No dia em que Marina completou dois anos, em que se completaram dois anos de Marina fazendo a mãe dela feliz como jamais havia sido antes, multidões imensas foram às ruas do Brasil protestar contra a incompetência e a roubalheira do governo do PT, desabafar que não aguenta mais, e quer um país melhor.
Multidões. Muchedumbres. Às vezes o vizinho espanhol tem palavras mais fortes, mais impressionantes que a Última Flor do Lácio, Inculta e Bela. (A foto acima é de Michel Filho/Agência O Globo. As fotos abaixo são minhas. )
Aconteceram discussões sobre números – até porque houve as manifestações chapa branca dois dias antes, na sexta-feira 13. Chapa branca: organizadas pela CUT, pelo MST, por essas grandes organizações que recebem milhões e milhões do governo lulo-petista. As pessoas todas vestiam camisas vermelhas pagas pela CUT, pelo MST, com o dinheiro que vem dos impostos que nós pagamos. Eram manifestações chapa branca, pagas em boa parte com o dinheiro da gente, mas eram contraditórias, esquizofrênicas: defendiam o governo Dilma enquanto metiam o pau nas mais recentes medidas do governo Dilma.
Mas neste momento não é a esquizofrenia que importa – eram pró-governo. E então houve discussões sobre os números dos atos da sexta e dos atos deste domingo.
Não há qualquer possibilidade de comparação. Os atos chapa branca da sexta, em que muita gente foi em troca do pagamento de R$ 35,00 e um sanduichinho, reuniram, no país inteiro, 33 mil pessoas, segundo as estimativas das Polícias Militares, ou 157 mil, segundo os próprios organizadores.
Eu não deveria perder tempo com isso, mas vamos lá, vamos especificamente para São Paulo, Avenida Paulista. Na manifestação de sexta-feira, o Datafolha estimou a presença de 41 mil pessoas. Os organizadores falaram em 100 mil. A PM calculou 12 mil.
Neste domingo em que Marina fez 2 anos, estávamos lá na Avenida Paulista, cada um vestindo camiseta e/ou camisa comprada com seu próprio dinheiro, sem pagamento de cachê, sem sanduichinho pago, 210 mil pessoas, segundo o mesmo Datafolha que estimou os lulo-petistas em 41 mil.
Segundo o cálculo da PM, no entanto, éramos cerca de um milhão de pessoas.
Ah, diriam os lulo-petistas, mas o cálculo da PM não pode: a PM é do Alckmin.
É foda. Perdão pela palavra dura, mas é foda.
A PM de São Paulo não é do Alckmin – é do Estado de São Paulo. Os lulo-petistas, que confundem o que é do Estado com o que é dos ocupantes transitórios do governo, vão aproveitar o cálculo do Datafolha e dizer que tinha só, apenas, tão somente parcas, ínfimas, pouquíssimas 210 mil pessoas.
A PM de São Paulo explicou em nota como foi seu cálculo.
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Mas na verdade a exatidão dos números não importa tanto assim.
Só loucos varridos ousariam comparar o que aconteceu no Brasil na sexta-feira 13 com o que houve neste domingo 15.
Demos de goleada nos pró-Dilma. De goleada – uma goleada mais estonteante do que o 7 a 1 da Alemanha em cima da Seleção do Felipão.
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Eu queria fazer um texto pessoal, e ao mesmo tempo gostaria de fazer um texto sério, objetivo. Não estou conseguindo nem vou conseguir fazer uma coisa nem outra.
Paciência. Faço sobre este dia histórico, ainda sob o efeito da emoção forte, um texto mesmo que vagabundo, porque tudo na minha vida agora vira texto, como diz minha filha. E simplesmente não dá para não registrar um pouco sobre o 15 de março de 2015.
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Um pouquinho de objetividade, de seriedade:
Como o governo recém-iniciado vai fazer daqui pra frente, ao longos dos próximos três anos e nove meses, se está óbvio que uma parte gigantesca, imensa do país não o aguenta mais?
Como o governo do PT vai fazer com São Paulo, onde há panelaço no momento em que a presidente aparece na TV para falar suas asneiras, há panelaço no momento em que dois ministros – Rossetto e Cardozo – são escalados para dar entrevista coletiva, para tentar dividir um pouco do espaço dos programas de TV e dos jornais da segunda com os protestos em si?
Como o governo do PT vai fazer com São Paulo, em que um milhão de pessoas, segundo a PM, vai às ruas para dizer fora Dilma, fora PT? E um milhão de pessoas só na capital, sem contar as multidões em Campinas, Franca, Jundiaí, Ribeirão Preto…
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Ah, sim, aí é necessário voltar à questão dos números.
