Quem quebrou o país foi Dilma Rousseff

Quem enfiou a economia brasileira nesta crise profunda foi Dilma Rousseff. É bom a gente ter isso sempre em mente, para não esquecer, para não ser levado a erro pela repetição de mentiras que insistam em negar a verdade dos fatos.

A responsabilidade pela crise é do primeiro governo de Dilma Rousseff, e dos últimos anos do governo Lula, quando Dilma Rousseff era a todo poderosa ministra-chefe da Casa Civil.

Mais especifica e mais claramente ainda: depois que Antonio Palocci deixou o governo Lula, e, para substituir José Dirceu, Dilma Rousseff foi para a Casa Civil, o governo lulo-petista passou a executar tudo possível e imaginável para quebrar o país – até conseguir.

Desde que Dilma Rousseff passou a dar as coordenadas na economia, 10 anos atrás, a vaca foi pro brejo.

Tudo isso aí é sabido pelas pessoas que têm informação, que lêem jornais, que sabem somar 1 + 1 e multiplicar 8 x 9. Mas é bom que Míriam Leitão tenha voltado de férias e resumido esses fatos em sua coluna do Globo desta quarta-feira, 30 de setembro.

A clareza do texto de Míriam Leitão é assombrosa. Ela escreve:

“A presidente Dilma diz hoje que o modelo instalado após a crise internacional de 2008, para evitar que o Brasil fosse atingido, esgotou-se. Isso não corresponde aos fatos. Em 2005, ela fulminou a proposta de permanecer ajustando os gastos públicos para chegar ao déficit nominal zero. Disse à equipe que fez a proposta que era preciso ‘combinar com os russos’ e que aquela idéia era ‘rudimentar’. Portanto, a opção pelo gasto descontrolado, sem buscar a âncora fiscal, foi tomada por Dilma Rousseff no governo de Lula da Silva, quando ela se instalou na Casa Civil. Esse modelo Dilma-Lula faz 10 anos. Foi ele que quebrou o Brasil, fez o país perder o grau de investimento e provoca hoje uma disparada do dólar.”

***

O Brasil perdeu o grau de investimento, o dólar disparou, a inflação permanece acima do teto da meta, não há previsão de que ela volte a patamares decentes, o país está em recessão, a dívida pública estoura. O emprego – que durante anos foi a salvação do discurso da patética dupla Dilma-Mantega – diminui: o país já perdeu quase 1 milhão de vagas nos últimos meses. Não há um único indicador econômico que seja positivo, que dê algum alento, esperança.

Em suma, como Míriam Leitão e outros analistas econômicos sintetizam, o Brasil quebrou – e foi por obra de Dilma Rousseff. Dos governos lulo-petistas, o dela e o de seu criador – mas sobretudo dela mesma.

Só para reunir aqui alguns dados divulgados nos últimos dias deste mês de setembro de 2015:

– A dívida pública federal subiu 3,16% em agosto e chegou a R$ 2,686 trilhões. Sim, isso mesmo, R$ 2,686 TRILHÕES.

– O governo central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) acumulou  de janeiro a agosto déficit de R$ 14,013 bilhões, o pior resultado para o período de toda a série histórica, iniciada em 1997.

– O Brasil caiu 18 posições na lista dos países mais competitivos do mundo, no ranking do Fórum Econômico Mundial. Está agora em 75º lugar, entre 140 países.

– Na terça-feira, o dólar teve queda! Fechou a R$ 4,059 – patamar acima do pior alcançado desde a criação do real.

– Este ano, até 28 de setembro, a Bolsa de Valores de São Paulo já perdeu 42% do seu valor em dólar. Doze companhias já pediram para cancelar seu registro na Bolsa e assim fechar o capital.

– Em 12 meses, o País perdeu quase 1 milhão de vagas de emprego formal. Em agosto, foram fechadas 86 mil vagas, segundo dados do próprio governo, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nos 12 últimos meses, foram 985.669 vagas fechadas.

– O desemprego subiu para 7,6% em agosto, segundo outro levantamento, o do IBGE nas seis maiores regiões metropolitanas. Há 1,8 milhão de desempregados nessas regiões, número 52%$ maior do que um ano atrás.

