Peço desculpas ao eleitor de Dilma Rousseff por ser indelicada, mas, sinceramente, foi o que mais chamou minha atenção no debate no SBT: a cara feia de dona Dilma, assustadora. Fiquei sem saber se a cara feia era da gana que ela tem quando é contrariada ou, coitada, se estava com náuseas.
Pois não é que ela estava era com fome? Foi essa a explicação para o ligeiro mal estar que acometeu a candidata ao fim do debate.
O segundo debate entre os presidenciáveis, neste segundo turno, foi como o primeiro. O que é que nos foi informado sobre os planos dos candidatos para tirar o Brasil do atoleiro em que está? Nada.
Mas ontem, no segundo debate, no SBT, pelo menos Aécio agiu como deveria ter agido no da Band. Respondeu muito bem. Desmascarou brilhantemente a malícia de dona Dilma quando ela, em vez de ser direta, foi enviesada e sugeriu que Aécio foi detido na Lei Seca por mais do que uns copos a mais… Papel feio, dona Dilma, muito feio.
Outro ponto que, com toda a certeza, desmorona a figura de dona Dilma, foi a denúncia contra Andrea Neves. Dona Dilma pegou em armas para defender suas idéias. Já Andrea Neves luta pelo Brasil servindo nas Servas (Serviço Voluntário de Assistência Social), uma associação privada sem fins lucrativos criada em 1961 e que é muito respeitada em toda Minas.
Dona Dilma foi ridícula ao querer comparar sua mineirice com a da família de Aécio. Ela é mineira de primeira geração e Aécio é mineiro de muitas. O que não quer dizer nada sobre a capacidade deles de governar o Brasil, mas ela faz questão de se dizer mineira, assim como fez questão de, em Salvador, se dizer pardinha…
Ela adora repetir que o governo dela, ao contrário do de FHC, não esconde a sujeira embaixo do tapete. Se havia tanta sujeira, por que Lula, e depois sua excelsa herdeira, não arrancaram o tapete e mandaram lavar o chão com creolina?
O roubo escancarado na Petrobras foi tão escandaloso que nem dona Dilma teve coragem de chamar de malfeito. Ela se refere ao caso da Petrobrás como um golpe contra seu governo. Antes fosse, dona Dilma, antes fosse. Mas, a não ser que o Paulinho da Petrobrás seja louco de pedra, por que ele vai devolver à União tanto dinheiro?
Não sei se dona Dilma curte ler Jonathan Swift. Eu sou fã desse irlandês que, entre outras coisas, disse: “Quem conta uma mentira raramente se apercebe do pesado fardo que toma sobre si; é que, para manter uma mentira, tem que inventar outras vinte”.
Aguardo ansiosa o próximo debate. Quero ver que outras fábulas dona Dilma e seu marqueteiro vão fiar.
Este artigo foi originalmente publicado no Blog do Noblat, em 17/10/2014.
Papel feio, DONA Dilma, muito feio. AÉCIO não bebe, não cheira,é mineiro de 400 anos, chincheiro e marineiro.
Muito feio e ter que escolher entre um mauricinho e uma DONA ex-guerrilheira.
DONA Dilma SENHOR Aécio.
No Brasil, a pobreza diminuiu nos últimos anos, em razão principalmente de um aumento real do salário-mínimo e do programa Bolsa-Família. Isso, porém, não significou mudança nas estruturas geradoras da desigualdade social. Ao contrário, a política econômica vem enriquecendo de modo exponencial os mais ricos – os 5% no topo da pirâmide social. Portanto, ocorre diminuição da pobreza, sim, mas, ao mesmo tempo, aumento da desigualdade social. A maior parte do resultado do trabalho, a maior parte dos recursos produzidos no país, vai para a camada mais rica, através do sistema tributário, do imposto sobre o consumo – que tem um peso maior que aquele sobre a renda – e do pagamento da dívida, dos juros da dívida, do superávit primário.
DEBATAM, SE PUDEREM!
Como superar o modelo produtivista-consumista.
Para superar o modelo de desenvolvimento predador, produtivista-consumista, temos de propor outro tipo de desenvolvimento. Como pensar o conjunto da organização social, como pensar as cidades e o campo, o trabalho, a produção daquilo que é necessário?