Satanizar o capital privado, o mal em si, e santificar a economia de Estado, que reúne os puros e bem-aventurados. Não importa se isso remete o país ao século passado ou ao anterior. Na cabeça dos profetas do atraso vale tudo para espicaçar o governo do interino Michel Temer e seus apoiadores. Esse é o intuito da campanha “Se é público é de todos”, a ser lançada amanhã, no Rio, tendo o ex-presidente Lula como convidado de honra.
A iniciativa nada tem de nova. Foi usada a mancheias na campanha presidencial em que Lula constrangeu o tucano Geraldo Alckmin antes de derrotá-lo. Na época, Alckmin reagiu à acusação de que seria privatista posicionando-se contra o legado de FHC e vestindo jalecos com selos da Petrobras, Caixa, etc.. Um vexame.
Agora, a reedição da pendenga é questão de sobrevivência para Lula e o PT, hoje sem qualquer bandeira crível para convencer os eleitores, seja para o pleito municipal deste ano, seja para 2018.
A ideia é usar a velha roupa dos idos de 2006 – que ainda faz sucesso no público cativo — para se desgarrar da presidente afastada Dilma Rousseff, acrescentando algo na cantilena do “golpe”, que já perdeu força, embora Dilma, sem alternativa, continue a repeti-la.
É fato que antes de voltar ao estatismo o PT tentou outras artimanhas. Imaginou colar em Temer a ideia de que ele acabaria com os programas sociais, algo que ele, nem que tentasse, conseguiria estragar mais do que o governo Dilma estragou. Em seguida, diante das gravações envolvendo Romero Jucá e Fabiano Silveira, Renan Calheiros e José Sarney, achou que poderia inverter tudo e atribuir ao grupo de Temer a tentativa de melar a Lava-Jato. E fez isso de cara lavada, como se ministros de Dilma, ela própria e o ex Lula não tivessem sido flagrados em escutas ainda mais comprometedoras.
Nenhuma das táticas conseguiu entusiasmar o público. No máximo, colocou palavras de ordem na boca da torcida.
As chances de sucesso do neoestatismo também são limitadíssimas. Ao contrário. Deixará os pagantes da farra pública ainda mais irritados e só terá sucesso entre nomeados e abençoados e alguns grupamentos de funcionários públicos.
Para a maior parte das pessoas, o Estado é uma lástima. Está onde não devia, enche as burras de privilegiados e não se faz presente onde é imprescindível. Não está no posto de saúde, no hospital, nas escolas, na segurança, mas se impõe em negócios milionários travestidos em obras que nunca terminam ou, quando terminam, são de segunda linha. Brilha em empresas públicas sem qualquer serventia. Sustenta a corrupção.
Em oito anos de governo, Lula criou seis estatais e recriou uma, a Telebras, que cuidaria de fornecer soluções de inclusão digital, a tal banda larga para todos, que ficou na promessa. Inventou o inexistente Banco Popular do Brasil e a Ceitec, uma fábrica de semicondutores, tão moderna que, em seu site, registra online o balanço de 2013 – o de 2014 está na versão papel e tem de ser retirado pelo interessado na sede da empresa –, além da controvertida Empresa Brasil de Comunicação (EBC), hospedeira da TV Brasil, vulgo TV Lula.
Com 2.600 funcionários, a EBC já consumiu R$ 3,6 bilhões. Embora tenha independência no papel, a empresa se tornou abrigo de comunicadores alinhados. Sem audiência – em seu site confessa que em 2015 o Ibope aferiu visibilidade de 32 milhões em seis capitais, ou seja, 87.671 espectadores ao dia –, a empresa tem força no ambiente palaciano e é alvo de um cabo de guerra entre Dilma e Temer. E seja lá quem vença a batalha, o contribuinte continuará a custeá-la sem ter sido consultado se desejava ver o seu imposto investido em uma TV estatal, dita pública.
Mais estatizante ainda, Dilma criou quatro empresas em apenas 23 meses. Entre elas a fabulosa Empresa Brasileira de Planejamento e Logística, nome remodelado da Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (eTAV), concebida para tocar as obras do imaginário trem-bala.