A Folha de S. Paulo – a Bolha, a Falha – anunciou com orgulho em seu portal os tais 210 mil manifestantes contados pelo seu instituto de pesquisa.
Alguém do marketing da Bolha deve ter percebido que aquele negócio de 210 mil manifestantes tinha pegado mal – e logo a Falha mudou a manchete para dizer que o nosso ato anti-PT, anti-Dilma, anti-Lula, tinha sido a maior manifestação popular no Brasil desde as diretas-já, em 1984.
Não a maior desde o fora Collor, vejam bem, meus eventuais três leitores. A maior desde as diretas-já.
Ai, ai.
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Não consigo fazer um texto objetivo em um dia como hoje.
Estive nas manifestações das diretas-já.
Estive nas manifestações do fora Collor.
Nunca senti uma emoção tão forte, numa manifestação política, quanto senti hoje.
Jamais imaginei que ia ter tanta gente.
Nenhuma daquelas pessoas daquela absurda muchedumbre tinha idéia de que iria ter tanta gente. Tenho certeza disso. Nenhum analista político, nenhum Oswald de Souza.
Era gente pra caralho. Era um mar de gente que não acabava mais.
Fui me espantando desde a Avenida Sumaré com a quantidade de gente de camisa amarela. No Metrô Sumaré, arrepiei. Nas Clínicas, entraram trocentas pessoas de camiseta ou camisa amarela. Parecia que não tinha outro tipo de passageiro – éramos todos fora Dilma, fora PT.
Saí na Consolação para ver mais de longe a coisa. As duas pistas da Paulista já estavam fechadas aos carros, e as pessoas de saco absolutamente cheio do PT, de Dilma, de Lula, de tanta mentira, de tanto engodo, de tanta incompetência, enchiam as duas pistas, ou seja, as seis faixas por onde passam carros e ônibus.
E, ao contrário do que a gente tinha visto nas fotos dos atos da sexta, não havia uniforme. Não havia a mesma camiseta encomendada por uma grande, gigantesca CUT e distribuída de graça para militantes pagos.
Cada pessoa usava a camisa paga por ele próprio, com o dinheiro dele próprio.
Não tinha o “centralismo democrático” stalinista. Éramos o povo – não a massa de manobra que os partidos ditos de esquerda usam para seu propósito de chegar ao poder e jamais sair dele.
O PT se acha o dono do povo – os oprimidos, os destituídos, os sem-tudo. Por se achar o dono do povo, entende que, agora que chegou lá, não sai mais.
Marilena Chauí, a filósofa do PT, foi filmada dizendo, com voz de filme de terror, que tem ódio da classe média.
Ninguém governa – diz a Mary, com muita ciência – sem a classe média.
A classe média é o esteio, a balança, o leme.
O PT não entende as classes médias, diz a Mary, e é impossível contraditá-la.
Trabalhador de São Paulo não gosta de esmola, não gosta que digam o que ele tem que fazer, como ele tem que pensar. Trabalhador classe média baixa de São Paulo tem orgulho das coisas que conquistou com seu trabalho.
Os sanguessugas do lulo-petismo, os que acham que podem viver a vida toda nas tetas do governo, jamais vão entender como pensa a classe média. Eles são os antípodas da classe média.
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Andando hoje pela maior metrópole do pais, pelo centro da locomotiva que arrasta a tralha chamada Brasil (pedindo emprestada a frase de Chico Buarque, por sua vez baseada na sabedoria popular), fiquei pensando que o lulo-petismo está numa encruzilhada difícil.
Se tivesse vergonha na cara, devolveria o Brasil aos brasileiros não ladrões, com pedidos de desculpa pela horrorosa bagunça em que deixou o país. Mas o lulo-petismo não tem qualquer tipo de vergonha na cara.
Se Dilma Rousseff tivesse algum tipo de simancol, de espelho, de autocrítica, renunciaria, com pedidos de desculpa pela horrorosa bagunça em que deixou o país. Mas Dilma Rousseff não tem qualquer tipo de vergonha na cara, não tem a menor idéia do que sejam coisas tipo simancol ou autocrítica.
A rigor, a rigor, a rigor, não há – pelo que dizem os doutos doutores em lei – motivos, por enquanto, para pedirmos a abertura de um processo de impeachment.
