Com que tênis eu vou…

Se eu fosse casar nos dias de hoje, seria um vexame. Lá está o noivo no altar, ao lado da noiva tão elegante, ele usando terno… Não ia dar certo. Porque seria terno, gravata e tênis. Como assim?, poderá indignar-se um modista conservador.  Respondo. Sou da turma que não abre mão do tênis.

Há tempos não uso sapato. Eliminei o item do meu armário de quarto. Não foi um gesto brusco; dei-me conta de que estavam lá só ocupando espaço. (N. da R.: fato real.)

Ora, se vi o apresentador do Em Pauta, da GloboNews, calçando um tênis de cores vivas! É a evolução dos fatos. Pensando bem, nada a estranhar. A gravata também sumiu do pescoço de boa parte dos jornalistas que participam do programa.

E as mulheres, como ficam para sair de casa? Vestido e tênis? Bem, poderia se lançar um produto revolucionário. O tênis com salto alto. Conforto e elegância, sucesso garantido. Mas cairia bem para ir à Ópera?

Uma consulta ao doutor Google mostra um fabricante de sapatos dizendo que a concorrência com o tênis é acirrada. Mas que a indústria do setor vai se destacar ao investir em modernização e inovação. Exemplos? Não entrou em detalhes.

Ora, talvez possam sair com o sapatênis que, salvo engano, surgiu em certa época. Ou… com um produto inédito: o tênispato. Quá, quá, quá… Mas se há um grupo em que o tênis nunca terá vez está na arte da dança. Os dos sapateadores.

Esta crônica foi originalmente publicada no blog Vivendo e Escrevendo, em 23/5/2025. 

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