Nunca houve governo tão incompetente (19)

Então a presidente da República “confessou” – se é que o verbo se adequa ao caso – que não sabia da situação da economia. “Eu não imaginava. Fui surpreendida.”

Infelizmente, admitir, na cara de pau, que é absolutamente incompetente, despreparada, inepta não se configura, legalmente, como motivo para impeachment.

“Eu não imaginava. Fui surpreendida.”

A mulher não conseguiu manter uma lojinha de 1,99, e deram para ela a presidência da República. Quebrou o país, e agora vem dizer que não imaginava. Foi surpreendida.

Em seu artigo em O Globo desta quarta-feira, 26 de agosto, Míriam Leitão lembra como o jornalista William Bonner fez uma de suas perguntas à presidente-candidata, no Jornal Nacional, diante de meio Brasil, em agosto do ano passado:

“A inflação anual, neste momento, está no teto daquela meta estabelecida pelo governo, está em 6,5%. A economia encolheu 1,2% no segundo trimestre deste ano e tem uma projeção de crescimento baixo para o ano que vem. O superávit deste primeiro semestre foi o pior dos últimos 14 anos. Quando confrontada com esses números a senhora diz que é a crise internacional. Aí, quando os analistas dizem que 2015 vai ser um ano difícil, um ano de acertos de casa, que é preciso arrumar a economia brasileira e, portanto, isso vai impor sacrifício, vai ser um ano duro, a senhora diz que isso é pessimismo. E aí eu lhe pergunto: a senhora considera justo, olhando para os números da economia, ora culpar o pessimismo, ora culpar a crise internacional pelos problemas?”

Ela não imaginava. Ela não sabia.

Em editorial, o Estadão afirma:

“Dilma quis convencer os leitores de que ‘não dava para saber’ no ano passado o tamanho da crise econômica. Ao dizer isso, ela torna a apostar que todos os brasileiros são mais alienados da realidade do que ela.”

Segundo o editorial do Estadão, intitulado “A ignorância é uma dádiva”, Dilma é “alienada da realidade”. O Estadão é um jornal muito educado. Eu não sou tão cuidadoso. Eu digo que Dilma Rousseff é completamente incompetente, despreparada, inepta.

Ela vem demonstrando isso desde que foi empossada por Lula – dizem que ele ficou muito impressionado porque ela sabia manejar um laptop durante as reuniões – no cargo de ministra das Minas e Energia, 12 anos e 7 meses atrás.

Diz O Globo em editorial, em tom extremamente cuidadoso, delicado:

“Admitir que não detectou problemas na economia sobre os quais há muito tempo analistas e a imprensa profissional alertavam diz muito da incapacidade da presidente de ouvir críticas e duvidar de si mesma, características imprescindíveis para o administrador, na esfera pública ou privada.”

Uma maneira extremamente educada de dizer que Dilma não possui as características imprescindíveis para ser administradora de coisa alguma. Ou seja: que é absolutamente incompetente, despreparada, inepta.

No Estadão, Dora Kramer escreve:

“À crise econômica, Dilma segue atribuindo os motivos a fatores externos e imprevisíveis, assim como reconhece que continua sem horizonte de previsibilidade. Em bom português, isso significa que o governo não tem planejamento. Atua ao sabor dos ventos, adota o voluntarismo como critério para tomada de decisões e age quando já é tarde. Foi o que disse a chefe da Nação que preferiu adotar a pregação do otimismo à deriva quando ouvia de todos os lados alertas sobre a gravidade da situação do País, moral, política, econômica e administrativamente falando.”

Aí vão as íntegras dos dois editoriais e dos artigo de Míriam Leitão e Dora Kramer:

A ignorância é uma dádiva

Editorial do Estadão. Publicado em 26/8/2015.

A presidente Dilma Rousseff escolheu mais uma vez recolher-se ao conforto que a supina ignorância dos fatos proporciona a quem a alega para justificar por que não tomou as medidas necessárias para evitar que o País se esboroasse. Em entrevista a três jornais na última segunda-feira, convocada às pressas para tentar explicar uma reforma administrativa confusa e oportunista, Dilma quis convencer os leitores de que “não dava para saber” no ano passado o tamanho da crise econômica. Ao dizer isso, ela torna a apostar que todos os brasileiros são mais alienados da realidade do que ela.