***

Todos esses números, e todos os demais números negativos divulgados nos últimos meses, são resultado das opções erradas feitas pelos governos lulo-petista nos últimos dez anos, desde que Dilma Rousseff passou a ter voz ativa e o governo perdeu a lucidez de Antonio Palocci, que havia dado prosseguimento à política econômica sensata dos oitos anos de governo Fernando Henrique Cardoso.

No entanto, por cegueira ideológica, simples ignorância, incapacidade de somar 1 + 1, ou má fé – ou tudo isso junto e misturado –, diversas áreas do lulo-petismo têm atribuído o brejo não aos seguidos erros da condução da política econômica até as eleições de outubro de 2014, mas ao ajuste fiscal que, forçada pela conjuntura, Dilma Rousseff vem tentando implantar, a partir do início de seu segundo mandato.

Dizem que o responsável por todos os males é o remédio que se tenta – frouxamente, hesitantemente – aplicar, e não as causas da doença, a irresponsabilidade da condução da política econômica nos últimos dez anos.

Ou, como sintetiza Míriam Leitão: “confundem o antibiótico com a infecção que sua política provocou”.

O documento divulgado na terça-feira, 29 de setembro, pelo Instituto Claudio Abramo, o braço teoricamente da “inteligência” do PT, seria terrivelmente engraçado, a se rivalizar com as piadas marxistas (da linha Groucho, claro), se não fosse absolutamente trágico.

É como disse o Estadão em editorial na terça, 29/9: “O mais inacreditável é que os ‘especialistas’ do ‘centro de estudos’ petista jogam nas costas do ajuste fiscal, que nem está minimamente implementado, a responsabilidade por todos os erros cometidos por Dilma em seu primeiro mandato: ‘O ajuste fiscal está jogando o País numa recessão, promove a deterioração das contas públicas e a redução da capacidade de atuação do Estado em prol do desenvolvimento econômico. Mais grave é a regressão no emprego, nos salários, no poder aquisitivo e nas políticas sociais’. O instituto petista despeja ainda sobre as costas largas do ajuste fiscal a responsabilidade por ampliar ‘a crise política e as ações antidemocráticas e golpistas em curso’.”

O que o PT e os movimentos sociais querem, ao condenar a tentativa (por mais tímida que seja) de ajuste fiscal é, simplesmente, segundo sintetiza editorial do Globo na quarta, 30/9, bem fácil: “apagar a fogueira com gasolina”.

Aí vão o artigo e os editoriais citados. Faço questão de que eles fiquem transcritos aqui no meu site.

O modelo errado

Artigo de Míriam Leitão no Globo de 30/9/2015.

O Brasil vive uma crise profunda, desnecessária e evitável. Não deveria estar agora em pleno retrocesso, vivendo com medo da inflação de dois dígitos, da disparada do dólar, do desemprego que chegou em agosto a 8,6% e corre o risco de continuar subindo. O pântano em que estamos foi provocado por barbeiragem do governo. Não é um modelo que se esgotou, é uma proposta errada que cobra seu preço.

O governo atacou o edifício que o Brasil construiu por anos de ajustes e reordenações monetárias e fiscais. O país perdeu parte do terreno conquistado e desperdiçou o excelente — e finito — momento de alta das commodities. Tudo jogava a favor do PT quando ele assumiu: a herança recebida da estabilização da moeda e o salto nos preços dos produtos que o Brasil exporta. O governo perdeu esse patrimônio por incompetência.

A presidente Dilma diz hoje que o modelo instalado após a crise internacional de 2008, para evitar que o Brasil fosse atingido, esgotou-se. Isso não corresponde aos fatos. Em 2005, ela fulminou a proposta de permanecer ajustando os gastos públicos para chegar ao déficit nominal zero. Disse à equipe que fez a proposta que era preciso “combinar com os russos” e que aquela ideia era “rudimentar”.

