No tempo do pós-moticiatas

Nova modalidade esportiva pode surgir no País, em 2023. Certo militar reformado do Exército, depois de alçar altos vôos, se vê no nível mais rasteiro do chão. O que fará? Ora, por que não aproveitar o caldo daquilo que foi chamado de motociata para instituir um rally?

A competição terá início e fim no Rio de Janeiro. Muito justo, pois o organizador perdeu a facilidade de meios de transporte aéreo e terrestre sem custo para se deslocar a outras praças. Alguém dirá: E os patrocinadores? Parece difícil empresas ou pessoas físicas investirem em perdedores.

Mas… o amor ao esporte! Sempre haverá fanáticos que se lançam a qualquer aventura. Imaginemos o pelotão saindo da Avenida Rio Branco (caso a Prefeitura libere a área) e se destinando a Jacarepaguá. Durante o trajeto, espera-se a mobilização de admiradores e torcedores, com bandeiras de seu concorrente.

Sim, porque, como trata-se agora de uma competição, os participantes terão sua própria torcida. Não será de estranhar o surgimento de cartazes reaproveitados de campanha eleitoral com frases desaforadas ao organizador.

Só resta ao autor deste texto uma dúvida. Será que o militar reformado gosta mesmo de motocicleta?

Setembro de 2021

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