De tão recorrente, a estratégia de Dilma de dizer que “não sabia” se tornou o bordão de seu governo. O caso da Petrobrás é exemplar. Embora na última década ela tenha ocupado cargos que lhe davam poder suficiente para saber o que se passava em cada sala dos escritórios da principal estatal brasileira – foi ministra de Minas e Energia, presidiu o Conselho de Administração da Petrobrás e chefiou a Casa Civil, além de ter se tornado presidente da República com fama de especialista em energia, durona e centralizadora –, Dilma alegou, candidamente, que desconhecia o processo de destruição da empresa, que envolvia a corrupção de vários de seus principais executivos e bilhões de reais desviados. “Eu não tinha a menor ideia de que isso acontecia na Petrobrás”, declarou ela ao Estado em setembro de 2014.

Agora, mantendo esse padrão, Dilma declara que não sabia do envolvimento de petistas no escândalo do petrolão. “Eu não imaginava. Fui surpreendida. Lamento profundamente”, disse a presidente na mais recente entrevista, emulando seu criador, o ex-presidente Lula, que, na eclosão do escândalo do mensalão, deu essa inesquecível declaração aos brasileiros: “Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o País”.

Mas Dilma admite ser ignorante não apenas em relação à corrupção que carcome seu governo à vista de todos. Para espanto geral, a “gerentona” petista disse, a respeito da crise econômica, que errou ao ter “demorado tanto para perceber que a situação poderia ser mais grave do que imaginávamos”. E ainda tentou dividir com seus governados o fardo de sua ignorância, ao dizer que “ninguém imaginava isso”.

Ora, os dados a respeito da degradação da economia, fruto das políticas irresponsáveis de uma presidente que atropelou, uma a uma, todas as regras da boa administração, estavam disponíveis para quem estivesse disposto a vê-los. Já em meados do ano passado, a arrecadação federal apresentava queda, e as contas do governo sobreviviam com Refis e pedaladas. A crise que Dilma só agora admite ver não começou ontem.

Mas Dilma tinha uma eleição a ganhar e, conforme suas próprias palavras, ela se sentiu autorizada a fazer “o diabo” contra seus adversários, atribuindo-lhes a intenção de tomar medidas de austeridade que ela mesma agora é obrigada a adotar. Não se pense, contudo, que a petista se emendou.

Todas as decisões que tomou para contornar a crise são meros truques para tentar engambelar a plateia. O ajuste fiscal, que já era tímido, foi escalpelado no Congresso graças à desastrada condução política de Dilma. E agora a presidente diz que aceita cortar Ministérios – medida que, durante a campanha eleitoral, ela classificou de “lorota”.

Como de hábito, Dilma não sabe quais pastas serão suprimidas, mas calcula que serão fechados cerca de mil dos 22,5 mil cargos comissionados. Isso dá apenas 5% do total – uma taxa de desemprego de apaniguados bem menor do que a enfrentada pelos brasileiros em geral, que caminha para os dois dígitos.

Diante de tudo isso, não há razão para crer que, embora finalmente tenha se dado conta dos imensos problemas do País, Dilma tenha decidido fazer o básico para resolvê-los. Ao contrário: com suas decisões erráticas, motivadas pela desesperada necessidade de se manter no poder, a presidente tende a perenizá-los.

Não faltaram alertas sobre a crise econômica

Editorial de O Globo. Publicado em 26/8/2015.

Não fosse pela confissão de que, mesmo no ano passado, quando a economia já desacelerava (teve um crescimento pífio de 0,7%), ela não percebeu a crise, a entrevista de Dilma ao GLOBO, ao Estado de S.Paulo e à Folha não teria qualquer surpresa.

Dizer que não sabia do esquema de corrupção na Petrobras, cujo Conselho de Administração presidiu, já faz parte do script. Mas admitir que não detectou problemas na economia sobre os quais há muito tempo analistas e a imprensa profissional alertavam diz muito da incapacidade da presidente de ouvir críticas e duvidar de si mesma, características imprescindíveis para o administrador, na esfera pública ou privada.