Então nós temos, nós, o povo, nós, os 80 milhões que não votamos nela, que escolher entre duas possibilidades: esperar mais três anos e nove meses para essa incompetente afundar ainda mais o país, enquanto fazemos uns protestos a cada um mês, ou dois; ou ficar quietinhos, caladinhos, numa boa, enquanto essa incompetente afunda ainda mais o pais.
Legal!
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Quando fomos pedir diretas-já, não sabíamos exatamente o que viria depois. Queríamos apenas isso: diretas-já. Quando fomos pedir fora Collor, não sabíamos de forma alguma o que viria depois. Por que raios não podemos pedir fora Dilma?
Ah, sim, sim, se o PT for afastado, ele vira uma fera, e inferniza a vida do país!
Mas, meu Deus do céu e também da terra, o PT inferniza a vida do país desde sempre. Recusou a Constituição, recusou o colégio eleitoral, recusou o Plano Real. O PT sempre foi o PT, o horror do horror do horror.
Por que temer que ele vá ser pior se o povo unido na rua insistir em mandar ele embora?
15 de março de 2015
Ahnn… Alô, CIA. Agora que o Sabá expôs nosso segredo, melhor eu devolver a grana que vocês depositaram na minha conta, tá bom?
Participei de todos os protestos contra a ditadura realizados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, desde muito antes do surgimento do PT. E sempre muito bem acompanhado pelo que hoje os petistas chamam de elite branca cheia de ódio. Brasília já nasceu politizada. Certa vez, saindo do trabalho, no Ministério da Fazenda, fui participar de um daqueles inúmeros buzinaços que aconteciam rotineiramente na Esplanada. O meu Passat de elite, cor marrom, ano 76, teve a honra de ser chicoteado no teto pelo General Newton Cruz em pessoa, montado no seu cavalo sem cheiro de povo. Com isso, ele só conseguiu tornar o buzinaço mais estridente. Empertigado, prosseguiu chicoteando furiosamente outros carros da elite branca. Também me misturei à elite branca na campanha pelas diretas, que aconteceu sem maiores incidentes. Não havia alternativa, pois, nessa época, a população mais pobre daqui parecia totalmente indiferente à ditadura. Essa mesma elite branca de Brasília, cheia de ódio e manipulada pela imprensa, votou maciçamente em Lula, contra Collor, ao contrário dos mais pobres, que preferiram o Caçador de Marajás. Me lembro bem que, no “fora Collor”, eu e alguns representantes da elite branca fomos parar na Delegacia de Polícia do meu bairro. Haviamos tentado forçar a passagem em uma barreira da PM, para protestar em frente à Casa da Dinda, que fica próxima de onde eu moro, no Lago Norte. Os policiais não deixavam passar os integrantes da elite branca, facilmente identificáveis, por estarem vestidos de preto e portando bandeiras pretas. Mas permitiam a passagem dos que apoiavam Collor, vestidos de verde e amarelo, como ele havia pedido. Em sua grande maioria, eram pessoas mais humildes, residentes na periferia, que iam aplaudir o herói no portão da famosa Casa da Dinda. Bons tempos aqueles, em que a moderna sociologia petista ainda não tinha revelado ao Brasil que a participação da classe média era politicamente incorreta. Quase toda a elite branca da Capital votou no PT durante anos. A população de Brasília continua muito politizada e participativa no atual “fora Dilma”. 50 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios no dia 15. Porém, aqui, o PT não conseguiu jogar uma classe social contra outra. Muitos dos que foram ao protesto na Esplanada, que fica em frente à Rodoviária de Brasília, chegaram de ônibus, vindos das cidades-satelites. Certamente não foram lá apenas para se passarem por componentes da prestigiosa elite branca cheia de ódio. A imensa maioria da cidade, hoje, rejeita Dilma e o PT. Não deixaram o governador petista, Agnelo, nem chegar ao segundo turno. Aécio e Marina receberam aqui, cada um, no primeiro turno, praticamente o dobro dos votos de Dilma. Outra prova é que somente 600 corajosos petistas, segundo cálculo da PM, compareceram ao ato de apoio a Dilma, no dia 13. Será que os milhões de moradores da periferia já adquiriram a sua varanda gourmet? Certamente existem mais do que 600 petistas em Brasília. Não é possível que estejam em extinção no DF, precisando de atenção do IBAMA. Mas eles parecem cada vez mais arredios, envergonhados de revelar seu credo político em público.
