Sem saber ao certo o que a estava esperando, Laïs de Castro acompanhou na quarta-feira (dia 20 de janeiro de 2010) a equipe deste Jornalistas & Cia para um encontro-surpresa. Reservamos para ela, com o apoio da Abril, uma espécie de reencontro com o seu passado, com seus primeiros dias de jornalista, com seu tempo de repórter da revista InTerValo, um grande sucesso editorial da editora nos anos 60.
Naquele período, Laïs, uma jovem de 20 anos, teve a oportunidade de cobrir para a revista, entre outras pautas, os festivais de MPB da Record. Isso lhe valeu o privilégio de conviver, ainda que de forma efêmera, com alguns jovens talentosos que pouco depois se transformariam em monstros sagrados da música popular brasileira, casos de Elis Regina, Caetano Veloso, Chico Buarque de Hollanda, entre outros.
Convocada por Sérgio Vaz, criador do site 50 Anos de Textos (https://50anosdetextos.com.br), Laïs se dispôs a escrever sobre passagens importantes de sua carreira. Começou exatamente pelo tempo da InTerValo e dos festivais, e o fez inicialmente com dois textos primorosos e que carregam generosa dose de emoção. No artigo de estréia, aliás, finaliza revelando que não guardou nenhum exemplar da revista, fotos, gravações, e que pagaria qualquer dinheiro para ter de novo um daqueles exemplares.
Na quarta-feirta, num almoço no restaurante panorâmico da Abril, ela recebeu das mãos de Grace Souza, responsável pela Memória Abril, numa iniciativa que contou com a cumplicidade do vice-presidente de Relações Institucionais Sidnei Basile, um exemplar fac-simile de uma das edições de InTerValo com matérias do festival da Record. Grace disse não ter certeza de que era exatamente o exemplar a que Laïs se referiu em seu texto, pois a revista não tinha o costume de publicar a assinatura de todas as matérias e a reportagem do festival não estava assinada. Laïs explicou a razão da ausência de textos assinados: “Éramos poucos e por isso o nosso chefe, o Carlos Coelho, já falecido, impedia que assinássemos mais de um texto por edição, para parecer que éramos muitos”.
Além de rever a empresa onde atuou por mais de 18 anos, em revistas como InTerValo, Cláudia e Boa Forma (“a última vez em que estive aqui foi há uns cinco anos, na despedida de Marilda Varejão, hoje morando em Petrópolis”, recordou), Laïs deixou a Abril tendo em mãos o tão desejado exemplar da revista que um dia fez parte de sua vida e impulsionou sua carreira.
Eduardo Ribeiro, Jornalistas & Cia, Mega Brasil Comunicação
Muitos seres humanos, os não-jornalistas, podem não conhecer Eduardo Ribeiro, mas não há um jornalista brasileiro que não o conheça. Eduardo, bom sujeito, boa praça, sempre generoso e gentil, criou, mais de duas décadas atrás, no Unidade, o jornal mensal do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, uma seção chamada “Moagem”, em que noticiava as movimentações nas redações – quem foi trabalhar em que jornal, emissora de rádio ou TV, assessoria de imprensa, quem saiu, quem assumiu novas funções. Foi um sucesso espetacular, e Eduardo criou então o FaxMoagem, um boletim semanal, enviado para assinantes por fax. Foi o que deu origem ao atual Jornalistas & Cia, boletim semanal enviado por via eletrônica aos assinantes, com diversas páginas – a edição normal desta semana tinha oito – e patrocínio de seis grandes empresas.