Ora, a campanha eleitoral da oposição foi bastante calcada em alertas para os problemas que se avolumavam na economia. Como os subsídios de cunho eleitoreiro ao preço de combustíveis e à conta de luz, manobras insustentáveis que desestabilizavam o caixa da Petrobras — não bastassem os desfalques do petrolão — e o Tesouro, onde foram bater os desencontros entre os custos de geração de energia e as tarifas cobradas ao consumidor.

A resposta-padrão da candidata à reeleição era que se tratava de catastrofismo de uma oposição que não sabia administrar a economia sem elevar juros, aumentar tarifas públicas, entre outras malignidades “neoliberais.”

Pois na primeira reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), do Banco Central, dias após confirmada a vitória de Dilma nas urnas, os juros foram remarcados para cima, de 11% para 11,25%. E as taxas não pararam mais de subir (a Selic está 14,25%), para se contrapor a uma forte pressão inflacionária, em parte alimentada pelo choque tarifário que a candidata também dizia do palaque ser uma impossibilidade. Algo que a oposição faria, mas não ela.

A rigor, desde o final do primeiro governo Lula, em 2005, em que a recém-empossada ministra da Casa Civil rejeitou, por “rudimentar”, um sensato programa de ajuste das contas públicas que lhe foi encaminhado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Antonio Palocci e Paulo Bernardo, foram colocados pontos de interrogação sobre as ideias macroeconômicas de Dilma.

O viés intervencionista da presidente já ficara exposto na gestão dela no Ministério de Minas e Energia. E desarrumaria bastante o setor no seu primeiro governo. Neste, com Guido Mantega na Fazenda, a presidente pôde testar na prática o modelo dos sonhos, o “novo marco macroeconômico”. Sempre sob críticas e alertas públicos.

Não surpreendeu que acelerasse a inflação, tivesse de elevar os juros, naufragasse a economia numa recessão e fosse forçada a praticar um ajuste fiscal, contra dogmas ideológicos. E tudo agora ficou ainda mais complicado devido às turbulências chinesas. A presidente disse que demorou a perceber a gravidade da crise brasileira. Mas não foi por falta de aviso.

Os antecedentes

Artigo de Míriam Leitão. Publicado em O Globo em 26/8/2015.

Quem comparar o que a presidente Dilma falava há um ano e o que ela disse esta semana concluirá que são duas pessoas. O que dizia é o oposto do que diz. Os casos de divórcio entre a então candidata e os fatos foram muitos na campanha. No “Jornal Nacional” do dia 19 de agosto de 2014, Dilma afirmou que a inflação era zero e que pelos “indicadores antecedentes” o país estava retomando o crescimento.

Em entrevista aos três maiores jornais na segunda-feira, Dilma disse: “Fico pensando o que é que podia ser que eu errei”. Ela mesma respondeu que o erro foi ter demorado tanto a perceber a crise. Em seguida, justifica o erro. “Não dava para saber em agosto. Não tinha indício de uma coisa dessa envergadura.”

Exatamente naquele agosto, em que a presidente acha que não dava para saber, o jornalista William Bonner fez a seguinte pergunta para ela, com riqueza de dados e indícios de crise de grande envergadura:

“A inflação anual, neste momento, está no teto daquela meta estabelecida pelo governo, está em 6,5%. A economia encolheu 1,2% no segundo trimestre deste ano e tem uma projeção de crescimento baixo para o ano que vem. O superávit deste primeiro semestre foi o pior dos últimos 14 anos. Quando confrontada com esses números a senhora diz que é a crise internacional. Aí, quando os analistas dizem que 2015 vai ser um ano difícil, um ano de acertos de casa, que é preciso arrumar a economia brasileira e, portanto, isso vai impor sacrifício, vai ser um ano duro, a senhora diz que isso é pessimismo. E aí eu lhe pergunto: a senhora considera justo, olhando para os números da economia, ora culpar o pessimismo, ora culpar a crise internacional pelos problemas? O seu governo não tem nenhum papel, nenhuma responsabilidade nos resultados que estão aí?”