Portanto, a opção pelo gasto descontrolado, sem buscar a âncora fiscal, foi tomada por Dilma Rousseff no governo de Lula da Silva, quando ela se instalou na Casa Civil. Esse modelo Dilma-Lula faz 10 anos. Foi ele que quebrou o Brasil, fez o país perder o grau de investimento e provoca hoje uma disparada do dólar.

O que aconteceu no Brasil nos últimos 13 anos tem que ser entendido em duas fases. Na primeira, o PT se cercou de bons economistas e seguiu a lógica da política econômica que recebeu. Não o fez por crença, mas por medo do descontrole que se prenunciava nos tremores com que o mercado recebia a notícia da vitória de um candidato que dizia que mudaria tudo quando assumisse. Ele não mudou inicialmente, e o Brasil avançou.

A partir de 2005, o governo começou a mudar paulatinamente a política econômica. Mesmo assim, os efeitos positivos de 10 anos de ajuste nas contas públicas e austeridade monetária levaram o país a atingir o grau de investimento. O governo petista foi ajudado enormemente pela China, com a forte demanda por commodities. Nesse boom, o Banco Central fez a opção certa de acumular reservas. Apesar do custo de carregamento dessas reservas, foi importante tê-las em vários momentos, como agora.

Mas, naquele momento de prosperidade, em que o Brasil estava atraindo investimento, era hora de dar um salto. O “modelo”, como Dilma define agora, foi o de aumentar os gastos, elevar a dívida, criar barreiras ilegais ao comércio externo, transferir R$ 500 bilhões para que o BNDES pudesse presentear os empresários com dinheiro público. A cartilha é esta mesmo. O PT acredita nisso, tanto que agora economistas do partido defendem a volta do que vigorou até a última eleição. Mesmo depois de quebrarem o país, não se dão conta do que fizeram. Culpam o magro e hesitante ajuste fiscal, que está sendo tentado pelos problemas que o Brasil vive; confundem o antibiótico com a infecção que sua política provocou.

O ambiente está tenso no Brasil. As empresas e as famílias temem os desdobramentos da conjuntura. A cada dia surgem novos dados ruins, como o déficit primário de agosto e o desemprego, que saíram ontem. A presidente está focada em como se manter no cargo, da mesma forma que na campanha sua preocupação era ganhar e não em como governar.

Dilma continua criando ficções para explicar seu péssimo desempenho. Diz que teve que fazer correções de preço, e não admite que foi ela, para seu proveito eleitoral, que manteve, com medidas artificiais, a tarifa de energia. Logo depois de fechadas as urnas, o país passou a viver um tarifaço. Diz que o modelo adotado para fugir da crise externa se esgotou e por isso está fazendo um ajuste para depois crescer. O país sabe que não foi isso. Ela adotou a política na qual ela e seu partido acreditam, quebrou o país, mas escondeu o resultado com truques eleitoreiros. A presidente não sabe ainda como corrigir o estrago que suas decisões provocaram. Quis tanto o poder e a reeleição e não tem rumo a dar ao seu governo. O Brasil não merecia estar passando por esta crise.

As costas largas do ajuste fiscal

Editorial do Estadão em 29/9/2015

É curiosa a lógica dos petistas que, com o argumento de que o ajuste fiscal “prejudica os trabalhadores”, atacam as propostas do governo para colocar suas contas em ordem. Nada prejudica mais a população pobre e os assalariados em geral do que a inflação crescente que corrói os salários e o desemprego que cresce. De uma recessão econômica, apenas os mais ricos têm condições de se proteger – e nem sempre. Para defender os pobres é preciso combater não o ajuste do que está errado, mas os erros que levam à necessidade do ajuste. Atacar as medidas de austeridade em nome dos interesses dos trabalhadores é sinal de miopia ideológica, má-fé ou ignorância.

Pois é exatamente à luta contra o ajuste fiscal que os petistas estão se agarrando, não na tentativa de salvar o governo Dilma, mas a si próprios. Uma entrevista concedida a O Globo por André Singer, ex-porta-voz do presidente Lula, e um documento ontem divulgado pela Fundação Perseu Abramo, criada e mantida pelo PT, escancaram a opção petista pelo caminho mais fácil de um populismo de palanque, adornado por lantejoulas “acadêmicas”, na tentativa de salvar o Brasil das “garras do capitalismo”.