A classe média sempre foi vanguarda, chamada de burguesia, ela fede desde a revoluçào francesa. Hoje no Brasil, surgiu há coisa de 20 anos, uma SUB CLASSE MÉDIA. JUNTAS somam 51 milhòes de eleitores e foram as ruas para CONTESTAR as eleiçòes e para enfrentar 54 milhòes que nào rezam na mesma cartilha. Quem sào estes que ousaram eleger DILMA? Sem o que se chama de povo nào conseguirào reassumir o poder. Querem a cabeça e o sangue da presidenta, para tal precisam convencer o povo. Em agosto de 1954 os golpistas sangraram Getúlio, em 1964 novo golpe sangrou Joào Goulart. A classe média golpeia com classe, sempre justificam os golpes em nome do Brasil e se apresentam como representantes do povo e da classe trabalhadora. Para golpear precisam do povo, depois abandonam o povo á própria sorte! Dia 15 de março faltou povo, nós das classes média e sub-média fomos ás ruas sem eles.
a tal mídia golpista, apoiada numa base social insatisfeita, está ganhando sobrevida, uma vez que crescentemente perde leitores, ouvintes e telespectadores. As manifestações de 15/03 foram, portanto, conclamadas, infladas e coordenadas pelos grandes meios privados de comunicação, capitaneadas pelo Sistema Globo de Comunicação.
Não deixa de ser significativo que, sem isso, certamente o número de participantes seria muito menor, até pelo perfil individualista, despolitizado e desmobilizado dessas classes médias.
O ÓDIO DE CLASSE DA “MIDDLE CLASS” TRADICIONAL
por Francisco Fonseca.
A classe média “tradicional”, composta, entre outros, por profissionais liberais, por executivos de médio e alto escalão de empresas, normalmente privadas, e de uma gama de trabalhadores que vivem “por conta própria” – caso de certos tipos de consultores e um sem-número de prestadores de serviços –, cuja renda é alta, desenvolveram ódio de classe aos pobres sem igual.
Esses grupos associam o PT ao “definhamento do mérito individual” em razão: a) das políticas redistributivas, sobretudo da transferência de renda via Bolsa Família, que supostamente implicaria “ajuda aos não merecedores” e formação de “curral eleitoral”; b) da participação dos pobres, dos trabalhadores sindicalizados e dos movimentos sociais nas políticas de governo; e c) da percepção simbólica de que se trata de um governo “para” os trabalhadores, em que a classe média tradicional não teria espaço; d) do incômodo de que a ascensão econômico/social dos trabalhadores faz com que esses grupos ocupem espaços reais – mas com profunda significação simbólica – até então exclusivo desta classe média e das elites. Alguns exemplos são marcantes: cotas para grupos vulneráveis, notadamente os negros, em universidades e cargos públicos; revisão da forma de ingresso na universidade, retirando o vestibular – instrumento de filtragem das elites – como única forma para tanto; acesso a bens de consumo e serviços jamais tidos pelos pobres, casos dos automóveis, viagens aéreas, frequência e consumo em shopping centers, consumo de bens de determinadas marcas etc. Em outras palavras, a “meritocracia”, verdadeira ideologia utilizada para justificar privilégios históricos, nesse caso, estaria, de acordo com essa percepção, sendo corroída pelos governos petistas: daí o ódio potencial ao PT, mas agora ostensivo e destituído de vergonha de se pronunciar. Afinal, o lema “cada macaco no seu galho” estaria sendo desrespeitado pelo petismo, o que seria inadmissível a uma sociedade cujas entranhas ainda é fortemente hierárquica e desigual (em vários sentidos), uma vez que os legados latifundiário e escravista não foram desfeitos.
Essa middle class, cujo norte é a simbologia do “self made man” estadonidense, percebeu que, pelo voto, não ganhará e, dessa forma, parece ter descoberto o uso das redes sociais para se mobilizar, o que é inédito em se tratando desse agrupamento social, cuja visão predominante é o individualismo.
Mas deve-se atentar para o papel jogado pelos “inocentes úteis” das chamadas “classes médias ascendentes”, em que o papel das políticas governamentais petistas é crucial para sua ascensão, por meio do ProUni, da valorização do salário mínimo, da ampliação e consolidação do mercado interno, da extensão do crédito (produtivo e ao consumidor), da ampliação das universidades públicas e de seu acesso mais diverso (como apontamos acima), entre outras. Esses grupos, genericamente chamados de “classe C”, tendem a reproduzir o discurso de valorização do mérito individual, esquecendo-se que sua ascensão é resultante da vontade política, consolidada em políticas públicas, reitere, dos Governos Lula e Dilma. Daí deriva o perigo do discurso das classes médias tradicionais e das elites se “popularizarem”, virando a tendência reformista incremental de centro-esquerda representada – embora de forma bastante contraditória – pelo petismo, em prol do conservadorismo de uma “nova direita”.
