Nos anos 60, um grupo de ingênuos e inconsequentes amigos iniciou um empreendimento artístico com o nome de SYTA Produções, somando as duas primeiras sílabas dos dois principais fundadores, Synésio e Tadeu. Junto com amigos da mesma Rua Gabriel dos Santos e com colegas de escola, o Synésio liderou a turma na realização do 1º Festival de Música dos Bancários, vários festivais de música de escolas estaduais, Gincana Kibon, e outros eventos que ocuparam os principais teatros da cidade, como o Paulo Eiró, o João Caetano, o Arthur de Azevedo.
Um dos maiores conhecedores da MPB, especialmente dos anos 60 /70, empresário artístico, dono de um acervo invejável e de uma prodigiosa memória sobre os Shows do Dia 7 da TV Record e os grandes festivais da canção, o Synésio manteve durante alguns anos o programa “Papo e Repapo” na TV Gazeta.
Criou ainda o Jornal Movimento, inteiramente dedicado à MPB, e um site para promover artistas de vários segmentos.
Os demais membros da turma seguiram por caminhos diferentes. Um procurador do Estado, um psiquiatra, um culinarista, um empresário do setor automotivo, um consultor de empresas, um economista, um contador e um professor de português. Todos se reuniam ao final de cada ano, durante mais de 40 anos, para o tradicional Almoço da Turma.
Agora o Synésio vai dar aula de MPB para querubins, serafins e arcanjos, pra ver se esse povo pára com a mania de tocar harpa e aprende um pouco de viola, cavaquinho e tamborim. E nós, por aqui, vamos tratar de ouvir os clássicos de nossa música dos anos 60, já que esta será a única forma de contato com o querido amigo que se foi, mas certamente continua ligado e atento a uma bossa nova, a um chorinho.
E por falar em chorinho, nada de chorar. Vamos usar o tema pra celebrar a vida, em memória dele.
31 de janeiro de 2017
(*) André Ganzelevitch, do Escritório de Consultoria e Capacitação Profissional, escreve no Blog do Ganza.
Para inveja de querubins, amanhã vou assistir Pulinho ao vivo no circo voador, minha pessoal reverência ao Sinézio.