Olga Vasone, figura maravilhosa, solar, sempre bem humorada, era repórter da Geral. Fui colega dela no primeiro ano da ECA; depois do JT ela iria para a Rede Globo, onde ficaria anos e anos.
Um absurdo nunca mais ter ouvido falar nela.
Olga estava um dia absolutamente inclinada sobre um daqueles conjuntos de mesas, mostrando alguma coisa num papel para o chefe de reportagem, não me lembro qual era ele na época. Naquela posição, Olga projetada para cima das mesas, abriu-se um espaço entre a camisa e o jeans, a derrière majestosa de Olga.
A cena demorava. Inajar de Souza, veterano, safado, sacana, conhecido pelo apelido (bem mais justo que o cós do jeans de Olga) de Cafa, chamou a atenção de várias pessoas; quando havia boa platéia vendo a cena por trás de Olga, o Cafa deixou, gentilmente, cair uma caneta Bic entre as nádegas da foca.
A qual reagiu – é preciso que se registre – com uma fleugma britânica, um bom humor carioca, sorrisão aberto.
Grande Olga Vasone.
Imagino que se uma cena dessas acontecesse hoje, iria dar Boletim de Ocorrência com base na Lei Maria da Penha. Não, não é saudosismo. É só constatação.
Postado em fevereiro de 2011