Está na Wikipédia. Quando nasce o dia, “o galo canta para avisar ao galinheiro que continua vivo e no comando”. De sobra, aqui na Vila Augusta, Guarulhos, acorda quem não tem nada a ver com isso, caso da minha cunhada Dena.
Dá-se a cantoria entre três e cinco horas. O “nosso” se apresenta às quatro. Por sorte, a Vila Augusta é um bairro urbanizado, com raros quintais rústicos. Porque os bichos têm outra característica. “Costumam cantar após ouvirem o canto de um outro a qualquer distância, formando um círculo de canto que pode envolver vários galos de outros lugares”.
Bom Deus! Estamos em um 12º andar, mas de todos no apartamento a única incomodada pelo galináceo é a Dena. Possivelmente pela posição da janela do quarto dela.
O que fazer? Poderíamos tentar localizar o terreiro, mas de repente o dono tem o galo como pet e nós ficamos com que cara? Nós: “Seu galo está importunando nosso sono”. Ele: “Vão plantar batatas”, confirmando a natureza campestre da discussão.
Se o problema fosse com galinha, ainda teríamos a chance de negociar a feitura de uma canja. Mas galo, além de barulhento, tem carne dura.
Essa qualidade do galo de cantar para avisar que continua vivo e no comando me trouxe uma idéia. Sugerir ao Temer, respeitosamente, que passe a cocoricar três vezes ao dia.
Agosto de 2018