Dilma respondeu:

“Bonner, primeiro, nós enfrentamos a crise, pela primeira vez no Brasil, não desempregando, não arrochando os salários, não aumentando os tributos, pelo contrário, diminuímos, reduzimos e desoneramos a folha. Reduzimos a incidência de tributos sobre a cesta básica. Nós enfrentamos a crise, também, sem demitir. Qual era o padrão anterior…”

Bonner: “Mas o resultado, no momento, é muito ruim, candidata.”

Dilma: “Não, o resultado no momento, veja bem…”

Bonner: “Inflação alta, indústrias com estoques elevados, ameaça de desemprego ali na frente.”

Dilma: “Veja bem, Bonner. Eu não sei, eu não sei da onde que estão seus dados, mas nós estamos…”

Bonner: “Da indústria, candidata.”

Dilma: “Nós temos duas coisas acontecendo. Nós temos uma melhoria prevista no segundo semestre. Vou te dizer por quê.”

Bonner: “Isso não é ser otimista em contrapartida ao pessimismo que a senhora critica?”

Dilma: “Não. Não. Você sabe, Bonner, tem uma coisa em economia que chama os índices antecedentes. O que que são os índices antecedentes? A quantidade de papelão que é comprada, a quantidade de energia elétrica consumida, a quantidade de carros que são vendidos. Todos esses índices indicam uma recuperação no segundo semestre, vis-à-vis ao primeiro. Além disso, a inflação, Bonner, cai desde abril, e, agora, ela atinge, hoje, se você não olhar pelo retrovisor e olhar pelo que está acontecendo hoje, ela atinge 0%. Zero.”

Este é um exemplo. Em todas as entrevistas, Dilma foi confrontada com os dados, em todas ela os negou e atacou adversários que apontavam a necessidade de ajuste, que defendiam o corte de ministérios e a redução dos gastos do governo. Era possível saber. Difícil era ignorar os abundantes indicadores antecedentes de que o Brasil estava entrando numa crise pelos erros cometidos pelo governo.

A distância da realidade continua, ainda agora. Na entrevista de segunda-feira, ela defendeu o ex-presidente Lula e disse que a oposição incentiva contra ele uma “intolerância inadmissível”. E acrescentou: “A intolerância é a pior coisa que pode acontecer numa sociedade, porque cria o “nós” e o “eles”. Isso é fascismo.” Quem mais incentiva essa divisão é o grupo político da presidente. Aliás, houve um comício em 2014 em que o ex-presidente Lula gritou do palanque: “agora é nós contra eles”. Isso depois de citar como sendo “eles” dois nomes de jornalistas: o de William Bonner e o meu.

Falta fio terra

Artigo de Dora Kramer. Publicado no Estadão em 26/8/2015.

Na campanha pela reeleição a presidente Dilma Rousseff dizia-se “estarrecida” diante de qualquer fato ou ato para o qual não tivesse resposta. Na entrevista dada na segunda-feira aos jornais de circulação nacional, Dilma trocou o estarrecimento pelo susto para se justificar sem, no entanto, se explicar.

Disse que foi surpreendida tanto pelo tamanho da crise econômica quanto pela dimensão do esquema de corrupção na Petrobrás e, assim, considerou-se em dia com explicações devidas sobre fatos ocorridos e atos cometidos em seu governo.
Muito mais que pedidos de desculpas – penitência objetivamente inútil, pois o caso não é de absolvição de pecados, mas de correção efetiva – a presidente continua devendo ao País esclarecimentos consistentes para a origem, e soluções realistas para a saída da crise.

Até agora não fez uma coisa nem outra e as respostas dadas aos jornalistas indicam que não o fará enquanto a corda, embora bamba, ainda se sustenta. À crise econômica, Dilma segue atribuindo os motivos a fatores externos e imprevisíveis, assim como reconhece que continua sem horizonte de previsibilidade.

Em bom português, isso significa que o governo não tem planejamento. Atua ao sabor dos ventos, adota o voluntarismo como critério para tomada de decisões e age quando já é tarde. Foi o que disse a chefe da Nação que preferiu adotar a pregação do otimismo à deriva quando ouvia de todos os lados alertas sobre a gravidade da situação do País, moral, política, econômica e administrativamente falando.