Ih, os dois milhões que fomos às ruas só fomos porque a Rede Globo mandou, diz o Miltinho!
Para o Miltinho, nós somos dois milhões de idiotas! Os 33 mil, politizados, segundo a contagem da PM, ou 157 mil, segundo a contagem dos próprios organizadores, foram às ruas para defender o governo porque são patriotas, inteligentes, politizados.
(Principalmente os que ganharam R$ 35,00 mais lanchinho.)
Nós, os dois milhões, somos uns idiotas, uns maria vai com as outras, uns seguem o que a Rede Globo mandar…
Ah, Miltinho, vai se catar, vai…
Abração.
Sérgio
Nào sào idiotas, sào uma pequena parte dos 51 milhòes que perderam as eleiçoes e tentam dar um novo golpe. Elite branca, raivosa e golpista! Usurpadores da história, agora se dizem protagonistas das ‘diretas já’ do ‘fora Collor’ e ae emprenham pelos olhos e ouvidos através da Globo.FOLHA,ESTADÀO. Nào sào idiotas representam exatamente 3,92157% do eleitorado perdedor.
Continuem o rolezinho dominical, 2018 se aproxima. Até lá quem teremos uma refoma política
ATÉ LÁ, QUEM SABE TEREMOS UMA REFORMA POLÍTICA?
Tá bom, Miltinho. Vou devolver a grana que a CIA depositou na minha conta. E, para saber da verdade dos fatos, vou ler só aquele site independente, o 247, tá?
Um abraço.
Sérgio
Miltinho, eu não tinha notado essa foto cheia de significados do Sérgio Vaz na passeata. Primeiro, o motivo dessa alegria toda, desse sorriso aberto: a cotação do dólar disparou para R$ 3,30 e a CIA sempre patrocina manifestações golpistas com pagamento em verdinhas. Essa história de que ele recebe na conta bancária é só para confundir. Todos sabem que a CIA tem o mesmo know-How do Delúbio e do Vaccari quanto à entrega em espécie, diretamente na mão do sujeito. Essa mesma foto já deve ter sido enviada por Whatsapp para a sede em Langley. Além de comprovar o comparecimento dele ao local da operação, ela envia outras mensagens cifradas. Perceba que ele está com uma bolsa preta a tiracolo, informando à CIA que já recebeu a bufunfa. Quem tem site e blog ganha mais dinheiro. Eu, por exemplo, recebo a minha parte em panelas. A cabeça encoberta do peixe bordado na camisa amarela é a senha de que ele não foi seguido pelo Sibá Machado. Já a barba significa que ele continua como agente duplo. Literalmente: “Enganei os trouxas e ainda faturei R$ 35,00 e um lanchinho no dia 13”. Um sujeito de camisa azul atrás do ombro esquerdo dele significa “tudo azul, já passou de um milhão aqui”. Se estivesse no ombro direito,ou sem chapéu, significaria “foi um fracasso, igualzinho à do PT”. Só não decifrei ainda o motivo de ele ter feito questão de tirar a foto com o letreiro do HSBC ao fundo. Pode ter algum significado secretíssimo até para mim, ou é apenas um “até agora tudo bem, os blackblocs não vieram”.
As fotos não sarão da parada gay de sampa? Quanto colorido!
Essas manifestações foram maravilhosas, e São Paulo deu um exemplo e tanto a todo o país.
Adorei a foto e o adesivo “Fora Dilma” na camiseta!
Os últimos parágrafos fecharam com chave de ouro.
[os comentários também estão ótimos; o último do Luiz Carlos é hilário].
Obrigado, Jussara. A intenção é provocar o Miltinho, que se declara um ex-petista arrependido, mas acredita piamente nas teorias conspiratórias do Sibá Machado e nos jargões criados pelo marqueteiro João Santana. Note o duplo sentido da classificação ex-petista arrependido, criada por ele quando revelou que ia votar em Marina. Eu e o Sérgio Vaz não estamos nada convencidos de que o Miltinho se arrependeu completamente do tempo que passou usando barba cerrada, levantando o punho esquerdo cerrado e acreditando no PT. Pelos últimos comentários dele neste site, desconfiamos que ele está arrependido mesmo é de ter adotado o prefixo ex antes do adjetivo petista.
É isso mesmo. O Miltinho, mesmo se dizendo ex, é mais petista que o Sibá Machado. Acho que ele é até mais petista que o Zé Dirceu e o Lula!
Sérgio