Um certo Chorão causou prejuízo de R$ 32 bilhões à Petrobrás. Não que fosse sua intenção fazê-lo. No ano passado, anunciando-se como motorista particular, concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados, por Goiás – mas não levou. Hoje, tem como principal prerrogativa ser um dos líderes dos caminhoneiros.
Foi com essa credencial que ligou na tarde da quinta-feira para a Casa Civil, onde tem bons contatos. Mandou um recado para o ministro-chefe, Onyx Lorenzoni. A categoria não estava digerindo o anunciado aumento de 5,7% no preço do diesel. A luz vermelha acendeu. Risco de uma greve como a que paralisou o País no ano passado.
O recado de Chorão pôs o ministro-chefe a correr. Levou a queixa a Bolsonaro, que também se apressou. Não perdeu tempo em falar com seu ministro da Economia, que estava em um encontro de trabalho nos Estados Unidos. O telefone toca na presidência da Petrobrás, e quem chama? O presidente da República.
Da tarde para a noite, o aumento havia se desfeito no ar. As consequências logo viriam. Ações da estatal no chão, prejuízo bilionário. Consequência de um reclamação de Chorão, que aliás se chama Wallace Landim.
Abril de 2019