De muitas coisas podemos nos queixar neste Brasil de hoje, menos de falta de notícias. Depois de passar pela inundação diária de informações fico imaginando como será viver nos países da Escandinávia. Com certeza o brasileiro que for passar uns dias nessas plagas vai sofrer uma tremenda de uma síndrome de abstinência de notícias.
Já nós aqui chegamos a ter uma overdose de novidades, algumas terríveis, outras curiosas, quase nenhuma permeada de otimismo e, excetuando-se o futebol, poucas alegres.
Mas temos um concorrente de peso: a América de Trump. Eta noticiário farto e medonho… Massacres, crueldades com imigrantes, tiroteios, assassinatos aos magotes. Ficamos sabendo até de um filho de 72 anos que foi assassinado por sua mãe de 92 anos com dois tiros. Alguém algum dia imaginou coisa igual?
Aqui, milícias violentas, polícia matando e morrendo, crianças assassinadas até dentro de suas casas ou escolas, ruas inseguras, comunidades sofrendo e fazendo sofrer.
Tanto nos EUA quanto aqui, eleições à vista. Lá os dois partidos principais em busca de maioria no Legislativo. Aqui, renovação na Presidência da República, com campanha que começou com mais de 20 candidatos e agora apresenta seis nomes, nenhum deles, até hoje, entusiasmando a Nação.
Temos tempo, no entanto, para sofrer com as eleições. E vamos sofrer, disso já sabemos. Mas estamos numa espécie de férias. Como diria o grande escritor uruguaio, o saudoso Eduardo Galeano, estamos ‘Cerrado por Fútbol’ (Fechado por Motivo de Futebol, editora L&PM).
Os jogos da Copa do Mundo 2018 ocupam nossas mentes e nossos corações. Já disse aqui, e repito hoje, que não entendo nada de futebol. Mas de quatro em quatro anos passo a ser uma especialista em futebol e vibro com os atletas e sofro com suas dores e tropeços.
Escrevo na madrugada desta sexta-feira, 6 de julho. Deste momento em diante, até às 17h, aqui em casa só uma coisa importa: o jogo entre os Canarinhos e os Diables Rouges.
Até mais tarde, amigos.
6/7/2018