André Singer se refere à “corajosa ofensiva desenvolvimentista de Dilma Rousseff em seu primeiro mandato”, para depois acusá-la de, “ao chamar o ministro Joaquim Levy para a pasta da Fazenda”, entregar os pontos “para aqueles que ela procurou confrontar no primeiro mandato”. Singer atropela o fato de que ao convocar Levy, executivo do Bradesco, Dilma contrariou a sugestão de seu mentor Lula de que nomeasse ministro da Fazenda o próprio presidente daquele banco, Luiz Carlos Trabuco. Preocupado com o estrago que Dilma estaria causando ao “legado lulista”, Singer entende que ela cometeu o erro de fazer “um movimento para recuperar a confiança da burguesia brasileira e do capital internacional” e, “como resultado, estamos na maior recessão dos últimos 20 anos: o custo social é imenso”. Quer dizer, o País está em crise não porque Dilma foi perdulária e incompetente no primeiro mandato, mas porque não combateu eficazmente a “burguesia brasileira” e o “capital internacional”.

Já o documento divulgado pela Fundação Perseu Abramo tem o sectarismo ideológico de uma cartilha esquerdista sem nenhum compromisso com a realidade: “A lógica que preside a condução do ajuste é a defesa dos interesses dos grandes bancos e fundos de investimentos. Eles querem capturar o Estado e submetê-lo a seu controle, privatizar bens públicos, apropriar-se da receita pública, baratear o custo da força de trabalho e fazer regredir o sistema de proteção social”. A parte que menciona “capturar o Estado” deve ter sido inspirada no projeto de poder do PT, bem como a referência a “apropriar-se da receita pública” trata de um ponto no qual lideranças petistas e aliadas têm feito grande sucesso – mensalão e petrolão que o digam.

O mais inacreditável é que os “especialistas” do “centro de estudos” petista jogam nas costas do ajuste fiscal, que nem está minimamente implementado, a responsabilidade por todos os erros cometidos por Dilma em seu primeiro mandato: “O ajuste fiscal está jogando o País numa recessão, promove a deterioração das contas públicas e a redução da capacidade de atuação do Estado em prol do desenvolvimento econômico. Mais grave é a regressão no emprego, nos salários, no poder aquisitivo e nas políticas sociais”. O instituto petista despeja ainda sobre as costas largas do ajuste fiscal a responsabilidade por ampliar “a crise política e as ações antidemocráticas e golpistas em curso”.

Para “retirar o País da desastrada austeridade econômica em curso” – como se tudo não se devesse ao esbanjamento do dinheiro público, quando as receitas eram generosas –, os gênios petistas sugerem, entre outras preciosidades “progressistas”, baixar os juros (e deixar a inflação estourar), retirar o custo dos investimentos do cálculo do superávit primário (e arrombar de vez as contas públicas), alterar o calendário de metas da inflação (para manipular os seus efeitos, como se aqui fosse a Argentina) e a regulação do mercado de câmbio (para impedir que o dólar flutue ao sabor do mercado). Só faltou a tigrada que estudou o problema sugerir que o governo acabe com a crise por decreto. Trabalho sério e esforço, nem pensar, que ninguém é de ferro.

Crítica desmemoriada à política econômica

Editorial do Globo em 30/9/2015

Em matéria de política econômica, o PT costuma criticar o segundo governo Dilma pelos seus méritos, sem qualquer referência aos equívocos. A mais recente prova deste cacoete é o primeiro volume do documento “Por um Brasil justo e democrático”, divulgado segunda-feira pela Fundação Perseu Abramo, braço do partido, com declarações no mínimo polêmicas do presidente da fundação, Márcio Pochmann, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Luiz Gonzaga Belluzzo, interlocutor constante de Dilma — pelo menos foi.

