O bando não caiu do céu. Tem mandato popular conferido pelo eleitor tresloucado em 2022 e em 2018. Os marginais acham que, na posse desses mandatos, estão livres para agir, inclusive impedir o funcionamento do Congresso Nacional.
Isso não é política. É banditismo.
O próximo passo é sequestrar o STF, demitindo todos os ministros que defendem a Constituição de 1988 e são contrários à “democracia” que eles querem impor. Isto é, uma ditadura travestida de democracia. Como a de 1964, com o Congresso rendido e o STF saqueado, aos seus pés.
É banditismo porque não é só golpismo. É, também, roubar do povo o mandato que receberam para trabalhar em prol da nação, não de um clã de meliantes.
Há quem julgue que são loucos. Não vou discutir o desequilíbrio mental do bando, que de fato é notório. Mas louco não vai para a cadeia. E os manicômios estão sendo extintos um atrás do outro. Aqui em Porto Alegre, o Manicômio São Pedro, de longa vida em serviços prestados à população, foi fechado no mês passado após o último interno ser levado num carro da Brigada Militar para algum lugar que não consegui saber se era a casa de um familiar, um abrigo municipal ou uma clínica.
Sem manicômios, o lugar desses que tomaram as mesas diretoras do Congresso Nacional é, portanto, a cadeia. Por banditismo e golpismo.
Espero que os presidentes das duas Casas tomem a providência. Não sei como farão isso, se cassando-os e movendo o devido processo legal, ou se denunciando-os à PGR e mandando a alcatéia para o Xandão tomar conta.
O que sei é que como está não pode continuar. O presidente da Câmara deveria, no mínimo, determinar a suspensão dos mandatos e encaminhar o bando ao Conselho de Ética, para que decida a expulsão por abuso e falta de decoro parlamentar. Ademais, a pauta de discussões e votações é prerrogativa exclusiva e soberana do presidente da Casa.
Repor as coisas ao seu devido lugar é sua missão agora, bem como do presidente do Senado e do Congresso. Seria alguma coisa. Ainda que pouco.
Nelson Merlin é jornalista aposentado e indignado com o descalabro da direita no Brasil.
7/8/2025