Os realistas, a cuja análise do cenário o Planalto foi obrigado a se render, eram, na concepção palaciana, pessimistas a serviço da tese do “quanto pior, melhor”. Mesmo quando integrantes do governo. Em 2013, o então presidente da Câmara de Políticas de Gestão ligada à Presidência, Jorge Gerdau, alertou para a impossibilidade de o País ser administrado numa estrutura assentada em 39 ministérios.

“Quando a burrice, a loucura ou a irresponsabilidade vão muito longe, de repente sai um saneamento. Provavelmente estamos no limite desse período.” Vaticínio certeiro. Desprezado, contudo. Gerdau não foi ouvido. Deixou a função na Câmara de Gestão – da qual, aliás, não se viu a produção de um alfinete – e tornou-se um adepto da candidatura presidencial de oposição em 2014.

Agora, dois anos depois, premida pelas circunstâncias, a presidente anuncia a redução do número de ministérios. Não diz, no entanto, como será feita a dita “reforma administrativa”, não explicita quais serão as pastas atingidas e, sobretudo, não explica as razões pelas quais o governo Lula criou oito ministérios ao tomar posse em 2003, acrescidas de outras cinco na gestão atual.

A motivação, sabemos: necessidade de acomodar afilhados (petistas ou não) na máquina pública, uma vez que a opção do governo foi atuar a partir do manejo orçamentário no lugar do convencimento programático.

O caminho supostamente mais fácil acabou se revelando mais “custoso”. Custou a autoridade moral do PT e levou junto a boa imagem do partido junto à sociedade. Quando o governo se dispõe a reduzir ministérios e a quantidade de gente nomeada em cargos de comissão, emerge como inevitável a dúvida: o que vai prevalecer, o conceito político ou os ditames administrativos de eficiência?

A presidente não disse. Mais uma vez infringindo a regra política da eficácia, segundo a qual a decisão só é anunciada depois de a combinação acertada. A inversão da norma – anunciar e combinar depois – pode criar mais problemas e atritos em campo onde se pretendiam construir consensos e soluções. Em resumo, falta ao governo fio terra

26/8/2015

Para ler o texto anterior desta série:

É preciso um dom especial para conseguir ser tão incompetente. 

5 Comentários para “Nunca houve governo tão incompetente (19)”

  1. “Fomos, neste país, sendo levados a um paroxismo do Fla-Flu, do nós x eles. E quem cede a isso perde, e faz o país perder”.(Sérgio Vaz – jornalista)

    O monopólio de golpistas centenários, corruptor de jornalistas, escritores, artistas, políticos. O monopólio das comunicações é atualmente o único poder irresponsável no País, exercido com brutalidade e a ele se curvam os demais, inclusive o poder judiciário.Todos terceirizados pelo golpista Sistema Globo de Comunicação e as relações ilegítimas entre agentes privados e públicos. Todos os consultores, projetistas, jornalistas, escritórios de advocacia e economia, todos que fingem ultraje ao pudor mas sempre foram não só cientes como, no todo ou em parte, beneficiados pelo sistema virótico da sociedade acumulativa brasileira.
    Enriqueceram e vivem como parasitas do sistema nacional de corrupção.
    A novidade é que o Partido dos Trabalhadores entrou como sócio, apresentando como cacife os milhões de votos daqueles que nunca foram objeto de atenção. Candidatou-se ao suicídio.
    A caça ao intruso foi imediata. A cada política em benefício dos miseráveis, mais se acentuava a perseguição ao novo jogador, insistindo em reclamar parte do botim tradicional da economia brasileira. A penetração do PT na associação das elites predadoras era encoberta pelo compromisso real de muitos de seus quadros A caça ao intruso foi imediata. A cada política em benefício dos miseráveis, mais se acentuava a perseguição ao novo jogador, insistindo em reclamar parte do botim tradicional da economia brasileira. A penetração do PT na associação das elites predadoras era encoberta pelo compromisso real de muitos de seus quadros. Os petistas se entregaram à sedução da sociedade acumulativa: o roubo com perspectiva de impunidade.
    Revelou-se a tragédia da vitória do capitalismo sobre as conquistas dos trabalhadores. Os grandes empresários e as grandes empresas, ao fim e ao cabo, vão se safar, com os acordos de leniência e as delações premiadas.
    A vítima ensangüentada dessa caçada é o eleitorado petista e seus militantes, enfim todos aqueles que saudaram e apoiaram a trajetória de crescimento de um partido que, supostamente, era o deles.
    Os que suportaram os preconceitos, que resistiram às pressões e difamações e que viam nas políticas sociais o cumprimento de promessas nunca realizadas. Esses estão hoje expostos à brutalidade dos reacionários e fascistas, ao escárnio, aos xingamentos e ofensas.
    Fica a torcida para que o diálogo prevaleça sobre a intolerância.