O documento tem como alvo óbvio a política “neoliberal” de ajuste da economia. Quanto ao erro de Dilma querer insistir na ressurreição da CPMF, nenhuma palavra. O texto-manifesto da Perseu Abramo reproduz a ideia de que a política monetária (juros) apertada e a intenção de se fazer cortes em gastos são uma “irresponsabilidade”, porque desconstroem o modelo “socialmente inclusivo implantado nos últimos anos” (leia-se, Lula), ao aprofundar a queda do nível de atividade econômica.

Em sentido diametralmente oposto ao da política de ajuste, o texto prega o corte dos juros na base da canetada e a desmontagem da meta de superávit primário — pela retirada dos investimentos do seu cálculo. O resultado seria infalível: descontrole da inflação, explosão do dólar, o que realimentará a inflação numa espiral rumo ao descontrole. E mais recessão. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o inimigo a ser abatido, não se referiu diretamente ao documento. Apenas repetiu o que tem dito: o ajuste fiscal é imprescindível porque abre espaço para a queda natural dos juros. O que ele chama de “plano do 1, 2, 3”.

Mas como as críticas lulopetistas estão embebidas em ideologia, ramo religioso da política, o argumento mais bem fundamentado é incapaz de convencer os sacerdotes do “desenvolvimentismo”. Não importa sequer que a recessão em andamento tenha sido plantada no primeiro governo Dilma, quando políticas heterodoxas ao gosto da Perseu Abramo foram executadas. É falso culpar o ajuste pela recessão. Ela já estava contratada pelos equívocos cometidos em Dilma 1. Eis a evolução do PIB em cada um dos quatro trimestres do ano passado: – 0,7%, -1,9%, 0,1% e zero.

Os redatores do texto de crítica ao governo não se recordam desses números. Eles mostram a economia já em desaceleração, apesar de toda a expansão de despesas — maquiadas pela contabilidade criativa —, incentivos creditícios a empresas escolhidas pelo Planalto etc. Foi assim que as contas públicas explodiram — 8% do PIB de déficit, disparada da dívida pública rumo a 70% do PIB —, e daí a necessidade do ajuste. Sem ele, não se restaura a confiança na estabilidade, os investimentos não voltam, tampouco o crescimento.

O sentido da proposta de se retomar a política do novo “marco macroeconômico”, que levou à crise, é resumido na imagem surrada: apagar a fogueira com gasolina.

30/9/2015

Leia também: 

O déficit não é só de dinheiro. Pior: é de seriedade. 

 

4 Comentários para “Quem quebrou o país foi Dilma Rousseff”

  1. Dado os nomes aos bois.
    A vaca não foi para o brejo como apregoam leitoas e merdais, tem sempre um tucano atrás das tetas.
    Registre-se e publique-se neste site.

  2. A saída para a crise são as Reformas Populares!
    “MILAGRES ACONTECEM QUANDO A GENTE VAI A LUTA.”
    VAMOS PRAS RUAS?
    Com pauta focada em 3 eixos:
    1 – Em defesa dos direitos sociais: Não ao PL 4330 da terceirização e ao ajuste antipopular dos Governos. Pela taxação das grandes fortunas, dos lucros e da especulação financeira!
    2 – Combate a corrupção, com o fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais!
    3 – Não às pautas conservadoras, à redução da maioridade penal e ao golpismo! Contra o genocídio da juventude negra!