Até os que insistem na cegueira sabem da falência do Estado provedor. E que as nações modernas buscam criar salvaguardas para a voracidade do capital. Ninguém precisa reinventar o equilíbrio. Mas os tempos estão tão bicudos que não há espaço para a lógica.
Pior: os mesmos que pregam que “o público é de todos” negociam entre quatro paredes com o privado e querem mesmo é que o público continue sendo de alguns.
Este artigo foi originalmente publicado no Blog do Noblat, em 5/6/2016.
Realmente o público vai voltar a ser de alguns. Melhor um estado alguns para uma minoria do que para a maioria?
Nosso estado não precisa de governo do PT, do PMDB muito menos do PSDB, precisa de um governo participativo. Queremos mais SUS, mais bolsa família, mais médicos, mais escolas. Trabalho temos demais e previdência de menos. Aliás continuam batendo na tecla do déficit previdenciário para justificar o desvio de bilhões da boca de muitos para a boca de poucos.
E tem gente defendendo Temer, estado mínimo, privatizações, mercado, emprego e renda uma cantilena ignorante para não dizer hipócrita.
O Estado para financiar o pato da FIESP, sangues sugas da economia que só subsistem com aval do Estado, querem menos impostos, quais impostos? Tá na cara menos FGTS, menos INSS, menos PIS, menos COFINS que beneficiam trabalhadores. IPI,ICM, ISS, IRENDA, são pagos pelos trabalhadores e não pelos empresários, não custa lembrar.
Não precisamos de governo algum, muito menos de governos privatistas, oligárquicos e …golpistas.
Ontem eram os comunistas, hoje os petistas, sempre a oligarquia aliada a meritocracia golpista a procura de um bode que expie suas consciências.
No passado CCC, hoje MBL.
Circulou pelas redes sociais neste domingo (5) um vídeo que mostra a presidente afastada Dilma Rousseff entrando em um carro sob vaias e gritos de “fora”. O título e a descrição das imagens, com 19 segundos de duração, informam que a petista foi expulsa de uma pizzaria em São Paulo, na noite deste sábado.
No Facebook, a gravação foi publicada na página do MBL (Movimento Brasil Livre), que foi às ruas pelo impeachment de Dilma. Em três horas, o vídeo teve mais de 131 mil visualizações e foi compartilhado mais de 5 mil vezes.
Leia mais em: http://zip.net/bhtmsG
Circulou pelas redes sociais neste domingo (5) um vídeo que mostra a presidente afastada Dilma Rousseff entrando em um carro sob vaias e gritos de “fora”. O título e a descrição das imagens, com 19 segundos de duração, informam que a petista foi expulsa de uma pizzaria em São Paulo, na noite deste sábado
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No Facebook, a gravação foi publicada na página do MBL (Movimento Brasil Livre), que foi às ruas pelo impeachment de Dilma. Em três horas, o vídeo teve mais de 131 mil visualizações e foi compartilhado mais de 5 mil vezes.
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Circulou pelas redes sociais neste domingo (5) um vídeo que mostra a presidente afastada Dilma Rousseff entrando em um carro sob vaias e gritos de “fora”. O título e a descrição das imagens, com 19 segundos de duração, informam que a petista foi expulsa de uma pizzaria em São Paulo, na noite deste sábado
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Circulou pelas redes sociais neste domingo (5) um vídeo que mostra a presidente afastada Dilma Rousseff entrando em um carro sob vaias e gritos de “fora”. O título e a descrição das imagens, com 19 segundos de duração, informam que a petista foi expulsa de uma pizzaria em São Paulo, na noite deste sábado
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Meu amigo Miltinho é um sujeito que possui várias identidades. Ele às vezes se assina como Miltinho, às vezes como Nosso Medo, às vezes como Mary Dilan. Na sua versão Mary Dilan, é insistente. Escreveu uma vez, a mensagem não foi publicada de imediato (quando chega pela primeira vez o comentário de um novo endereço de e-mail, o programa o põe numa lista de espera, para que o administrador o aprove ou não), ele escreveu mais uma, depois mais uma, depois mais uma.
