurso. Ambos usaram a mesma frase em momentos diferentes. Certamente, se o tipo de acidente fosse outro, seria chamado de ladrão aleijado, perneta, zarolho.
Vale tudo – menos ética, dignidade, respeito, compostura – para tentar demolir o adversário. A linha acima, na verdade, não devia ter sido escrita, porque esperar essas qualidades de Jair, principalmente, seria demais.
Imagino como será o debate entre presidenciáveis, às vésperas das eleições. Se participar (tem dito que vai) quero ver o que acontecerá se despejar seus xingamentos e acusações em cima dos adversários. Francamente, não imagino que tenha condições para tanto. Mas fará o que, então?
Não estará à frente de admiradores à saída do Palácio do Planalto. Nem dos jornalistas a quem responde perguntas com xingamentos. Vai se ver cara a cara com o “ladrão de nove dedos”. Tentara se apresentar como fino e tratável, sem perder o controle? Esse debate (se houver) não perco por nada deste mundo.
Dezembro de 2021