É temerário para um redator citar, em mensagem ao editor, um episódio ocorrido entre Bernard Shaw e Winston Churchill. A resposta será uma pauta para ser cumprida, sobre frases memoráveis de personalidades. Felizmente, como é assunto agradável, segue abaixo o resultado de garimpagem no Google.
Telegrama de Shaw para Churchill:
– Tenho o prazer e a honra de convidar digno primeiro-ministro para primeira apresentação minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver.
Resposta de Churchill para Shaw:
– Agradeço ilustre escritor honroso convite. Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver.
Em outro episódio, Churchill discursava, quando uma deputada da oposição pediu um aparte. “Se Vossa Excelência fosse meu marido, eu colocava veneno em seu chá”, vociferou. O primeiro-ministro tirou os óculos, percorreu com o olhar os presentes, e respondeu: “Se eu fosse o seu marido, tomaria esse chá”.
Conta-se ainda que, quando Churchill fez 80 anos, um fotógrafo de uns 30 fez fotos e depois disse ao aniversariante:
– Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos.
Resposta:
– Por que não? Você me parece bastante saudável.
Não achei dois episódios com Shaw, mas os guardei na memória e vou tentar reproduzi-los.
Vinha ele por uma praça, com um amigo, quando um homem, carregando nos ombros um relógio de parede, passou por eles e, descuidadamente, deu um esbarrão com sua carga no dramaturgo. E este, voltando-se para o homem:
– Por que você não usa um relógio de bolso como todo mundo?
Uma senhora da sociedade queria atrair Shaw para suas relações sociais e mandou-lhe um bilhete:
– A senhora (fulana) tomará em casa o chá das cinco.
Recebeu a resposta:
– O senhor Shaw também.
Albert Einstein recebeu uma carta da miss New Orleans. Ela dizia que gostaria de ter um filho com ele. “Nosso filho teria a minha beleza e a sua inteligência”, escreveu. O físico respondeu: “Querida miss, o meu receio é de que o nosso filho tenha a sua inteligência e a minha beleza”.
Dezembro de 2020