não tem a arte nenhum compromisso com a realidade, a não ser quando ela se pretende realista. então, por que digo que estou meio sonhando?, quando faço meu filho falar sobre a espécie humana, justificando coisas sobre o comportamento do homem que existem na minha cabeça e não poderiam existir na dele.
só na literatura sonhos têm discursos tão longos. que coisa mais estúpida!, isso.
Aristóteles fala algo sobre coerência interna. dei todos os meus livros de filosofia a uma amiga. agora, não tenho como confirmar. posso fazer isto mais tarde. não sei se faz diferença. vou à biblioteca?
não sei… não sei.
pretendia a princípio uma série de idéias se cruzando, se completando, até se contradizendo, mas, para que elas possam sair vivas e, de certa forma, justificadas, fico inventando cenários, escrevo que amanheceu, crianças chegaram… seria possível idéias soltas, sem personagens cheios de emoção? claro que sim! mas não seria um romance e, sim, um ensaio, que coisa mais chata!
A Espécie Humana, romance de Jorge Teles, está sendo publicado em capítulos.
2 Comentários para “A Espécie Humana. Capítulo 12”