A imprensa nas mãos de Lula

Pode-se fazer uma longa lista dos defeitos de Lula. Mas uma característica tem que ser reconhecida: o cara tem faro político. Como político, é bamba. É uma raposona felpuda. Não fica devendo nada aos grandes mestres do passado, Benedito Valadares, Tancredo Neves.

Tive certeza disso mais uma vez hoje, ao ver as primeiras páginas do Estadão e do Globo. Nas duas, no alto, fotos de Dilma com Eduardo Campos.  O Globo anda sempre mais talentoso, e então, embora bote a foto no alto da primeira página, tem um título pequeno, “Medindo forças”. O Estadão entra no jogo de Lula completamente, feito uma criancinha dócil: além da foto em 4 das 5 colunas, dá manchete: “Ao lado de Campos, Dilma cobra ‘aliado comprometido’”.

Dá vontade de dizer, como aquela loura Val: Hello!

Hello, pessoal! Acorda aí!

A eleição é em outubro de 2014, estamos em março de 2013.

Antecipar o tema foi tática do Lula. A imprensa não precisa entrar no jogo dele.

Que a imprensa registre a campanha eleitoral antecipada, tá. Mas que se registre, lá dentro, em página interna, sem grande destaque.

Dar manchete com esse assunto é ridículo, é completamente extemporâneo. É submissão completa aos planos do Lula.

26 de março de 2013     

 

2 Comentários para “A imprensa nas mãos de Lula”

  1. Olá, amigo!
    Direto na veia, como sempre! Parabéns!

    Um reparo: fiquei um tantinho desconfortável qdo. vc disse que ele é comparável a Benedito Valadares, Tancredo Neves.Até pq estes faziam “Política” e Lula…bem….vc sabe o que Lula faz e como ele faz.Infelizmente ele está pautando a midia, sim. Abs.

  2. Nunca antes na história deste país concordei tanto com o Sérgio Vaz. Nosso medo é que ele queime a Dilma em 2013 e se seja ALÇADO em 2014 como salvação da pátria.
    Ingênuos os que acreditam que ele saiu da disputa. O cara é raposa mais que felpuda. Já vi este filme em 2002. Ele colocou o partido na parede dizendo-se não candidato. O PT deixou seu lado xiita e fez as políticas de alianças que ai estão. E ELE foi eleito, uma, duas, três … e quatro?
    MarinaS neles.

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