A ex-prefeita e senadora Marta Suplicy filiou-se ao PMDB na manhã de hoje com festa, presença maciça dos poderosos do partido, fogos de artifício e coro ensaiado de “1, 2, 3, 4, 5 mil, Marta pra São Paulo e Temer pro Brasil”.
A ex-petista foi elogiada por todos os seus novos companheiros. O presidente do Senado, Renan Calheiros, comemorou a adesão e o da Câmara, Eduardo Cunha, exortou o PMDB a seguir o caminho de Marta e romper com o PT.
Vale lembrar que nesta semana o PMDB que recebe a dissidente petista negociou cinco ministérios – que poderão ser seis – para continuar no barco à deriva que é o governo Dilma Rousseff. Em São Paulo, o partido tem quatro secretarias na administração do impopular Fernando Haddad, incluindo a poderosíssima pasta da Educação.
Em campanha aberta para derrubar Dilma e assumir o posto, o vice-presidente da República Michel Temer não abriu mão dos cargos municipais. Disse apenas que eles estão à disposição do prefeito paulistano, como se não estivessem antes. Esse é o PMDB.
A filiação a um partido estruturado, com tempo na TV, restabelece parte da competitividade de Marta na disputa das eleições do ano que vem. E enche de esperanças o PMDB, que vê chances reais de deixar de ser linha auxiliar ora do PSDB ora do PT na maior cidade do país.
Encantada com o ânimo de seus neo-companheiros, Marta devolveu os afagos. E foi quase tão longe quanto o ex Lula ao se deixar ser fotografado ao lado de Paulo Maluf para eleger Haddad: “Considero Sarney um gigante na política”. Esta é a Marta.
Este artigo foi originalmente publicado no Blog do Noblat, em 26/9/2015.
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