Além de insistente, Mary Dilan é mal informada. Como já esclareceu a Folha de S. Paulo, a cena de Dilma sendo vaiada aconteceu na quinta-feira passada, 2 de junho, quando ela saía de um prédio no Leblon após uma visita ao governador fluminense Pezão. Ninguém a expulsou de restaurante algum de São Paulo.
Se todos os defensores do PT fossem tão insistentes (e mal informados) como o Miltinho, o país estaria ainda mais enfiado no fundo do fundo do poço do que já está.
Sérgio
O Miltinho me provoca com essa história de golpe e eu acabo escrevendo verdadeiras bíblias, cheias de lugares comuns, como fiz no último artigo do Hubert Alquéres.
Mas não adianta nada. Cabeças como as de Mary Dilan e Nosso Medo são absolutamente imunes à lógica e aos fatos. As informações capazes de sensibilizar Miltinho são as narrativa criadas pelos blogs do PT e as declarações insanas de Dilma, Cardoso, Sibá, Gleise e do semi-analfabeto da cara pintada. Os fatos, a letra da lei, as disposições constitucionais, como tentei demonstrar no imenso comentário, não merecem a mínima consideração dessas três almas gêmeas. A realidade e a lógica não podem competir com o charme da ficção petista.
Miltinho, temos finalmente uma boa notícia da estatista Venezuela, para alegrar a você e ao PT. Como você bem sabe, continua bastante ativo aquele passarinho que incorpora o espírito do Chaves e presta consultorias bolivarianas para o Maduro. Não sei em que língua eles conversam, pois soube que Maduro não fala passarinhês. Mas um passarinho brasileiro, com quem troco idéias em Dilmês castiço, me revelou algo surpreendente. O passarinho do Maduro declarou ontem que, apesar de causadas pelos EUA, a fome generalizada, a falta de comida nos supermercados venezuelanos, é um fator altamente positivo para o avanço do socialismo. Motivo? Foi constatado cientificamente, pelo Instituto Bolivariano de Estatísticas – Vox Populi, que, à medida que diminui o consumo de alimentos no país, diminuem também os protestos imperialistas pela total falta de papel higiênico nos supermercados. Sobre o colapso no fornecimento estatal de água, luz, gás e remédios, o passarinho pediu um tempo para pensar, antes de revelar o lado positivo disso no combate ao capitalismo.
A Mary Dilan publicou o desmentido em publicação da Folha, o link esclarece basta acessar.
Mas creio que a publicação do MBL não foi murro em ponta de faca Sérgio.
A narrativa do MBL não pertence ao PT é blog do LC e teve, pasmem, 131 mil visualizações segundo informa Mary Dilan.
Explica porque os coxinhas saíram das ruas.
Cada um com sua Mary. Todos assíduos e seguidores do pensamento progressista de 50anos.
Continuo faca, continuo dando murros, sou imbecil útil, sempre votei na oposição, se ai governo sou contra, sem precisar de passarinhos.
Não me preocupo com o rabo dos venezuelanos, eles que limpem, ou não, com jornal. Lá a economia é fundamentalmente baseada no extrativismo petrolífero.
Aqui não, tirando o PT que governou por 13 anos, tudo são flores e o novo governo levará nossa economia a ser novamente respeitada, de oitava poderemos chegar a sexta, tal como a Coreia do Sul. Pleno emprego e renda tal como nos tempos de FHC.
Temos muito papel higiênico para limpar as cagadas do presidente interinos, vice sem voto. Temos muito quintal, mão de obra barata, riqueza, fauna e flora não dizimadas ainda. O agronegócio equilibra a balança, os minérios são extraídos as toneladas e transformado em bens de consumo (no exterior) e que desequilibra a balança em nosso desfavor. Os empresários daqui verdadeiros pioneiros e insistem que paguemos o pato, a FIESP quer redução de impostos e investimentos do Estado. Querem repassar o pato. Nosso PIB é de 5,8 trilhões de reais, mercado consumidor enorme, que viabilizam a concessões de serviços públicos espertamente privatizados.
