Sua capital, Moscou, tem monumentos belíssimos e museus que rivalizam com os melhores do mundo. É uma festa para os olhos e para o espírito. Uma megacidade, colorida, rica, espetacular! Visitar Moscou não é tarefa fácil: além do clima complicado, ou muito calor, ou muito frio, é gigantesca; com tantas e tantas coisas para ver, haja tempo e haja disposição para percorrê-la.
Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso – é um velho e sábio ditado. Não é impossível imaginar que um país que cobre nove fusos horários tenha inúmeros e variados usos, inúmeros e variados fusos.
Os turistas brasileiros que vão assistir à Copa do Mundo receberam um livreto com indicações sobre como se portar em Moscou de modo a curtir bem essa oportunidade de ouro, conhecer Moscou, sem criar problemas com os moscovitas e sempre respeitando seus hábitos.
Desse modo devem agir os turistas em qualquer lugar do mundo, não é mesmo? Respeitar quem nos recebe é uma das leis universais do visitante.
Tenho ouvido muitas críticas às posturas municipais de Moscou. Fico pasma. Mal chegamos e já queremos impor o nosso modo de vida aos moscovitas? Francamente, isso é ter um ego maior que o território russo!
Em Moscou como os moscovitas. Assim, respeitando as pessoas que nos acolhem, teremos recordações maravilhosas de uma viagem que vai unir as alegrias que o futebol pode proporcionar, com o conhecimento in loco de monumentos que honram a história e a religião russas.
A não ser que o turista tenha tempo (e dinheiro) para ficar muito mais de um mês em Moscou, o melhor que ele faz é não perder tempo tentando provar aos russos que eles estão errados e nós certos! Conhecer essa metrópole é um prêmio que o destino nos dá. Que tal merecê-lo?
Este artigo foi originalmente publicado no Blog do Noblat, na Veja, em 15/6/2018