    Entidades e movimentos convocam:
    Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)
    Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
    Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
    Central Única dos Trabalhadores (CUT)
    Intersindical – Central da classe trabalhadora
    Fora do Eixo / Mídia Ninja
    Articulação Igreja e Movimentos Sociais
    Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM)
    Uneafro
    Coletivo Juntos
    Rua – Juventude anticapitalista
    Coletivo Construção
    Movimento de Luta nos bairros e favelas (MLB)
    Círculo Palmarino
    Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL)
    Movimento de Luta por Moradia (MLM)
    Partido Comunista Revolucionário (PCR)
    Pólo Comunista Luis Carlos Prestes
    Movimento Periferia Ativa
    Movimento de Mulheres Olga Benário
    Rede Emancipa
    Kiwi Companhia de Teatro
    Grupo Parlendas
    Coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes
    Sinpro Guarulhos
    ASSIBGE-SN/Núcleo São Paulo
    Brigadas Populares
    Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI) da PUC-SP
    Terra Livre – Campo e Cidade
    Movimento Hip Hop – Bahia
    Frente Ampla de Estudantes – Bahia
    Juventude Comunista Avançando (JCA)
    Gremio do ITB Belval
    Quilombo B2 – Iris de Jesus
    Coletivo Café Filosófico da Periferia
    Diretório Acadêmico de Serviço Social da Universidade de Santo Amaro
    Ceupes Isis Dias de Oliveira
    Coletivo Baobá – Movimento de Cursinho Popular
    Frente de Cursinhos Comunitários e Populares – SP
    Centro Acadêmico XI de Agosto – Gestão Canto Geral (Faculdade de Direito da USP)
    SAJU-USP
    O Cacs autogestionado(centro acadêmico de ciências sociais) – PUC
    Centro Acadêmico Guimarães Rosa (GUIMA) de Relações Internacionais da USP
    Organização Comunista Arma da Crítica – OCAC
    Centro Acadêmico João Mendes Jr., da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie
    Coletivo Domínio Público – SP
    Observadores Legais
    Movimento Voz ativa – UFMG
    União da Juventude Rebelião – UJR
    Revista Opera
    PCB
    CA da Escola da Cidade
    FOS (Frente de Oposição Socialista)

  3. MANIFESTO PARA A ESQUERDA.

    A velha e desgastada dicotomia entre direita e esquerda não pode ser abandonada nesta época de crise política e econômica em que vivemos atualmente.

    È certo, histórico que nossa crise econômica é facilmente superável, isto é assim desde a época de D.João e a abertura, de vez, dos portos as “nações amigas”. Este rico manancial em que se plantando tudo dá, transformou-se numa vaca tetuda, quinta economia, onde passaram a mamar além das nações amigas a oligarquia tupiniquim sedenta e ávida a ponto de ver escorrer pelos cantos da boca leite suficiente para alimentar uma multidão de famintos emergentes da classe média. Sairemos da crise como sempre, basta aumentar o dízimo cobrado à classe trabalhadora e apenas cortar, não acabar, com algumas conquistas através de odiosos planos econômicos e reformas fiscais.

    Já a crise política capitaneada por um legislativo fétido e representativo de interesses que pouco convém ao mundo, isto mesmo, ao mundo, já que o legislado pelos nossos congressistas causa efeitos “erga omnes” nacional e internacionalmente. A nossa crise política só poderá ser superada com difíceis transformações, mais difíceis que aquelas de motivo econômico, já que os atores que desempenham o papel de legisladores o fazem decorando falas representativas de interesses privados em total descompasso com os interesses públicos para os quais foram eleitos. A composição do nosso congresso é marcada sem sombra de dúvidas por políticos eleitos e representantes de forte tendência à direita, conservadores e neoconservadores, privatisadores convictos e contrários a qualquer causa ou pensamento à esquerda, de concepções plurais e por que não dizer, progressistas. Temos que mudar os atores! Com todo o respeito democrático aos de direita, temos o dever de nos posicionar.
    A resposta a este dilema é que vai caracterizar, daqui para diante, as posições democráticas de esquerda progressistas no país. Temos que buscar, nos diferentes espectros partidários, lideranças, grupos políticos, partidos, frações de partidos, que estejam dispostos a acordar um novo programa econômico e social, baseado na soberania alimentar, no crescimento com emprego, na sustentabilidade ambiental, na participação popular na gestão pública, na soberania nacional e no bloqueio à privatização do Estado para as forças do rentismo e do conservadorismo.
    Façamos um exercício simples de classificação das pessoas notórias ou não, intelectuais, artistas, gente do povo, instituições, jornalistas, trabalhadores, o povo em geral. Cada qual pode ser enquadrar como direita ou esquerda, pode fazer sua própria lista de enquadramento, o resultado ao final permitirá que saibamos nos posicionar em relação aos atos, leis e fatos que nos enfiam diariamente goela abaixo por uma mídia extremamente de direita e que tenta se passar livre e democrática.

    Por um Congresso com a cara do povo.

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