Danem-se os cagões da Venezuela, aqui não vai faltar papel.
O PT tenta vender o desmoralizado projeto nacionalista “se é público é nosso” em campanha que deve ter sido iniciada no Rio de Janeiro por esses dias. O desaforo político continua sem qualquer trégua ao público pasmo com tanta destruição provocada pelo líder que enfiou o patrimônio público no esgoto. Repetindo os mesmos mantras do passado, exercitando os velhos mitos de uma tradição que nos fez minúsculos, pobres e decadentes, Lula prepara a plateia para saquear a sociedade em benefício da sobrevivência dos entes estatais destruídos pelo mito do “se é público é nosso”. Já estamos pagando 1 real a mais no litro de gasolina para devolver algum capital a uma Petrobras exaurida por Dilma em todas as linhas de comando da empresa. E isso não basta sequer para recuperar a pintura do elefante branco. Mas a força dos mitos não se dá por vencida: logo vão dizer que foram os inimigos do PT que destruíram a estatal exatamente com a medidas de saneamento que este governo terá que adotar para retira-la da UTI colocada por eles no maior esquema de corrupção na história humana.
Pozzobon, o projeto nacionalista somente é desmoralizado nas colônias…
Faltou o Pozzobom dizer que talvez a maior corrupção da história seja o gasto sem motivo de US$ 1 trilhão no Iraque, com mortes e destruição de infraestrutura.
Talvez, nos países civilizados, o Milton e o Nosso Medo não sejam chamados de “petistas”…
Bem, se a Maria Helena RR está contra ideias ultrapassadas e busca “salvaguardas para a voracidade do capital”, então que junte-se a mim em prol da reforma agrária.
Penso eu, em meus humildes botões, que o latifúndio que manda soja ao exterior – barateando-a para as bocas europeias – e mantém altíssimo o preço do tomate aqui é, sem dúvida, uma ideia ultrapassada (480 anos de ultrapassagem).
A reforma agrária é, também, uma “salvaguarda para a voracidade do capital”, pois aumenta a área cultivada em prol do mercado interno – ou seja, das pessoas de bem que conseguiriam mais alimentos e mais baratos. As frutas e hortaliças seriam mais acessíveis e serviriam na prevenção de doenças, com menos gastos na Saúde.
Conforme o exposto, a reforma agrária, se sabiamente conduzida, é algo excelente, mas realizada apenas nas colônias de povoamento do Sul (São Leopoldo, Gramado, Joinville etc.). Uma ideia moderníssima, que a Maria Helena poderá apoiar. Que tal?
Os privatistas aqui do site não parecem reclamar dos modelos privatistas adotados. Como se tudo pudesse.
As privatizações podem ser muito boas na Europa, mas no Brasil são apenas mais um formato de corrupção.
A CVRD, quando virou a Vale, foi ENTREGUE por US$ 3 bi (menos US$ 0,7 bi de ativos financeiros). Eu disse “entregue” porque não tenho estômago para chamar esse negócio de “venda”.
O Serra jamais aceitaria “vender” a mansão dele por cinco mil reais. Pois, sem dúvida, isso NÃO SERIA uma venda!
O que a turma da entrega advoga é que a recuperação das finanças da Vale geraria melhores tributos. O problema é que o Brasil não é do tipo de país que cobra tributo de grandes empresas (grandes no patrimônio contábil, e não no patrimônio ético), ou mesmo que cobrem soluções junto à Samarco etc.
A sonegação é, para mim, bem real. Apoiar as privatizações, só se for em país decente.
Faltou dizer, Pozzobon: em matéria de corrupção, os petralhas são amadores; profissional da baixaria é o J. P. Morgan e os fãs dele (Mayer Amschel Rockefeller, Prescott Bush etc.).
Peço-te maior pesquisa. Mais conhecimento.