Compre, compre, compre, compre, compre…

Você quer vender, eu não quero comprar. Você tenta me laçar de todas as formas, só me incomoda. Você ocupa todos os espaços com sua propaganda, só me oprime. Começo a ler uma notícia na internet, sua propaganda explode na minha cara e tampa a visão. Só me revolta.  Você entope minha caixa de correio, os vãos da porta da garagem, com folhetos. Jogo no lixo.

Você não poupa nem mesmo a cancela que abre e fecha, à entrada do supermercado. Pendurou propaganda nela, que cuido de não ler. Você me manda press-spam, propaganda disfarçada de press-release. O dr. Bom Cachê fala das descobertas para o combate de insidiosa doença. E surge o nome do remédio milagroso, que você produz.

Na propaganda da tevê, você diz que a única forma de dar saúde à minha família é comprar os alimentos que você fabrica. Acho até graça do descaramento. Você usa meus netos, para me obrigar a consumir. Eles pedem o brinquedo que vem de “brinde” no sanduíche, ou no chocolate.

Você está sempre querendo me cadastrar. Me recuso. A única coisa que me fideliza são meus princípios.  Não tenho nenhum interesse na liquidação coisa de louco, nos preços quase de graça, na oferta imperdível. Só compro o que preciso, quando preciso.

Se pudesse, desligaria sua massacrante presença da minha vida.

   Março de 2013

Um comentário para “Compre, compre, compre, compre, compre…”

  1. Quem é você? Seu bandido, seu enganador, seu mistificador, seu despudorado, seu inescrupuloso, seu ignóbil, seu opressor, quem você, afinal para que serve e a quem serve?

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