Os aloprados de Dilma

Como já diziam as favas contadas, Dilma Rousseff perdeu o primeiro embate na Câmara dos Deputados. E perdeu feio. O desafeto Eduardo Cunha (PMDB-RJ) venceu no primeiro turno por 267 votos, 131 a mais do que o candidato oficial, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que teve 136. A oposição conferiu 100 a Júlio Delgado (PSB-MG) e 8 a Chico Alencar (PSOL-RJ).

Ao fim e ao cabo, Chinaglia só teve 28 votos a mais do que a oposição. Isso depois de Dilma e os gênios que a rodeiam, o ministro Aloizio Mercadante à frente, fazerem o diabo: barganhar cargos, ameaçar ministros, atrasar nomeações para o segundo e terceiro escalões, e sabe-se lá mais o quê.

Dilma ainda teve a sorte de a disputa se resolver de pronto. Tivesse segundo tempo, a derrota seria numericamente a mesma, mas deixaria ainda mais escancarado o placar acachapante de 375 x 136.

Que Dilma não gosta, despreza e não quer aprender como a política se movimenta, todo mundo está cansado de saber. Vítima da cegueira da soberba, a presidente se acha o máximo. Vai daí que só ela não viu que o time que escolheu também não tinha – e não tem – idéia de como dar trato à bola. Seus aloprados tomaram de goleada em um campeonato que não tem returno.

1º/2/2015

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