Enquanto preparava um pesto de manjericão da horta para envolver o talharim caseiro, fiquei pensando como era o meu dia 31 de dezembro nos áureos tempos.
Logo após o café da manhã, começavam a pipocar amigos que passavam pra estourar uma champanha que já era pra “espantar o ano velho” – bem, essa era a desculpa que a gente arranjava pra começar a beber antes do meio-dia.
Eles se juntavam aos que já estavam hospedados em casa desde o dia anterior, e entre um trago e outro, ia preparando o almoço e adiantando o jantar.
Já meio zuzubem, no meio da tarde recebia os que costumavam fazer a maratona de visitas: “viemos só pra desejar um feliz Ano Novo”, rapidinho. Só que em branco ninguém passava. Pelo menos um licorzinho rolava.
Quando iam embora, pensava: bom, agora é hora de descansar um pouco pra aguentar o repuxo. Que nada. Era a hora das vizinhas que passaram o dia na cozinha e que iam contar o que tinham preparado para a última ceia do ano.
Depois disso tudo, era chegada a hora do banho e de se emperiquitar para a noitada.
E lá vinham vinte, trinta pessoas convidadas e mais quem quisesse chegar.
E a festa animada ia até o dia clarear.
Como podia? Hoje com um mero macarrão ao pesto já me joguei no sofá e aqui estou esperando que as panelas comecem a trabalhar sozinhas para o jantar.
Mas ainda com fôlego pra desejar um Ano Novo cheio de alegria e de saúde a todos os que me acompanham aqui.
Feliz 2024!
N. da R.: Esta delícia de texto foi escrito pela Vera para o Facebook. O Valter Bernat e eu, que não somos bobos nem nada, roubamos de lá para publicar respectivamente em O Boletim e aqui.
E Mary e eu aproveitamentos para desejar também feliz 2024 a tutti quanti! (Sérgio)
Não podemos perder bons textos e este é ótimo pro último dia do ano…
Obrigado…