Com o Congresso Nacional cheio de elementos da direita golpista, é presumível que as votações mais sensíveis convocadas por seus presidentes, ambos do mesmo espectro político, tenham resultados programados, por mais absurdos que sejam, para inflar o animus beligerantis dessa patota. Esta semana, a ala de maçãs podres da Câmara disse claramente a que veio.
É chocante que os presidentes das duas Casas se prestem a esse papel. Confiantes que vão se reeleger no ano que vem, não hesitam em golpear a Constituição vigente e as decisões do Supremo Tribunal Federal. O da Câmara arrisca ser destituído e cassado por prevaricação e descumprimento de ordem judicial. O do Senado vamos saber qual será sua linha de ação na semana que vem, mas no momento os indícios apontam que a tendência dele é seguir a cartilha do colega que preside a outra Casa: afrontar o STF e fazer das leis letra morta.
São candidatos à sucessão do espólio de sandices deixado pelo “liberal” que está preso na cela de estado-maior da Polícia Federal em Brasília. Como querem o tal espólio, que puxa um trem louco cheio de votos, precisam revelar-se mais fascistas e malucos do que ele.
O fascista da Câmara está mais adiantado que o outro. O elemento se negou a cumprir ordem do STF para declarar cassada uma deputada tresloucada e condenada com trânsito em julgado. A Constituição manda fazer nesses casos a cassação pura e simples, de ofício, e o que ele fez? Uma enquete no plenário! Toda a direita votou contra a cassação, e ele o que fez? Declarou inválido o julgamento no STF!
O ato foi um deboche à Constituição e à Suprema Corte. Quem vai dar o cartão vermelho para ele? É o tipo da coisa que não pode passar em brancas nuvens. Tem que ser demitido a bem do serviço público.
Nelson Merlin é jornalista aposentado e que não tem sossego para curtir a boa vida dos aposentados brasileiros…
13/12/2025