  2. TENDENCIOSA IMPRENSA. Matou até a Velhinha de Taubaté.

    A noticia é esta: Aécio Neves e Sérgio Guerra receberam dinheiro de propina, segundo revelação feita ontem pelo doleiro Alberto Youssef.

    VillasNews está oferecendo um doce para quem encontrar a noticia na primeira página da Folha de S.Paulo ou de O Globo. E uma lupa para que você encontre a notícia no interior dos jornais. Bom trabalho! Isso não pode ser chamado de Jornalismo. Ainda mais com J maiúsculo.
    http://albertovillas.com.br/2015/08/26/escandalo-3/

    Ao comentar a acareação do doleiro Alberto Youssef, que confirmou que o cambaleante Aécio Neves recebeu propina de Furnas, ela simplesmente esqueceu de citar o seu amigo tucano. De imediato, uma internauta questionou a sua parcialidade. A resposta foi típica do tucanês: “Era muita informação ao mesmo tempo e acabei passando batido”. Hilária, para não dizer patética.
    Eliane Cantanhêde, que não esconde suas relações carnais com os tucanos de alta plumagem, não foi o único vexame da mídia neste caso. No geral, diante do depoimento do mafioso Alberto Youssef, a velha imprensa adotou uma postura vergonhosa. O Jornal Nacional, da TV Globo, simplesmente não mencionou o nome de Aécio Neves e de Sérgio Guerra, o falecido presidente nacional do PSDB.

    E.T. Ainda bem que leio a Condessa do Tatuapé, O Visconde do Sumaré e o Fiscal do Planalto, tudo zoio azul, batedores de panela, raivosos, mas pelo menos autênticos direitosos.

  3. Pode ser que para alguns a informação passada por Youseff agora na CPI seja novidade. Porém, seis meses atrás, a TV e os jornais mostraram o vídeo do depoimento em que ele afirmava ter ouvido de Janene que uma das campanhas de Aécio para deputado, anos atrás, teria recebido dinheiro de Furnas. No vídeo, ao ser perguntado se dispunha de mais informações sobre o caso, Yousseff disse que não, que uma vez tinha ouvido Janene falar isso, mas não sabia mais detalhes. Na época, a notícia foi motivo de especulação na imprensa de que Aécio poderia ser um dos denunciados por Janot. Alguns juristas opinaram que um simples ouvir dizer não seria suficiente para Janot incluir Aécio na lista a ser apresentada ao STF, mas sim motivo para o aprofundamento dessa investigação. Deu o que falar, sim. Li vários artigos a respeito em jornais e revistas. Janot não incluiu Aécio até hoje. Agora, na CPI, deputados petistas fizeram Youseff repetir essa informação contida na sua delação premiada de meses atrás. E estão tentando fazer disso uma nova e grande revelação. Youssef confirmou na CPI ter ouvido a informação de Janene, que faleceu em 2010. Disse também nunca ter tido nenhum contato com Aécio. Naturalmente, se o que Youssef ouviu de Janene puder ser confirmado, pau no Aécio, sem piedade. Como disse Janot, o pau que dá em Chico, dá em Francisco.

  4. Velha novidade, agora com nova explicação, pau que não foi dado a Francisco agora come solto no lombo de Chico. Tanto um como outro sabem muito, não são inocentes, entretanto, um virou delator premiado, outro ladrão impune. Os ladrões do PT ladram por isonomia. Pode?

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